domingo, 26 de maio de 2013

Estudantes de medicina manifestam contra contratações de médicos estrangeiros

Revalida Já

Passeata aconteceu em todas as capitais do país. Em Minas Gerais sete grandes centros participaram da manifestação

Revalida Já
Estudantes de medicina e profissionais da área manifestam contra contratação de estrangeiros
Estudantes de medicina de todo o Brasil realizaram uma série de protestos neste sábado (25) contra a intenção do governo federal de contratar médicos estrangeiros para trabalhar no interior do país. Em Belo Horizonte, cerca de 300 manifestantes, entre médicos e estudantes, conforme a organização do movimento, participaram ato.
Com faixas e cartazes, os estudantes caminharam pela avenida Brasil até a praça Tiradentes, seguindo pela avenida Afonso Pena em frente ao Conselho Regional de Medicina e terminaram na área hospitalar, onde convidaram a população a discutir sobre o assunto.
O objetivo dos futuros médicos e profissionais é chamar a atenção do governo para a utilização de um teste para avaliar a qualificação dos profissionais que serão designados para o atendimento à população. A intenção do governo federal é que os profissionais do exterior fiquem isentos de passarem por essa avaliação, uma forma de atrair mais candidatos aos cargos. “Cada país tem a sua necessidade, legislação e ética. Nesse teste é que será possível saber se esses médicos sabem quais são as doenças tropicais, se sabem falar português e se estão bem qualificados para o exercício da profissão”, disse o líder do movimento “Revalida Já”, em Minas Gerais, Adauto Júnio.
Na última semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra a medida. Para os profissionais, a importação dos médicos não resolve os vários problemas encontrados na saúde do país. “É preciso que se mude a estrutura do país. Não adianta importar médicos com salários baixos, sem plano de carreira e, principalmente, sem condição de atendimento”, ressalta Júnio.
Segundo os profissionais, o pouco interesse dos profissionais brasileiros em atender no interior do país está na falta de equipamentos. “Somos médicos. Não fazemos milagres. Precisamos de medicamentos, pessoal, estrutura física, higiene para que possamos atender quem de fato precisa”, disse a cardiologista Samanta Oliveira.
O protesto também aconteceu em cidades como Juiz de Fora, Barbacena, Araguari, Itajubá, Patos de Minas, Montes Claros e Ipatinga.

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