segunda-feira, 30 de junho de 2014

Minas: Prefeitos perdem R$ 166 milhões em emendas por falta de projetos

União bloqueia R$ 166 milhões em emendas para municípios 

Parlamentares indicam investimentos, mas projetos incompletos ou ausência deles travam recursos

PUBLICADO EM 30/06/14 - 03h00
O governo federal bloqueou R$ 166 milhões de emendas parlamentares que seriam destinadas a obras e investimentos em prefeituras mineiras. Em todo o país, esse montante chega a R$1,65 bilhão. O motivo para o contingenciamento dos recursos é que os próprios prefeitos não entregaram a tempo ou completos os projetos executivos que justificariam os investimentos. Todos os 53 deputados federais e os três senadores que cumpriam mandato no ano passado, quando as emendas foram propostas, tiveram o bloqueio total ou parcial dos valores.
Relator da Lei do Orçamento 2014, o deputado federal Miguel Corrêa (PT) argumenta que o bloqueio ocorre, principalmente, por causa da dificuldade das prefeituras em cumprir sua contrapartida: a elaboração dos projetos executivos que justifiquem o investimento.
“Muitas vezes, o que acontece é que o prefeito acha que pode concluir o projeto depois, outras vezes tenta destinar o dinheiro para custeio, o que não é permitido, a verba da emenda tem que ir para investimento. Mas isso é responsabilidade exclusiva de cada prefeitura. Sabemos que tem dificuldade de corpo técnico para fazer os projetos”, analisa Corrêa.
Quase R$ 1,5 milhão das emendas de Corrêa, que seriam destinadas para estruturação da rede de atenção à saúde de diversas prefeituras do interior, foram bloqueados por técnicos do governo federal.
Os motivos, em geral, para que as emendas sejam bloqueadas são a falta ou atraso na apresentação dos projetos executivos e valores de emenda acima do que seria “razoável” para o ministério. Para que as emendas pudessem ser executadas ainda este ano, os projetos deveriam ter sido enviados até o dia 21 de março.
O deputado federal Stéfano Aguiar (PSB), que teve R$ 2,4 milhões em emendas bloqueadas, afirma que há ainda motivação política para que o dinheiro não chegue, em benefícios ou serviços, à população. “Em alguns casos, o prefeito que é ligado a um outro deputado não se interessa em entregar os documentos para que outro parlamentar não entre nesse colégio eleitoral. É falta de interesse político”, diz.
Emendas. De acordo com a Lei de Orçamento, cada parlamentar pode destinar até R$ 15 milhões em investimentos, seja para prefeituras, instituições ou associações. A contrapartida exigida é a apresentação de um projeto executivo que justifique o investimento.

Fidel Castro tem vida dupla e ama o luxo, diz em livro ex-segurança do líder político

por Agência ANSA em Jornalismo - Itatiaia / Atualizado
O ex-presidente de Cuba e líder da Revolução Cubana (1959) Fidel Castro é uma pessoa carismática, mas é manipulador e oportunista, frio com sua família e acostumado a viver uma vida de luxo e conforto, enquanto a propaganda oficial promove uma imagem humilde e austera.
Quem diz isso é ex-segurança do cubano, Juan Reinaldo Sánchez, no livro "A Vida Secreta de Fidel Castro", que mostra o ex-mandatário como "um típico capitalista".
"Ao contrário do que dizem, Fidel nunca renunciou às comodidades capitalistas ou escolheu viver na austeridade. Seu estilo de vida é de um capitalista sem nenhum tipo de limite", apontou.
Sánchez, que tem 65 anos, trabalhou por 17 na segurança privada de Castro, que o considerou um "traidor" quando pediu permissão para se aposentar. Torturado e preso, ele foi libertado em 2008 e migrou para os Estados Unidos.
Em uma entrevista à BBC, o ex-guarda-costas disse que, em seu livro, ele "apresentou provas de que Fidel vive uma vida com todos os luxos", salientando que "não existem muitas pessoas no mundo que podem dizer que tem um cais privado com quatro iates, barcos de pesca e mais de 100 homens fazendo a segurança de sua propriedade".

