Três homens e uma mulher apontados pela polícia como vândalos foram
presos por meio de mandado de prisão, nesta quarta-feira (26), em Belo
Horizonte. Eles são suspeitos de depredaram lojas e agências bancárias
no Centro da capital, além de incitar a violência entre os
manifestantes. Na casa de três dos suspeitos foi apreendido um simulacro
de pistola .40.
Conforme a delegada Gislaine de Oliveira Rios, da Central de Flagrantes
da Polícia Civil, imagens das câmeras de segurança de uma agência
bancária, além de câmeras do Olho Vivo, registraram a ação dos
suspeitos. As investigações revelaram que eles se infiltraram nas
manifestações todos os dias para promover a violência.
Todos foram detidos no sábado (22), prestaram depoimento e depois foram
liberados. Nesta quarta-feira, eles foram convocados para novos
esclarecimentos e foram detidos. Eles foram encaminhados para o Centro
de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira. Os
suspeitos foram acusados de corrupção de menores, furto, danos ao
patrimônio público e formação de quadrilha.
Defesa
Conforme a polícia, o desempregado Niylor Lúcio dos Santos, de 25 anos,
foi filmando depredando um banco na Praça 7. Ele teria quebrado
vidraças e destruído caixas eletrônicos da agência, além de defecar no
local. A delegada também disse que o suspeito incitava as ações de
vandalismo.
Em sua defesa, o suspeito informou que não participou da quebradeira.
Disse que entrou no banco depois que viu uma mulher na agência e, ao
perceber que os militares estavam descendo da avenida Antônio Carlos
para a Praça 7, pediu para a mulher deixar o local. Ainda em sua versão,
no momento da prisão ele tentava pegar um biscoito em sua mochila.
Agressão
O casal Samuel Pereira de Souza e Alessandra Alves Pereira, ambos de 24
anos, além de Pedro Ferreira de Souza foram presos na Praça 7. Eles
simulavam que estavam armados e aproveitavam do protesto para assaltar
os manifestantes e depredar o patrimônio público. Na casa deles, em
Ribeirão das Neves, na Grande BH, a polícia encontrou um simulacro de
pistola .40.
O garçom Pedro denunciou que foi agredido por cerca de 20 policiais e
sua cunhada, que trabalha como encarregada, levou descargas elétricas.
"Xingaram a gente de vagabundo. Estamos sendo acusados de formação de
quadrilha e chefiar manifestantes", disse ele que garantiu que foi
detido minutos depois de deixar o trabalho. O auxiliar de produção
Samuel já tem passagem por furto, tráfico e depredação ao patrimônio.
A polícia garantiu que várias pessoas estão sendo investigadas e que na próxima semana devem ser detidas.
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