terça-feira, 18 de junho de 2013

Comandante diz que policiais precisam entender "o sistema" para trabalhar nas manifestações

18/06/2013 17:57 - Atualizado em 18/06/2013 17:57

Tabata Martins - Hoje em Dia


Renato Cobucci
Coronel afirmou que policiais precisam entender "o sistema" para trabalhar nas manifestações
Coronel afirmou que policiais precisam entender "o sistema" para trabalhar nas manifestações
Em entrevista exclusiva em portal Hoje em Dia, o comandante do Policiamento Especializado (CPE), coronel Carvalho, afirmou que os todos os policiais precisam entender "o sistema" para trabalhar nas manifestações que ocorrem e ainda irão acontecer em Belo Horizonte nesta terça-feira (18) e o resto da semana.
Segundo o coronel, o fato dos protestos terem e serem sido organizados por meio de eventos criados no Facebook fazem com que os atos não tenham uma liderança clara e, por isso, a função dos militares de proteger o cidadão e promover a ordem se torna mais complexa. "A questão é que esses movimentos estão sendo organizados por diferentes pessoas pertencentes à distintas categorias e classes sociais. Com isso, é muito difícil prever o número de participantes, forma como a ação será promovida e ainda qual será o desfecho dos protestos", explica o comandante do CPE.
Ainda de acordo com o coronel, a polícia tem conhecimento de que a indignação dos protestantes é global e, pelo fato dos protestos serem combinados no ambiente virtual, saem um pouco do controle até dos próprios criadores. No entanto, o comandante do CPE garantiu que, na medida do possível, a polícia está se informando sobre as manifestações programadas e esquematizando a atuação da corporação em cima dos dados levantados. "Até o momento, nenhum líder e ou representante dos atos que ainda irão ocorrer entraram em contato com a polícia. Apenas no sábado, quando oito mil pessoas se concentraram na Praça Sete, que alguns representantes conversaram comigo. A polícia está completamente aberta ao diálogo".
Conforme informações levantadas pessoalmente pelo coronel Carvalho, o protesto do último sábado foi liderado por um grupo chamado "segurança do grupo", que tem a função de ditar os rumos do movimento e até de decidir quem participa ou não. Entretanto, segundo o comandante do CPE, essa organização não estava presente nas manifestações dessa segunda.
O número de participantes dos atos dessa segunda estimado pelo oficial foi de em torno de 50 mil pessoas.
Efetivo
Durante os protestos também dessa segunda, 3.500 policiais estavam nas ruas, segundo o coronel Carvalho. O previsto é que o mesmo número de militares trabalhem no próximo sábado (22), quando serão realizadas outras duas grandes manifestações na capital mineira.
Ao todo, mais de 54 mil pessoas já confirmaram presença nos atos, que prometem ser os maiores desta semana. "Três mil e quinhentos homens são suficientes", garante Carvalho.

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