A suspeita é que o animal tenha morrido de exaustão, após trabalhar o dia inteiro sem descanso
Animal começou a tremer enquanto puxava charrete e acabou morrendo no local
PUBLICADO EM 02/06/13 - 20h27
O que costumava ser uma imagem comum no cotidiano de uma cidade do
interior como São Lourenço, no Sul de Minas, acabou se tornando uma cena
impactante para os moradores da região nesse sábado (1°). Na avenida
Dom Pedro II, um cavalo, que era usado para puxar uma charrete que
transportava turistas pelo município, começou a tremer e caiu no chão.
Após ter a cabeça pisoteada pelo outro cavalo que puxava a charrete, o
animal morreu no local.
O acidente aconteceu em um dos cruzamento mais movimentados da cidade, e
que dá acesso ao Parque das Águas, conhecido ponto turístico de São
Lourenço. Segundo a Polícia Militar, o animal tropeçou e caiu no chão,
após começar a tremer, enquanto levava turistas na charrete. O outro
animal acabou passando por cima dele, fazendo com que o cavalo morresse
na hora.
Testemunhas disseram que o animal teria ficado exausto após um dia
inteiro de trabalho. O trânsito chegou a ficar interditado, porque o
corpo do animal ficou atravessado na pista.
Legislação
O incidente levanta uma discussão antiga entre ambientalistas. Até que
ponto a lei protege estes animais de situações como esta? Para Franklin
Oliveira, servidor público e ambientalista, as pessoas precisam se
desacostumar a encarar excesso de carga e maus tratos a animais
comumente utilizados para este tipo de serviço, como algo normal.
"A sociedade não tem este entendimento, principalmente no interior, de
casos como este serem considerados crime por lei. É necessário um pouco
mais de sensibilidade para analisar e ver o que está extrapolando os
limites de abusos e maus tratos aos animais", explica.
Denúncia
Casos como este devem ser denunciados na delegacia, onde a testemunha
pode fazer uma queixa formal. "Muita gente não sabe, mas este tipo de
crime está previsto na Constituição sob penalização, portanto, a
denúncia formal na delegacia é perfeitamente válida", diz Franklin.
As polícias Militar e Ambiental também devem ser acionada em casos de
maus tratos a animais. O problema é que algumas autoridade tratam casos
como este com desprezo e até mesmo deboche ou ironia. "Neste caso vale
lembrar à autoridade que há o código interno da própria polícia,
denominado Kilo 12001, que prevê que casos como este devem ser
atendidos, registrados e encaminhados para investigação. O artigo 225 da
Constituição incube ao poder público a proteção e zelo da fauna e
flora", complementa.
Além disso, caso nenhum destes órgãos resolva o problema, deve-se fazer uma denúncia ao Ministério Público
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