sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Rei da Cachaça presta depoimento em audiência de instrução em Salinas

SOB SEGREDO DE JUSTIÇA

Testemunhas de acusação e defesa no processo que o empresário responde por tentativa de homicídio foram ouvidas no fórum do município

PUBLICADO EM 31/10/14 - 19h34
O empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, de 64 anos, conhecido como "Rei da Cachaça", compareceu nessa quinta-feira (31) ao fórum de Salinas, no Norte de Minas,  para prestar depoimento em uma audiência de instrução em um processo no qual é acusado de tentativa de homicídio.
Conforme informações do advogado Maurício Campos, que representa o empresário, que é responsável pela maior produção de cachaça artesanal do país, o caso ocorre em segredo de justiça.
"Não podemos falar sobre o caso. No entanto, ontem (quinta) testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas. Há algum tempo começaram a surgir alguns procedimentos contra ele. Porém, ontem ele compareceu ao fórum para uma audiência relacionada as acusações de agressão", explicou.
"Muitas pessoas se posicionaram na frente do fórum em favor do Antônio. Estavam com cartazes e gritavam frases inocentando ele. A maioria dessas pessoas foram ajudadas pelo meu cliente ao longo da vida e não se esqueceram do que ele fez. Tenho certeza que conseguiremos comprovar a inocência dele em relação a todas as acusações", encerrou.       
A audiência foi conduzida pelo juiz Leonardo Vieira Rocha, que responde pelo caso. A reportagem de O TEMPO tentou contato com o Tribunal de Justiça, por meio do telefone de Plantão, mas não conseguiu contato.
Entenda
Rodrigues é dono das marcas de cachaça Seleta, Saliboa e Boazinha, e foi preso no dia 12 de agosto, na sede da sua empresa em Salinas, sob suspeita de abusar de um menino de 14 anos e de uma menina de 15, e de tentar matar um homem de 18.
Após a prisão de Rodrigues, um adolescente de 13 anos procurou a delegacia de Salinas, no Norte de Minas, para fazer uma nova denúncia de abuso sexual contra o “rei da cachaça”. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O empresário foi detido e encaminhado para o presídio de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha. Em 20 de agosto, ele foi transferido para o Presídio de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, onde cumpre prisão preventiva. No dia 22 de agosto, o pedido de prisão domiciliar promovido pela defesa do empresário foi negado pela Justiça.  

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