segunda-feira, 13 de maio de 2013

Policial investigado por morte de jornalistas no Vale do Aço se entrega

13/05/2013 19:08 - Atualizado em 13/05/2013 19:08

Rosildo Mendes - Hoje em Dia


Reprodução/Facebook
Jornalista e radialista Rodrigo Neto foi executado a tiros
Jornalista e radialista Rodrigo Neto foi executado a tiros

Mais um policial civil investigado por envolvimento em 14 homicídios em Ipatinga, no Vale do Aço, foi preso nesta segunda-feira (13).O suspeito, cujo nome não foi divulgado, se apresentou no Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DIHPP), em Belo Horizonte, depois que a Justiça expediu mandado de prisão contra ele. 
Com esta prisão, sobe para oito o número de policiais detidos, sendo um militar e sete civis. No entanto, um deles foi liberado por determinação judicial, solicitada pela própria Polícia Civil. Só na semana passada, quatro pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na onda de assassinatos no Vale do Aço, que inclui a morte de dois jornalistas em Ipatinga e em Coronel Fabriciano. 
 Entenda o caso
No dia 8 de março, o jornalista Rodrigo Neto foi executado a tiros quando estava em um bar do bairro Canaã, em Ipatinga, no Vale do Aço. O repórter era especializado na cobertura de notícias policiais e durante sua carreira denunciou diversos crimes, inclusive envolvendo policiais militares e civis.
Segundo a Polícia Militar, ele saía de um churrasquinho na avenida Selim José de Sales, quando dois homens chegaram em uma motocicleta escura e atiraram em sua direção. A vítima foi alvejada na cabeça e no peito. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu a caminho do Hospital Márcio Cunha. Os executores fugiram e ainda não foram localizados ou identificados.
Já em 14 de abril, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho foi morto com dois tiros em Coronel Fabriciano, na mesma região. Ele estava no bar Pesque Pague, no bairro São Vicente, quando foi atingido por tiros na cabeça e na axila. O autor dos tiros chegou no local em uma moto e usava capuz no momento do crime. Após disparar contra o fotógrafo, o suspeito fugiu com um comparsa em uma moto NX preta. A vítima era divorciada e tinha uma filha. Ele também prestava serviço para a Polícia Civil.
Os crimes levantaram a suspeita da ação de um grupo criminoso, com a participação de policiais, na região do Vale do Aço e motivou o deslocamento de investigadores da capital mineira para apurar os crimes. 

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