Governador em exercício cumprimenta policiais militares feridos na manifestação.
O Governador em exercício, Guilherme Afif Domingos, o Secretário da Segurança
Pública, Fernando Grella Vieira, e o Comandante-Geral da PM, Coronel PM
Benedito Roberto Meira, reuniram-se hoje na sede do Comando-Geral para
cumprimentar os policiais militares feridos durante os protestos
violentos perpetrados pelo Movimento Passe Livre na noite de ontem (11).
A consideração dispensada pelas
autoridades do Governo Estadual demonstra fundamental apoio,
reconhecendo como legítima a ação desenvolvida pela Polícia Militar no
restabelecimento da ordem após as ações de vandalismo praticadas por
baderneiros encapuzados e motivados em levar o caos à sociedade
paulistana.
Toda a imprensa noticiou os fatos e
divulgou imagens estarrecedoras de absoluto desrespeito aos direitos da
população. E, durante toda a operação de retomada da ordem, o efetivo
agiu dentro da mais absoluta legalidade, mostrando-se, tecnicamente e
psicologicamente, preparado para esse tipo de situação. “Trabalhamos,
por vezes, no limite. A experiência de vinte anos de serviços prestados e
a preparação técnica adquirida ao longo desse período me permitiram
avaliar que ainda não havia alcançado esse limite e optei por não
efetuar disparos”, afirmou o Sd PM Wandelei Paulo Vignoli, do Tribunal
de Justiça de São Paulo, covardemente agredido.
Ao todo, foram 8 policiais militares
feridos durante os protestos, que reuniram aproximadamente cinco mil
integrantes, segundo o Comando da operação.
Alckmin diz que policial ferido por manifestantes agiu com ‘profissionalismo’
Em Paris, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), elogiou o policial ferido por manifestantes na rua
11 de Agosto, ao lado do Tribunal de Justiça de São Paulo. As agressões
ocorreram após o PM agarrar um jovem que tentava pichar o prédio da
Justiça.
O grupo que atacou o PM participava das
manifestações contra o aumento da tarifa. Integrantes do Movimento Passe
Livre, que organiza os protestos, dizem que não conhecem os agressores.
Um dos organizadores do Passe Livre ajudou a socorrer o policial.
“A polícia agiu com profissionalismo.
Policiais inclusive foram feridos pela violência do movimento”, disse em
entrevista coletiva, após a apresentação da candidatura de São Paulo
para sediar a Expo 2020.
“Quero aqui até destacar o policial que foi ferido, ficou sangrando e não reagiu. Poderia ter consequências mais graves”, elogiou o governador.
A Folha testemunhou a cena do policial sendo cercado por manifestantes, derrubado e agredido com chutes e socos. Ao se levantar, o PM sacou a arma, apontou para os manifestantes e, depois para o alto, mas não disparou.
“Quero aqui até destacar o policial que foi ferido, ficou sangrando e não reagiu. Poderia ter consequências mais graves”, elogiou o governador.
A Folha testemunhou a cena do policial sendo cercado por manifestantes, derrubado e agredido com chutes e socos. Ao se levantar, o PM sacou a arma, apontou para os manifestantes e, depois para o alto, mas não disparou.
CONFRONTO
O protesto realizado ontem contra o
aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem terminou com 20 pessoas
detidas em São Paulo. Mais cedo, foram registrados confrontos entre
manifestantes e policiais militares, e o ato deixou um rastro de
vandalismo na região central.
Os detidos foram encaminhados para o 78º DP (Jardins), e a fiança
deles foi fixada em valores de até R$ 20 mil. Foram apreendidos pela
polícia objetos como fogos de artifício, placas, máscara de gás,
extintores de incêndio e até um bicicleta.
A avenida
Paulista foi liberada para o tráfego apenas por volta das 23h, após o
término do protesto. A via, no entanto, ficou com um rastro de
vandalismo, com vidros quebrados e pichações em agências bancárias,
lojas, estações de metrô e base da PM.
Os cerca de 5.000 manifestantes
começaram o ato por volta das 17h na praça do Ciclista, na avenida
Paulista, e seguiram em passeata pela região central, passando pela
Consolação, pela ligação leste-oeste, pela Liberdade, que tiveram
interdições. O grupo também pichou muros e ônibus pelo caminho.
O primeiro confronto ocorreu no terminal
Parque Dom Pedro 2º, quando um grupo de manifestantes furou o cerco da
polícia e entrou no local, onde mais ônibus foram danificados. Uma parte
do grupo jogou pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás
lacrimogêneo.
“Eu estava com 15 passageiros, o
pessoal de capuz ameaçou atear fogo. Pedi para o pessoal sair e aí eles
destruíram todo o ônibus. Meteram pedra de cima abaixo”, disse o motorista de um veículo da linha 435 da EMTU (Diadema-25 de Março).
Os manifestantes se dividiram em grupos
menores, mas novos confrontos foram registrados em pontos isolados, como
na praça da Sé. Mais tarde, parte das pessoas voltou a se reunir na
avenida Brigadeiro Luís Antônio, em direção à avenida Paulista, onde
novos confrontos foram registrados.
Um carro que passava pela avenida Paulista no momento da confusão acabou atropelando dois manifestantes. O motorista fugiu em seguida, mas o casal atingido não teve ferimentos graves.
Um carro que passava pela avenida Paulista no momento da confusão acabou atropelando dois manifestantes. O motorista fugiu em seguida, mas o casal atingido não teve ferimentos graves.
Esse é o terceiro protesto feito contra o
aumento das passagens de ônibus em menos de uma semana. Na
quinta-feira, manifestantes liderados pelo Movimento Passe Livre
fecharam avenidas como a Nove de Julho, a 23 de Maio e a Paulista. Houve
confronto com a PM e os manifestantes deixaram um rastro de vandalismo.
A passagem foi reajustada de R$ 3 para
R$ 3,20 no último dia 2. A inflação desde o último aumento nos ônibus da
capital, em janeiro de 2011, foi de 15,5%, de acordo com o IPCA (índice
oficial, calculado pelo IBGE). No caso do Metrô e dos trens, o último
reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Se optassem por repor toda a
inflação oficial, a gestão Fernando Haddad (PT) teria de elevar a tarifa
para R$ 3,47 e o governo Alckmin, para R$ 3,24.
Folha de São Paulo
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