12/06/2013
-
03h10
GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO- http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1293688-sozinho-pm-quase-foi-linchado-durante-protesto-na-regiao-da-se.shtml
DE SÃO PAULO- http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1293688-sozinho-pm-quase-foi-linchado-durante-protesto-na-regiao-da-se.shtml
Um policial militar com rosto banhado de sangue, cercado e agredido com socos, chutes e pedras por cerca de dez manifestantes.
A cena na rua 11 de Agosto, a poucos passos da praça da Sé, marco zero
da cidade de São Paulo, foi impressionante não só para mim, mas até para
integrantes do Movimento Passe Livre, que organiza os atos contra a
tarifa.
"O PM iria ser linchado", admitiu o estudante de Ciências Sociais
Matheus Preis, 19, que, com outro grupo, tentava, para a proteção do PM,
conter os mais radicais.
A agressão que testemunhei por volta das 20h30 ocorreu ao lado do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Após se levantar, sangrando, o PM tirou a arma do coldre e a apontou
para os manifestantes. Depois, para o alto. Tive certeza de que ele iria
atirar. Mas o policial militar não disparou nenhum tiro.
PICHAÇÃO
A agressão ocorreu quando a manifestação seguia pela região da Sé, após
confronto entre policiais e manifestantes no Parque Dom Pedro.
Eu acompanhava parte do grupo que seguiu outro caminho. Foi quando o PM
que atua na segurança do prédio viu um jovem pichando a parede do prédio
da Justiça.
Com a mão na arma que estava no coldre, o policial correu e agarrou o rapaz, que tentou se desvencilhar.
Ambos caíram no chão, atracados. Foi quando parte do grupo começou a
sequência de agressões com pedras, chutes, socos. Eram cerca de dez
contra um. Sangrando na cabeça e no rosto, o policial conseguiu se
levantar.
De pé, segurando o pichador ainda agachado pela gola da camisa, ele apontou a arma para os manifestantes.
Outros objetos foram lançados e o policial se protegeu, abaixando a cabeça.
Outros objetos foram lançados e o policial se protegeu, abaixando a cabeça.
Temi não só que o policial atirasse, para se proteger, mas também que o
grupo continuasse a agressão. Por isso me aproximei de outros
manifestantes que se posicionaram para proteger o PM.
O policial, que não consegui identificar, silenciou, enquanto o sangue escorria.
Junto com manifestantes que tentavam dar fim à confusão, gritei pedindo
calma aos agressores. Em seguida, pedi a dois jovens que chamassem uma
ambulância.
Não havia nenhum outro policial junto com ele na hora da confusão. Mesmo
cercado, o PM saiu dali e caminhou só em direção a um acesso ao
tribunal. Um colega se aproximou. Colocado num carro da corporação, foi
levado ao hospital. Até a ontem, a sala de imprensa da PM não tinha
informações sobre ele.
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário