quarta-feira, 22 de maio de 2013

Policial agredido por seguranças na Boate Cinco será indenizado

Hoje em Dia (*0


Reprodução/BoateCinco
Policial agredido por seguranças na Boate Cinco será indenizado
No dia 27 de outubro do ano passado, o policial teria ido até a Boate Cinco para se divertir
Uma empresa responsável pela segurança da Boate Cinco, em Belo Horizonte, terá que pagar R$ 12 mil de indenização a um policial civil. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), após ser agredido em uma briga no interior do estabelecimento, o homem foi levado por seguranças até uma sala privativa, onde foi mantido em cárcere privado por 40 minutos até o pagamento da comanda de consumo. A decisão é da juíza Marcela Oliveira Decat de Moura, em processo do Juizado Especial das Relações de Consumo, que considerou a ocorrência de conduta ilícita e até mesmo criminosa por parte dos seguranças da empresa.
Ainda segundo TJMG, no dia 27 de outubro do ano passado, o policial teria ido até a Boate Cinco para se divertir. Por volta das 3h da manhã do dia seguinte, dois homens embriagados teriam cantado sua namorada, empurraram-no, tentando iniciar uma briga.
Os seguranças chegaram dando gravatas no homeme em outro rapaz envolvido na briga. O policial foi levado pelos seguranças até uma sala e lá permaneceu por 40 minutos, sendo informado de que não poderia sair do local porque ainda não tinha pago a conta. Ainda conforme o processo, a Polícia Militar chegou ao local somente na parte da manhã para registrar o boletim de ocorrência.
Frustrada a tentativa de conciliação, a empresa de eventos pediu que a ação fosse julgada improcedente, alegando que a briga foi iniciada pelo policial, além de afirmar que seguranças não agrediram o policial e que ele não foi impedido de sair da boate.
A juíza considerou ainda o fato de a empresa não ter juntado aos autos as mídias contendo as gravações da briga, bem como depoimento de testemunha.
Em sua decisão, argumentou que, diante do tumulto iniciado no interior da boate, os seguranças deveriam ter providenciado a expulsão das pessoas envolvidas na briga, utilizando-se de meios moderados para conter os envolvidos, o que não aconteceu.
Completou dizendo que a empresa ofereceu serviço inadequado ao policial, que foi submetido à humilhação, ao vexame e ao constrangimento de ser mantido preso em uma sala privativa, incomunicável, na presença intimidativa dos seguranças da casa.

(*) Com informações do TJMG

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