FORT MEADE, Estados Unidos, 30 Jul (Reuters) - Uma juíza militar dos Estados
Unidos considerou nesta terça-feira o soldado Bradley Manning culpado da maioria
de 21 acusações criminais, mas não de ajudar um inimigo, por ter entregado
documentos ao WikiLeaks, no maior escândalo de vazamento de informações na
história do país.
A juíza Denise Lind disse que Manning, acusado de divulgar mais de 700 mil
arquivos secretos dos Estados Unidos ao site antissigilo, não era culpado da
acusação mais grave, que acarretaria uma pena de prisão perpétua sem liberdade
condicional.
O governo dos EUA estava pressionando pela pena máxima para o que é visto
como uma grave violação da segurança nacional, que inclui relatórios do campos
de batalha de guerras no Iraque e Afeganistão. Já ativistas antissigilo
elogiaram a ação de Manning como um foco de luz sobre as operações obscuras dos
Estados Unidos no exterior.
Promotores do Exército sustentaram durante o julgamento marcial que a
segurança dos EUA foi prejudicada quando o site WikiLeaks publicou vídeos de um
ataque realizado por um helicóptero Apache norte-americano, telegramas e
detalhes secretos sobre prisioneiros detidos em Guantánamo, enviados por Manning
ao site enquanto ele era um analista de inteligência no Iraque, em 2009 e
2010.
Um grupo de cerca de 30 apoiadores de Manning se reuniu do lado de fora do
Fort Meade antes da leitura do veredicto.
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