quarta-feira, 15 de maio de 2013

Médicos ‘importados’ podem atuar só na atenção básica

Saúde

Estrangeiros recrutados devem ser proibidos de fazer cirurgias


“Importação”. O ministro Alexandre Padilha fala sobre a proposta de atrair médicos estrangeiros
PUBLICADO EM 15/05/13 
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“Importação”. O ministro Alexandre Padilha fala sobre a proposta de atrair médicos estrangeiros BRASÍLIA. A política de abrir o país à entrada de médicos estrangeiros, em gestação no governo, deve direcionar os profissionais à atenção básica de saúde. Pode ser vetado a esse médico realizar cirurgias ou atender pacientes em UTI, indicou o ministro Alexandre Padilha (Saúde).
A busca por profissionais interessados em trabalhar em serviços públicos brasileiros será feita apenas em países que apresentem uma relação de pelo menos 2 médicos por cada mil habitantes, informou Padilha. Nem Bolívia nem Paraguai atendem essa precondição. “A prioridade será dada para profissionais de Portugal e Espanha”, disse. “Não são médicos que poderiam fazer cirurgias, que atendam pacientes em UTI”, afirmou.
O ministro disse que os detalhes do programa não estão fechados, mas citou a possibilidade de autorização temporária de atuação, visto e registro vinculados a locais carentes desse profissional. “Um médico, hoje, pode vir para um hospital de ensino ou de uma universidade e fazer um estágio, atuar como médico dentro desse ambiente. Quando eu coordenava programas na USP, recebia vários médicos de outros países, que ficavam junto conosco estagiando, prescrevendo, tinham registro provisório para isso, sendo acompanhado por nós. Estamos pensando instrumentos de intercâmbio com universidades de Portugal, Espanha e outros países para poder atrair esses profissionais”.
Padilha também não revelou qual é o número de médicos que o governo pretende atrair com esse programa, mas disse trabalhar com “parâmetros”. “No Provab, programa para levar médicos para os municípios do interior e periferias, conseguimos atrair 4.000 médicos, mas a demanda que os municípios apresentaram foi de 9.000 vagas”.
O ministro defendeu, ainda, outras formas de se ampliar o número de profissionais em áreas carentes. Por exemplo, incorporando aos cursos de medicina “filhos de trabalhadores, filhos da população mais pobre, pessoas da região rural”.
 

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