segunda-feira, 27 de maio de 2013

PF prende servidores e empresários acusados de desviar R$ 5 mi em MG, ES e BA

A operação começou na madrugada desta segunda-feira e 14 pessoas são presas por fraudar processos licitatórios

Estado de Minas
Publicação: 27/05/2013 08:38 Atualização: 27/05/2013 08:58

A Polícia Federal iniciou, na madrugada desta segunda-feira, uma operação para prender servidores públicos e empresários acusados de desvio de recursos públicos em municípios do Norte de Minas, na Bahia e No Espírito Santo. As prisões foram feitas em Montes Claros, São Francisco, Itaracambi, Januária, Manga e Janaúba, no Norte  mineiro; Vitória da Conquista e Prado, na Bahia; e  em Guarapari, no Espírito Santo. As apurações da Polícia Federal apontam um desvio que pode superar a quantia de R$ 5 milhões.
A operação da Polícia Federal está dando cumprimento a 45 mandados judiciais e foi batizada de Sertão – Veredas - uma referência à obra de Guimarães Rosa (1956) em que a narração é intercalada por vários momentos de reflexão sobre as coisas e os acontecimentos do sertão. Derivada da expressão latina veredus, o nome atribuído à ação representa o estreito caminho a ser seguido no combate à corrupção pública.Foram cumpridas dez mandados de busca e apreensão, 21 mandados de sequestro de Vvlores, bens móveis e imóveis e 14 mandados de prisão. De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha, formada por empresários, servidores públicos e agentes políticos, atuantes, principalmente, em Januária e Itacarambi, fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações para as empresas integrantes da organização criminosa.

Foram fraudadas obras públicas, em áreas diversas da construção civil, pavimentação de vias públicas, manutenção de estradas e de locação de máquinas para a limpeza urbana, que não não eram sequer fiscalizadas. Os servidores públicos envolvidos no esquema atestavam a conclusão mesmo quando incompletas ou inexistentes.
Em contrapartida, as empresas investigadas emitiam notas fiscais frias sobre trabalhos que não foram executadas ou então em desacordo com as especificações do projeto.
Ainda de acordo coma Polícia Federal, as verbas desviadas eram aplicadas em bens, móveis e imóveis, localizados em outros estados brasileiros,e colocados em nome de outros empresários e de “laranjas”, ligados aos principais membros da organização criminosa.
A Justiça ainda determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal dos investigados, bem como a indisponibilidade dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
Os presos responderão por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, dentre outros. Uma vez condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar 30 anos.
Nos últimos dois anos, mais de 10 operações de combate ao desvio de recursos públicos foram deflagradas pela Polícia Federal na região.
Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria do Patrimônio Público, atuou conjuntamente com a Polícia Federal para o desmonte da organização criminosa.

Com informações da Polícia Federal

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