27/07/2013 13h22 - Atualizado em 27/07/2013 13h50
Indígenas são de Coroa Vermelha (BA), local da 1ª missa no Brasil.
Babalaô foi 1º representante do candomblé a ser recebido por um papa.
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Ubiraí e outros quatro índios da aldeia pataxó de Coroa Vermelha, em Porto
Seguro (BA), onde foi realizada a primeira missa no Brasil, em 26 de abril de
1500, participaram da cerimônia com o Papa. O encontro com Francisco foi
emocionante, segundo o indígena. “Ele foi muito gentil comigo, sorriu e
agradeceu o presente”, comemora Ubiraí.
Índios tiveram que colocar roupa no
Municipal
(Foto: Mariucha Machado/G1)
“Me sinto muito honrado. Somos católicos e o Papa é um líder espiritual de
todos os povos.” Ubiraí disse ainda que o pai dele havia dado uma lança de
presente ao Papa João Paulo II quando este visitou a cidade de Salvador, em
1991. “Dei um presente com significado muito maior.”(Foto: Mariucha Machado/G1)
Os indígenas tiveram de vestir camisas de voluntários da Jornada Mundial da Juventude sobre as vestes típicas que usavam. "Eu acho isso um pouco constrangedor. A gente costuma entrar no palácio sem camisa e descalço", disse Suturiana Pataxó.
Ao subir ao palco, no entanto, os indígenas tiraram as camisetas verdes da JMJ e foram caracterizados para o encontro com Francisco.
O babalaô Ivani dos Santos também foi
recebido
pelo Papa (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Candomblépelo Papa (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O babalaô Ivani dos Santos, um dos representantes da sociedade civil que se também encontrou com o Papa no evento deste sábado no Teatro Municipal, destacou o feito inédito de um Papa recebendo um representante do candomblé.
“Pela primeira vez um representante do candomblé é recebido por um papa. Isso é inédito”, afirmou. Ele contou que na sua conversa com o Papa, ele entregou um livro com fotos sobre a caminhada pela liberdade religiosa que acontece todos os anos no Rio e que, neste ano, está agendada para o dia 8 de setembro. Ele contou que também recebeu duas medalhinhas do Papa.
Ele contou que foi convidado para participar do evento pelo próprio Vaticano, que será um dos participantes dessa caminhada em setembro.
“Foi um passo muito importante. Marca um gesto de respeito às religiões afro-religiosas e minoritárias”, finalizou.
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