segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dilma e Anastasia ainda estão devendo promessas de 2010

Risco

A um ano da eleição, ações de infraestrutura anunciadas na última campanha têm execução limitada


Comum
Ampliação do metrô de Belo Horizonte é exemplo de promessa feita por Anastasia e por Dilma e que ainda não se cumpriu
PUBLICADO EM 30/09/13 - 03h00

Faltando apenas um ano e três meses para o fim de seus mandatos, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), ainda têm muito o que fazer para conseguir cumprir as promessas que fizeram durante suas campanhas de 2010. O compromisso pode ser um importante passo para carimbar a permanência de seus grupos políticos no poder.
As iniciativas da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) – uma das principais bandeiras da petista – têm que ficar prontas até o ano que vem, mas algumas apresentam níveis de execução preocupantes. Segundo o balanço mais recente do Ministério do Planejamento, as ações concluídas correspondem a 54,9% do total.
Em Minas, a situação é chega a ser pior: o eixo Cidade Cidadã, que prevê a construção de creches e unidades de atendimento à saúde, tem índice de conclusão inferior a 5%. No grupo Transporte, Energia e Água e Luz para Todos, a execução não passa de 20%.
Além dos atrasos nas obras do PAC 2, as promessas da presidente de duplicação da BR–381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares e a ampliação do metrô da capital ainda estão longe de saírem do papel. No caso do último, no entanto, também um mote de campanha de Anastasia. “O país passou por uma crise mundial, mas conseguiu controlar a inflação. É preciso, agora, acelerar os projetos de infraestrutura”, avalia o presidente do PT em Minas, deputado Reginaldo Lopes. Ele destaca o trabalho realizado pelo Planalto para eliminar a miséria. Segundo informações do Ministério de Defesa Social, o plano Brasil Sem Miséria, que agrega o Bolsa Família, “tirou 22 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza, sob a ótica da renda”. Estado. O governo de Minas ainda está devendo na execução de algumas das principais ações prometidas na reeleição do governador Antonio Anastasia. Apesar de o recente anúncio de cortes na máquina pública que podem gerar uma economia de R$ 1,1 bilhão até o fim de 2014 – no chamado choque de gestão –, o Executivo deixou de investir em algumas áreas. A construção do Rodoanel, por exemplo, ainda não teve as obras iniciadas, assim como a implantação de 15 novos Centros Integrados de Atendimento e Despacho (Ciads), que ainda estão em fase de projeto. Outro grande mote do tucano, o programa Caminhos de Minas, vem ganhando atenção especial, com uma série de anúncios de autorização de obras. Dos 242 novos trechos de asfaltamento, 76 já estão concluídos e outros 46 em andamento. O governo estadual também entregou três novos hospitais regionais e aumentou o efetivo das polícias e dos Bombeiros.
Resultados
Dificuldades. O presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana, ressaltou os resultados do Executivo estadual. “Os sacrifícios são enormes. Ainda assim, nós estamos mantendo a qualidade”.
Governos fazem projeções positivas para o ano eleitoral
Segundo nota do governo de Minas, a construção do Rodoanel está em fase de projeto e consulta pública. A iniciativa prevê a construção de três eixos: Norte, Sul e Leste, que “possibilite a conexão de todas as rodovias radiais a Belo Horizonte”. Ainda de acordo com o Executivo estadual, os projetos de expansão do metrô foram iniciados em abril deste ano, e a expectativa é que as obras se iniciem em 2014. Já o Ministério do Planejamento afirmou, no início do mês, que o desempenho do PAC 2 é medido pelo “volume de recursos, e não a quantidade de obras, pois, do contrário, daria o mesmo peso para os grandes e os pequenos empreendimentos”.

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