sábado, 29 de junho de 2013

Polícia tenta identificar líderes de grupo que pratica vandalismo durante protestos em BH

De acordo com a Polícia Civil, mais de 100 pessoas são investigadas pelo crime

João Henrique do Vale - Estado de Minas
Publicação: 28/06/2013 13:58 Atualização: 28/06/2013 15:59

Somente na última quarta-feira, 109 pessoas foram detidas durante a manifestação (Euler Junior/EM/D.A.Press)
Somente na última quarta-feira, 109 pessoas foram detidas durante a manifestação

A Polícia Civil tenta encontrar os líderes dos bandos que se infiltram em meio a manifestantes, que protestam há duas semanas em Belo Horizonte, para promover quebradeiras, saques e roubos. De acordo com o chefe do 1º Departamento da Polícia Civil, delegado Anderson Alcântara, mais de 100 pessoas são investigados pelos crimes. Ao todo, 109 vândalos foram detidos.
As investigações apontam que dois grupos agem na capital mineira durante os protestos. Um é de extremistas radicais com ligações com outros estados e dos EUA, Turquia e Alemanha. “O mesmo tipo de manifestante que está atuando em Belo Horizonte, existe em várias regiões do mundo. Eles se comunicam e têm liderança. Antes da aglomeração, se agrupam e vão ao encontro da barreira policial”, explica Alcântara.
Os integrantes deste grupo, aproveitam a multidão para fugir da polícia e dificultar as prisões. “Eles trocam de roupas muito fácil, se espalham no meio do povo, e começam a jogar bombas. Também incentivam outros atos criminosos. O foco deles é contra a copa e outros fatores, mas visam sempre atingir a polícia”, diz o delegado.
Outras pessoas estão aproveitando a mobilização para praticar saques e roubos. De acordo com o delegado, a maioria tem ligação com o tráfico de drogas, furtos, e roubo, e já são conhecido no meio policial.
Somente na quarta-feira, 109 pessoas foram detidas por prática de diversos crimes. Do total de adultos, 26 tiveram prisão em flagrante e permanecem presos. Os 53 restantes foram ouvidos e liberados, conforme determina a lei, por terem cometido crimes de menor potencial ofensivo.
Já entre os adolescentes, 18 ficaram apreendidos e encaminhados ao Juizado da Infância e da Juventude. Eles têm entre 15 e 17 anos e já cometeram outros delitos. Os 12 restantes, por estarem envolvidos em episódios de menor gravidade, foram ouvidos em audiência no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA) e liberados, segundo estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Segundo a Polícia Civil, já são 200 procedimentos instaurados, entre inquéritos, termos circunstanciados e diligências.

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