quarta-feira, 8 de maio de 2013

Segurança na área dos hospitais de BH é só promessa

08/05/2013 06:50 - Atualizado em 08/05/2013 06:50

Danilo Emerich - Hoje em Dia


Flávio Tavares/Hoje em Dia
Segurança na área dos hospitais de BH é só promessa
Praça Hugo Werneck foi ocupada por adultos e jovens que vivem na rua
A falta de integração entre políticas públicas e ações da polícia na área hospitalar de Belo Horizonte deixa moradores, comerciantes e quem circula pela região expostos a delitos cometidos por menores de idade.
Enquanto a população é alvo dos infratores, a prefeitura, a Polícia Militar e o governo do Estado prometem, mais uma vez, minimizar a violência, mesmo sem ter uma solução para o problema a curto prazo.
A principal reclamação da comunidade é a de que crianças e adolescentes apreendidos por arrombamentos, furtos e outros crimes são liberados e voltam a ocupar a praça Hugo Werneck e entorno.
No local, o consumo de drogas é constante, inclusive de dia. Uma das substâncias mais usadas é o tíner e, para sustentar o vício, muitos jovens cometem delitos.
Morador e comerciante na região, Guilherme Carvalho foi vítima dos adolescentes várias vezes. “Dizem que não podem tirá-los daqui por causa dos direitos humanos, mas se esquecem dos nossos direitos”.
Segundo o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep) 3, Daniel Nasser, há relatos até de arrombamentos. “Esperamos uma resposta efetiva para o problema”.
Levantamento da PM apontou que de 70 a 80 pessoas perambulam pela região. Dessas, 35 teriam de 8 a 17 anos.
Reação
O comandante do 1º Batalhão da PM, tenente-coronel Welton José da Silva Baião, afirmou que vai enviar uma base comunitária móvel para a praça em até 40 dias.
Também está prevista, para este ano, a instalação de dez câmeras de videomonitoramento do programa Olho Vivo. Os equipamentos deveriam estar funcionando desde outubro de 2012.
O contingente de policiais nas imediações pode aumentar, mas depende de um concurso público em andamento. Além disso, será lançada uma Rede de Comércio Protegido.
A situação foi debatida ontem, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Durante o encontro, foi denunciada a transferência de 80 militares para a Savassi.
“É impossível o monitoramento o tempo todo. Temos que combater as causas (do problema) e trabalhar o encaminhamento dos menores, pois alguns têm mais de 30 passagens (pela polícia)”, diz o tenente-coronel Baião.

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