terça-feira, 30 de setembro de 2014

Bancários entram em greve em todo o país

Sem acordo com os responsáveis pelas instituições financeiras, funcionários anunciam paralisação por tempo indeterminado
Publicação: 30/09/2014 06:00 Atualização: 30/09/2014 06:52
Paulo Henrique Lobato - Portal Uai

Bancários de todo o país devem cruzar os braços a partir de hoje. A decisão foi confirmada em assembleias realizadas na noite de ontem. Em Minas Gerais, a greve por tempo indeterminado, foi confirmada. A estratégia da categoria é manter apenas um gerente em cada agência. E a expectativa é de adesão de quase 100% dos profissionais do setor. A presidente do Sindicato dos Bancários em Belo Horizonte e Região, Eliana Brasil, informou que os diretores da entidade vão hoje cedo para a frente dos bancos privados numa estratégia de garantir essa forte adesão da categoria à paralisação. Ao meio-dia deverá ser feito um ato em frente a Agência Séculos, da Caixa Econômica Federal, na esquina das ruas Carijós com Espírito Santo, no Centro da capital. A categoria pede reajuste real (acima da inflação) de 5,8% e rejeitou a proposta dos bancos de aumento de 0,61% acima da inflação de 6,35% (INPC). No ano passado, o reajuste alcançado foi de 8%, 1,82% acima da inflação.
A greve ocorrerá um dia antes do início do pagamento de pensão e aposentadoria. Na prática, a paralisação irá prejudicar principalmente, pelo menos num primeiro momento, a população idosa. Isso porque homens e mulheres dessa faixa etária são os que têm maior dificuldade em sacar dinheiro nos caixas eletrônicos.
Eliana Brasil reconhece o problema: “A data (da greve por tempo indeterminado) é ruim, porque dia primeiro (de qualquer mês) começa o pagamento de aposentadoria e pensão. A população, por sua vez, está usando a terceirização”.
Por terceirização, explica ela, enteda-se serviços bancários prestados por pontos comerciais com convênios para saques e pagamentos de contas de alguns bancos. É o caso, sobretudo, das casas lotéricas, que têm convênio com a Caixa. Vale lembrar que a greve de bancários não exime correntistas do atraso de pagamento de contas (Veja quadro).

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