"Ninguém em Cuba pode nem sequer sonhar em ter uma reserva pessoal para caça, mais de 20 residências privadas - que eu visitei pessoalmente - e uma ilha privada, Cayo Piedra [ao sul da Baía dos Porcos], com restaurantes flutuantes e um aquário de golfinhos, onde leva sua família e amigos mais próximos", acrescentou.Ainda de acordo com Sánchez, Fidel leva "uma vida dupla", com "uma imagem pública de uma pessoa sensível e modesta, até afável, mas no âmbito privado era muito diferente".
"Eu nunca o vi com uma expressão de carinho com sua família, nunca o vi dar um beijo em seus filhos pela manhã. Suas relações com seus parentes também eram frias e distantes", acrescentou.
"A julgar pelo que pude ver em sua residência de Punto Cero, a relação com sua esposa Dalia Soto del Valle não era muito diferente. Ela era como sua ajudante pessoal, lhe trazia documentos para ler, o que ele necessitava. Mas nunca vi qualquer afeto entre eles, algo que se imagina em qualquer casamento".
O relato coincide com depoimento da filha do ex-presidente, Alina Fernandez Revuelta, segundo quem, Fidel é "uma pessoa com um grau relativamente alto de crueldade".
Foto: Estudios Revolución/Cuba Debate
http://www.itatiaia.com.br/noticia/fidel-castro-tem-vida-dupla-e-ama-o-luxo-diz-em-livro-ex-seguranca-do-lider-politico

Registro de perda de documentos já pode ser feito pela internet

30/06/2014 11:23 - Atualizado em 30/06/2014 11:23

Hoje em Dia



https://delegaciavirtual.sids.mg.gov.br/ 
 
O cidadão que tiver seus documentos e objetos pessoais extraviados já pode registrar a perda sem precisar comparecer à delegacia ou aguardar a chegada da Polícia Militar para a elaboração do boletim de ocorrência. O novo serviço, que integra o sistema da Delagacia Virtual, entra em funcionamento nesta segunda-feira (30) e permite ao indivíduo realizar todo o procedimento através da internet.
As ocorrências podem ser registradas por maiores de dezoito anos através de formulários disponíveis no site da Delegacia Virtual. Após o envio das informações, a ocorrência passa por uma triagem e, em quinze minutos, é emitida uma mensagem informando o número do Evento de Defesa Social (Reds) e sua forma de acesso para impressão no site do Sistema Integrado de Defesa Social (Sids). O documento pode ser utilizado pelo cidadão para o acionamento de seguradoras e comprovação de perda de documentos.
O novo serviço amplia as ações da Delegacia Virtual, em funcionamento desde abril desde ano. O primeiro módulo do serviço permitia o registro de acidentes de trânsito sem vítimas. Até o dia 17 de junho, foram 3.838 ocorrências enviadas pela internet, sendo 1.478 somente em Belo Horizonte.
Para o futuro, estão planejados a implantação de um sistema de registro de pessoas desaparecidas e localizadas e  outro para registro de danos simples. A previsão é que ambos estejam disponíveis até outubro deste ano.
https://delegaciavirtual.sids.mg.gov.br/
 

Orkut será encerrado em 30 de setembro

Por Redação Olhar Digital - em 30/06/2014 às 09h52
É oficial: o Orkut será desativado em 30 de setembro deste ano, conforme anúncio feito pelo Google na manhã de hoje, antecipado ao Olhar Digital. A partir desta segunda-feira, já não é mais possível abrir contas no serviço.
A empresa pede desculpas aos usuários pela atitude, mas afirma que ela é necessária porque o Orkut deixou de ser relevante, graças ao surgimento de plataformas melhores.
“Ao longo da última década, YouTube, Blogger e Google+ decolaram, com comunidades surgindo em todos os cantos do mundo”, comenta o diretor de engenharia do Google, Paulo Golgher. “O crescimento dessas comunidades ultrapassou o do Orkut. Por isso, decidimos dizer adeus ao Orkut e concentrar nossas energias e recursos para tornar essas outras plataformas sociais ainda mais incríveis para todos os usuários.”
Confira abaixo o texto, intitulado “Adeus ao Orkut”:
Dez anos atrás, o Google mergulhou pela primeira vez nas redes sociais por meio do Orkut, que nasceu como projeto experimental de um engenheiro que deu nome à rede. As comunidades do Orkut deram forma a conversas e conexões que até então não existiam, antes mesmo que as pessoas soubessem o que eram "redes sociais".
Ao longo da última década, YouTube, Blogger e Google+ decolaram, com comunidades surgindo em todos os cantos do mundo. O crescimento dessas comunidades ultrapassou o do Orkut. Por isso, decidimos dizer adeus ao Orkut e concentrar nossas energias e recursos para tornar essas outras plataformas sociais ainda mais incríveis para todos os usuários.
O Orkut será descontinuado no dia 30 de setembro de 2014. Até lá, não haverá impacto para os atuais usuários, para que a comunidade tenha tempo de lidar com a transição. Usuários podem exportar as informações do seu perfil, mensagens de comunidades e fotos usando o Google Takeout (disponível até setembro de 2016). A partir de hoje, novos usuários não podem criar novas contas no Orkut.
O Orkut pode estar indo embora, mas todas as incríveis comunidades criadas pelos usuários vão ficar. Um arquivo com todas as comunidades públicas ficará disponível online a partir de 30 de setembro de 2014. Se você não quiser que seu nome ou posts sejam incluídos no arquivo de comunidades, você pode remover o Orkut permanentemente da sua conta Google.
Foram 10 anos inesquecíveis. Pedimos desculpas para aqueles que ainda utilizam o Orkut regularmente. Esperamos que vocês encontrem outras comunidades online para alimentar novas conversas e construir ainda mais conexões, na próxima década e muito além.

