sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Transporte coletivo> Manifestantes deixam a estação Central do metrô depois de tumulto

Cerca de 200 manifestantes tentaram pular as catracas, mas foram impedidos pela PM, que chegou a usar spray de pimenta; Tropa de Choque permanece no local


PUBLICADO EM 30/01/14 - 20h34
Depois de tentarem invadir a estação Central, na noite desta quinta-feira (30), os cerca de 200 manifestantes começam a se dispersar. Mais cedo, houve empurra-empurra, e os militares tentaram fechar o portão da estação, sendo impedidos pelos manifestantes. A Tropa de Choque da PM permanece no local.
O grupo fechou a avenida Afonso Pena várias vezes ao longo da noite desta quinta e, logo em seguida, caminhou em direção à praça da Estação. Os ativistas tinham como objetivo pular a catraca do metrô como forma de protesto, porém, foram impedidos pela Tropa de Choque, que chegou a usar spray de pimenta.
O grupo manifesta contra a não redução do preço das passagens após o cancelamento, pela Prefeitura de Belo Horizonte, da taxa de Custo de Gerenciamento Operacional (CGO), paga pelas empresas de transporte.
Facebook
O grupo, que se organizou pela rede social Facebook, toca a marchinha de carnaval "Pula Catraca" (veja o vídeo). Além disso, uma catraca deve ser incendiada pelos manifestantes.
No Facebook, o evento de nome "Lacerda, repasse os 22 milhões do busão para a população" tinha a confirmação de mais de 1.500 pessoas na tarde desta quinta. Na descrição, os organizadores explicam que, no dia 23 de janeiro, o prefeito Marcio Lacerda publicou o decreto que cancelava a cobrança da taxa, que representa R$ 0,05 da tarifa de ônibus.
Por ano, os empresários deixarão de pagar um total de R$ 22 milhões para a população, valor que não será abatido na passagem. Os organizadores ainda fizeram questão de lembrar que a auditoria das empresas de ônibus, com resultados prometidos para o fim de outubro, até hoje não foram entregues.
Em seguida, a descrição questiona: "O que a prefeitura está escondendo? Em nome de quais interesses as informações estão sendo mantidas em sigilo? Qual é o verdadeiro lucro das empresas de ônibus, que foi aumentado em 22 milhões já no começo do ano?"
Ministério Público
O Ministério Público solicitou que a Prefeitura entregasse o resultado parcial da auditoria das empresas de transporte e, também, informações sobre a isenção do CGO. Entretanto, até hoje nada foi entregue ao órgão até hoje.
A Prefeitura foi procurada por O TEMPO e informou por meio de nota que a extinção da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO) no sistema de transporte coletivo do município ainda não entrou em vigor.
"Conforme prevê claramente o decreto publicado no Diário Oficial do dia 23 de janeiro, caberá à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos definir, em ato próprio e no prazo de até três meses, os procedimentos e as condições para que as determinações do decreto passem a ser aplicadas. A Prefeitura reitera que a extinção do CGO já está sendo levada em consideração na avaliação da auditoria realizada para a revisão do contrato de concessão do sistema", completava a nota.
Atualizada às 21h20

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