IPATINGA
50 policiais trabalham na operação
08/05/2013 09h59
TABATA MARTINS
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Doze mandados de busca e apreensão contra policiais que são suspeitos
de envolvimento nos assassinatos de dois jornalistas na região do Vale
do Aço são cumpridos nesta quarta-feira (8). A ação faz parte de uma
nova etapa da investigação de 14 crimes cometidos na mesma região nos
últimos anos e que são alvo de inquéritos policiais sob responsabilidade
do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DIHPP). Os documentos foram expedidos pela Justiça na tarde dessa
terça-feira (7).
Durante a madrugada, 50 policiais civis de Belo Horizonte viajaram para
Ipatinga. Um policial já teria sido preso no bairro Águas Claras, em
Santana do Paraíso, cidade vizinha à Ipatinga. Outros cinco policiais
também suspeitos de participação nos homicídios foram detidos em datas
anteriores. Porém, por meio de nota, a assessoria da Polícia Civil
informou que o chefe do DIHPP, delegado Wagner Pinto, que coordena as
investigações, não irá revelar detalhes dos alvos para não prejudicar os
trabalhos. Além disso, foi prometido pelo órgão a divulgação do balanço
oficial da operação ainda nesta quarta.
Os assassinatos
No dia 8 de março, o jornalista Rodrigo Neto foi assassinado a tiros,
em Ipatinga. Após 37 dias, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho, de 43
anos e que era colega de trabalho de Rodrigo Neto, foi assassinado da
mesma forma em um pesque pague de Coronel Fabriciano, também no Vale do
Aço.
Walgney Assis era mais conhecido na cidade pelo apelido de “Carvalho
Loko” e foi atingido por dois tiros na região da cabeça e axila direita.
Rodrigo Neto foi atingido por dois disparos de arma de fogo, que foram
disparados por homens em uma motocicleta de cor escura. O crime ocorreu
no momento em que o jornalista saía de um bar, localizado na avenida
Selim José de Sales, uma das mais movimentadas de Ipatinga, no bairro
Canaã.
Investigações
Segundo investigações, os assassinatos dos jornalistas estariam
relacionados a um grupo de extermínio formado por policiais e
responsável por, pelo menos, mais 20 assassinatos ocorridos na região do
Vale do Aço. Antes de morrer, Rodrigo Neto investigava a ligação de
policiais em chacinas, homicídios e desaparecimentos ocorridos entre
1992 e 2013.
Atualizada às 11h27.
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