Desembargador Geraldo Augusto de Almeida: ‘A principal arma do cidadão é o voto’

30/06/2014 08:15 - Atualizado em 30/06/2014 08:15

Aline Louise - Hoje em Dia



Ricardo Bastos/Hoje em Dia
Desembargador Geraldo Augusto de Almeida
"Há um número insuficiente de servidores em muitas zonas eleitorais", diz Geraldo Augusto
O novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MG), desembargador Geraldo Augusto de Almeida, que tomou posse na última sexta-feira, faz um apelo para que os eleitores compareçam e votem no pleito de outubro. Segundo ele, pesquisas apontam que cerca de 70% do eleitorado deixaria de votar caso o gesto não fosse obrigatório. Para o desembargador, o dado é reflexo do “desencantamento” do brasileiro com a política. Ele ainda teme que tenhamos um número recorde de votos em branco e nulos. Contudo, o desembargador diz que em Minas Gerais o eleitor é mais participativo e que esse quadro pessimista ainda pode ser revertido, com informação e o trabalho da Justiça Eleitoral.
Segundo desembargador a ocupar a presidência do TRE este ano, Geraldo Augusto de Almeida diz que não há espaços para “projetos pessoais e “protagonizamos” no tribunal e que sua gestão dará continuidade aos trabalhos e projetos em andamento, como os preparativos para as eleições deste ano.
Nesta entrevista ao Hoje em Dia, ele adianta que dentre as prioridades está a realização do concurso público para o
preenchimento de cargos vagos nas zonas eleitorais do Estado. Segundo ele, muitas regiões tem numero insuficiente de servidores, tornando “urgente” a necessidade de realização da concorrência.
Geraldo Augusto de Almeida ainda fala sobre reforma política. Diz ser favorável ao financiamento de empresas a campanhas eleitorais, desde que com regulamentação mais rigorosa e defende a valorização dos partidos. Para ele, o eleitor deveria votar nas propostas apresentadas pela legenda e não considerar apenas o candidato.
Quais serão as prioridades do senhor durante o seu mandato?
No exercício de cargos públicos do Poder Judiciário não há espaço para projetos pessoais. O juiz de Direito representa não a si próprio, mas o Estado-Juiz, sempre submetido às regras da legislação. Ocorre, então, uma continuidade nos atos de gestão, independentemente dos períodos de mandatos nos cargos de direção ou de quem seja o escolhido. Não haverá nenhuma descontinuidade. As prioridades neste momento são a manutenção da excelência na realização e apuração das eleições, como é da tradição do Tribunal Regional Eleitoral em Minas Gerais; a realização do concurso público para o preenchimento de cargos vagos nas zonas eleitorais do Estado e a continuação do censo eletrônico/biometria, a partir de 2015.
A Justiça Eleitoral tem capacidade suficiente para atuar no interior do Estado?
As zonas eleitorais têm enfrentado as questões e procedimentos em suas respectivas áreas de atuação. Basta a constatação dos inúmeros recursos, mesmo em ano não eleitoral, que chegam ao Tribunal Regional Eleitoral. Mas há um número insuficiente de servidores em muitas zonas eleitorais, algumas com um ou dois apenas, necessitando de requisições de servidores temporários de outros órgãos públicos para a ocasião das eleições, além de voluntários. É urgente a realização de concurso público para o preenchimento desses cargos, dependente ainda de autorizações do CNJ e do TSE.

