sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ex-policiais militares eram especializados em venda de cocaína pura

Tráfico de Drogas

Um dos suspeitos trabalhava como porteiro terceirizado da Câmara Municipal de BH para enganar a polícia

Entorpecentes eram comercializados por ex-militares
PUBLICADO EM 16/05/13 - 19h26
Apreensão de 10 quilos cocaína pura Dois ex-policiais militares foram presos com cerca de 10 quilos da cocaína "escama de peixe", conhecida como a mais pura no mercado. Eles foram detidos na última segunda-feira (13) durante a Operação Revés II. Um deles era ligado ao traficante Roni Peixoto, apontado com braço-direito de
As investigações sobre o grupo começaram em março deste ano, depois que a polícia recebeu informações de que Maurício dos Santos Barbosa, de 34 anos, o Cabeção, estava comprando e vendendo cocaína com alto teor de pureza. Para tentar enganar as autoridades, o homem trabalhava como porteiro terceirizado na Câmara Municipal de Belo Horizonte. “Mesmo trabalhando no local, não há indícios de que os entorpecentes eram comercializados no local”, disse o Chefe do Departamento de Investigações Antidrogas (DIA), delegado Márcio Lobato.
Na última segunda-feira, os investigadores receberam a informação de que Maurício iria receber um carregamento de drogas na praça da Madona, no bairro Céu Azul, em Venda Nova. Os policiais se posicionaram em pontos estratégicos e ficaram observando a entrega do entorpecente.
Durante a ação, dois homens estacionaram um Ford Ka, nas imediações da praça e entregaram as chaves do veículo para Maurício. Em seguida, a dupla entrou em um Tempra. Antes mesmo de deixarem o local, os policiais abordaram os suspeitos.
Dentro do Ford Ka, foram encontrados dez tabletes prensados de cocaína. Os homens que deixaram a droga no veículo foram identificados como Heli Ferreira da Silva, de 43 anos, e Everaldo Alves Ferreira. Para a polícia, a prisão dos dois ex-policiais foi vista como surpresa.
Segundo o delegado Lobato, Heli tinha ligações com o traficante Roni Peixoto. Ele já tinha sido preso em 2006 com aproximadamente 500 quilos de maconha. Já Everaldo, que apresentou documentos falsos na abordagem, foi detido em 2008 com drogas. “A experiência que eles tiveram no trabalho policial poderia facilitar a forma deles de agirem, uma vez que eles sabem como funcionam as operações da polícia”.
Conforme informações da polícia, a cada um quilo da cocaína, os traficantes poderiam transformá-lo em 10 quilos. “Ainda precisamos saber a origem do entorpecente. Há suspeita é de que a droga tenha sido trazida do Mato Grosso”, explica o delegado Márcio Lobato.
Os três homens foram presos em flagrante. Os dois veículos usados na entrega da cocaína também foram apreendidos pela polícia.

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