A médica mineira Myriam Priscilla de Rezende Castro, de 34 anos, acusada de ter mandado amputar o órgão sexual do ex-noivo, está de volta aos consultórios médicos. Condenada a seis anos de prisão em regime semi-aberto, ela foi presa na abril deste ano após ser capturada pela polícia de Minas, na cidade de Pirassununga, interior de São Paulo. 
 
Conforme informações da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), há dois meses Myriam Castro realiza atendimentos médicos durante o dia e retorna ao Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto.  Segundo a Seds, o benefício foi adquirido há dois meses. 
 
A médica foi condenada por mandar cortar o membro do ex-noivo por não aceitar o fim do relacionamento, três dias antes do casamento. Ela teria contratado dois homens para fazer o serviço. Pelo crime, ela foi condenada a cumprir pena de seis anos de prisão. No entanto, ela fugiu logo após a sentença.  
 
O crime ocorreu em Juiz de Fora, região da Zona da Mata, em 2002.  Wendel José de Souza havia rompido o noivado com a mulher. Revoltada, a médica contou com a ajuda do pai, Walter Ferreira de Castro, atualmente com 76 anos, para contratar dois homens para mutilar o ex-noivo.
 
Antes de sofrer a agressão, Wendel recebeu ameaças por parte de Myriam, avisando que ele não escaparia ileso do caso. A vítima chegou a ter a casa e o carro incendiados pela acusada. Integrante de uma família rica e de renome social em Juiz de Fora, Myriam deu prosseguimento ao plano de vingança, contratando três homens para executar a mutilação.
 
Desmaio
 
No dia em que foi rendido pelos agressores, Wendel estava em companhia do irmão, que chegou a desmaiar diante da violência da cena. Os executores usaram uma faca para cortar o órgão do rapaz e fizeram questão de dizer que estava agindo a mando da ex-noiva e do pai dela .
 
A médica se mudou para Barbacena após o crime, onde continuou atuando como clínica geral até o final de 2013. A transferência para Pirassununga, no interior de São Paulo, ocorreu depois da sentença transitar em julgado, confirmando a pena de seis anos de prisão pelo crime de lesão corporal gravíssima.
 
Até então, a médica havia conseguido manter a liberdade com base em uma sequência de recursos judiciais, o que não caberia mais após a decisão final da Justiça. Ela estava saindo de casa, um condomínio de luxo, para o trabalho, na manhã desta terça-feira, quando policiais civis de Minas efetuaram sua prisão.