As pesquisas têm demonstrado que muitos eleitores devem votar em branco ou nulo O senhor acredita que teremos um recorde no numero dessas manifestações?
Vai depender muito do nosso trabalho, da Justiça Eleitoral, com ajuda dos órgãos de imprensa, que têm um trabalho cívico muito importante de formação de opinião. Então, nós poderemos até diminuir isso. Pode ocorrer como foi com a Copa, muitos disseram que não aconteceria, no entanto, a festa está prosseguindo. E eu tenho a impressão também que podemos transformar as eleições numa grande festa cívica. Em Minas Gerais não existe muito esta preocupação, tradicionalmente somos o Estado que proporcionalmente mais vota. O que a gente tem a dizer é que a principal maneira do cidadão se manifestar é através do voto. Não adianta ele se abster, assim estará deixando o campo aberto para que candidatos que não estariam cumprindo o seu dever permaneçam na condição de poderem ser eleitos. O eleitor que quer se manifestar e que não vai votar está perdendo a grande chance de resolver esta questão.
Nos últimos anos, vimos casos de cassações de prefeitos, principalmente, já bem depois da posse, por irregularidades cometidas durante as eleições. Falta agilidade à Justiça Eleitoral para julgar esses casos ou é um problema de processo?
Essas cassações acontecem por dois motivos: primeiro por algum ato de improbidade administrativa e isso geralmente não vem para Justiça Eleitoral, segue para Justiça Comum. Então, o Tribunal de Justiça, julgando essas ações de improbidade, no final pode decidir pela procedência da ação e entre as penalidades tem a cassação de registros políticos e inelegibilidades, até por 8 anos. Por isso que as decisões de lá tocam com as nossas aqui. Agora, especificamente sobre a Justiça Eleitoral, a gente vê o enfoque do ato do prefeito, do seu vice, do vereador, em torno das eleições especificamente. Aquilo que contribuiu para fraudar a eleição ou fraudar a vontade do eleitorado. Pode parecer muito, mas dos 853 municípios de Minas Gerais, nós cassamos aqui cerca de 15 prefeitos. E ainda mais da metade estão para ser confirmados ou não pelo TSE. Então, o número é razoavelmente pequeno em relação ao número de municípios que temos. O processo inicia na zona eleitoral, na comarca, onde está o juiz. Ele decide e nós revemos aqui. Grande parte, 80% das decisões dos juízes são confirmadas.

Antes mesmo de começar a campanha, já há dezenas de representações a respeito de propaganda antecipada, injúrias, etc. Os partidos e candidatos estão cada vez mais desafiando a lei eleitoral e também “judicialização” a disputa?
A propaganda inicia-se oficialmente em 5 de julho, mas antes já temos, no rádio e na televisão, a propaganda partidária. Uma coisa é a propaganda partidária, outra é a propaganda eleitoral. A partidária é aquela em que o partido informa seu programa, onde ele pede os eleitores que se filiem a ele. Essa é a finalidade. Mas muitas vezes ela é usada indevidamente, promovendo disfarçadamente seus próprios candidatos. Ai, é claro, o partido adversário ao ver isso tem todo direito de acionar a justiça e pedir uma adequação. Em resumo, o que fazemos é exigir o corte de pedaços da transmissão ou então adequação da fala, retirando esse excesso que se torna propaganda eleitoral, destinada a promover a candidatura de um nome específico. Isso é natural em todos os anos de eleição. Não é que os partidos estão cometendo mais infrações, é que está havendo mais fiscalização e disputa acirrada. Estamos vendo que será bastante conflituosa essa relação entre os partidos, que vão judicialização qualquer ato de adversários.
A legislação é o suficiente para dar conta desse embate?
É. Nós temos a legislação eleitoral para isso, da propaganda eleitoral. É uma lei de 1997, que vem sempre sendo atualizada. E temos também a legislação comum, penal e civil, em relação a difamação, injúria e calúnia pessoal.
Há críticas sobre o grau de subjetividade que a legislação eleitoral permite nos julgamentos da propaganda eleitoral. Como equilibrar a necessidade de preservar o debate político, mas ter uma legislação mais objetiva e efetiva?
Não é necessário uma legislação mais objetiva, porque esse é exatamente o papel do juiz. O juiz de Direito não é só meramente um aplicador de lei. Se não, nós não precisaríamos de ter juízes nessa quantidade e os tribunais. O juiz é exatamente para aplicar a lei e adequá-la a cada caso concreto que lhe é apresentado para julgamento, naquele momento.
Temos hoje várias propostas de reforma política sendo discutidas. Qual sua opinião sobre a necessidade de mudanças neste aspecto e quais os temas deveriam ser priorizados, diante da amplitude do que cabe no guarda-chuva de uma reforma política?
É uma situação que a gente tem muito constrangimento de falar, porque eu entendo que o executivo executa as leis, que são criadas pelo legislativo, e o judiciário somente aplica essa legislação. Então eu acho constrangedor que um membro do judiciário vá dizer o que o legislativo deve fazer, o que o executivo deve fazer. Cada um no seu papel. Desde que as propostas se transformem em lei, estamos aptos a aplicá-las. Antes, fica meio difícil. O que eu posso dizer é que a última minirreforma política, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, foi apenas uma maquiagem, ela não aprofundou, por exemplo, na questão principal de financiamento das campanhas.
Essa questão do financiamento de empresas a campanhas política foi parar no STF e 6 ministros já votaram pelo proibição. Qual a opinião do senhor sobre este tema? O senhor acredita que ele de fato desequilibra a disputa eleitoral e é necessário que a justiça intervenha?
O financiamento de empresas às campanhas eleitorais desequilibra quando existe a falta de regulamentação. Havendo a regulamentação não desequilibraria. O ideal poderia ser o financiamento público, mas tem também as suas dificuldades. Nós poderíamos modular o financiamento público com o financiamento privado, no sentido de que a empresa privada que fizesse doações, não fosse depois beneficiada de alguma forma pelo candidato que recebeu o recurso. Dar, por exemplo, um teto, um limite para esse financiamento. A empresa que fizesse doação para um partido, tivesse que, por exemplo, financiar todos os partidos e de uma forma igualitária. Nós poderíamos talvez fazer isso. Mas é uma questão que cabe ao Congresso. Infelizmente não tenho esperança que o Supremo julgue essa questão para essas eleições.
E nós temos que tirar essa pecha de que o financiamento de empresa privada seria, por si só, ilegítimo, que não seria o que a sociedade quer. Temos que ver que na maior democracia, que é os Estados Unidos, todo financiamento de campanha é feito de forma privada e nem com isso se pode dizer que é uma relação ilícita, criminosa.
Então o senhor defende que o financiamento privado possa existir, desde que regulamentado com mais rigor?
Isso. E que o bom senso e a ética estejam nestes atos.
Hoje temos a campanha polarizada entre PT e PSDB. Estes dois partidos têm formado grandes coligações, nem sempre com base em afinidades ideológicas. Muitas vezes essas alianças são feitas na base de troca por tempo de TV, cargos, formação de bancada. O senhor acredita que a forma como estas coligações são construídas deveria também ser alvo de mudanças numa eventual reforma política?
Infelizmente ainda não existe entre nós uma cultura de votar no partido. As pessoas deveriam ver os programas dos partidos e votar naquele que estaria mais de acordo com seu pensamento e o que poderia ser feito em benefício da nação. E fazendo isso ficaria mais fácil, se votaria no partido e não no candidato. O que se vê hoje são alianças as vezes de programas até conflitantes. E isso seria, na minha opinião, uma ofensa a boa vontade do eleitor.
 

Baixas temperaturas: frio, um risco a mais para o coração

30/06/2014 08:41 - Atualizado em 30/06/2014 08:41

Ana Paula Lima - Hoje em Dia



Eugênio Moraes/Hoje em Dia
Frio, um risco a mais para o coração
Atividades físicas pelo menos três vezes por semana ajudam a evitar problemas cardíacos
Uma reação normal do organismo diante de temperaturas mais baixas ameaça a saúde do coração. O frio faz vasos e artérias se contraírem, reduzindo a passagem do sangue e aumentando as chances de infarto. Os casos chegam a ser 30% mais frequentes no inverno.
O alerta vale para idosos, diabéticos e quem tem um ou mais fatores de risco, como obesidade, sedentarismo, hipertensão, triglicérides alto ou tabagismo.
Mas mudanças comportamentais típicas nesta estação do ano também jogam contra o bom funcionamento do corpo. “No inverno, as pessoas comem mais. Aumenta o sal no organismo, o que pode interferir na pressão arterial”, diz o cardiologista Cesar Jardim. Sem falar que, muitas vezes, a opção é por alimentos calóricos, levando ao acúmulo de gordura nos “canais” por onde o sangue passa.
Na lista dos maus hábitos do inverno estão, ainda, a preguiça de praticar exercícios físicos – que melhoram a disposição e aquecem órgãos e tecidos – e submeter-se a variações bruscas de temperatura, saindo de locais quentes para ambientes gelados.
Aperto
Na prática, a redução do diâmetro das artérias coronárias diminui ou até interrompe a irrigação, a nutrição e a oxigenação do coração, que dependem do fluxo sanguíneo que chega ao órgão. “Sem sangue e oxigênio na quantidade adequada, parte do músculo cardíaco e da região pode entrar em sofrimento, muitas vezes com necrose da área”, explica o médico. É o infarto.
O perigo ronda homens e cada vez mais as mulheres. Quarenta anos atrás, para cada vítima do sexo feminino, havia cem do masculino. Agora, a proporção é de um para três.“As mulheres, hoje, trabalham, se estressam, se alimentam mal e fumam como os homens”, diz Cesar, chefe do Clinic Check-Up do Hospital do Coração, em São Paulo.
Mesmo assim, o risco para elas e até o socorro são, muitas vezes, subestimados. Em parte porque o infarto evolui de forma atípica no sexo feminino, podendo causar dor na mandíbula e nas costas, náuseas, vômito, suor frio e falta de ar, além de um cansaço físico exagerado.
Esses sintomas também são típicos em idosos e diabéticos. Nos homens, os mais comuns são dor no peito e no braço esquerdo. No caso de suspeita de infarto, a pessoa deve ser levada imediatamente ao hospital para fazer eletrocardiograma e exame de sangue.

Para não remediar
Levar uma vida saudável, com alimentação com pouco sal e gordura, praticar atividades físicas pelo menos três vezes por semana e fazer um check-up o quanto antes quando pai, mãe ou irmãos sofreram infarto são formas de prevenir o problema. “À exceção da hereditariedade, todos os fatores de risco são modificáveis. Pensar que não sentir nada significa estar bem é um erro”, adverte o médico.
Atenção especial às extremidades do corpo
Cuidados para evitar a má-circulação sanguínea são fundamentais no inverno. O objetivo é prevenir doenças circulatórias, algumas graves, como a trombose venosa. A origem dos problemas também está associada, dentre outros fatores, à contração dos vasos por onde o sangue passa, o que dificulta a irrigação dos órgãos e tecidos. Quanto mais longe do coração, pior, e esse é um dos motivos de extremidades como as pontas dos dedos das mãos e a sola dos pés serem tão afetados.
Os sintomas da má-circulação incluem a queda da temperatura dessas partes do corpo, que podem ficar geladas, inchaço do membro, pela dificuldade de retorno venoso, e dor. Em situações extremas, mais frequentes em quem é diabético ou tem fatores de risco, como o tabagismo, o quadro pode progredir para lesão, isquemia e até gangrena, com necessidade de amputação.
Trombose
Fatores externos aumentam muito a chance de a pessoa ser acometida por trombose venosa. Nas mulheres, por exemplo, que já são mais vulneráveis por questões hormonais, o uso de anticoncepcional eleva o risco em oito vezes. Se fumar, em 16. Se fizer as duas coisas, em 45 vezes.
“Há quem só procure um especialista por questões estéticas. No inverno, como está com o corpo coberto, essa pessoa ignora sintomas e a possibilidade de ajuda. É preciso mudar isso. Hoje, a busca é pelo tratamento preventivo”, ensina o médico Fernando Bacalhau, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
Glaucoma, herança da automedicação
O uso indiscriminado de remédios contra doenças respiratórias comuns no inverno ameaça a visão. Consumidos por contra própria ou por tempo superior ao prescrito, podem causar efeitos colaterais que vão do olho seco ao glaucoma e à catarata. “Não existe medicamento inofensivo”, avisa o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, em Campinas.
O princípio ativo de determinados descongestionantes nasais, por exemplo, pode levar à dilatação da pupila, aumentando a chance de pessoas com predisposição ao glaucoma desenvolverem a doença.
O mesmo acontece após o uso contínuo de corticoide para tratar quem está com gripe, asma, rinite ou alergias severas. Nesse caso, outra consequência pode ser o surgimento da catarata – que deixa o cristalino do olho opaco e causa cegueira, só revertida com cirurgia. Até antitérmicos e analgésicos, “queridinhos” de boa parte dos brasileiros, escondem riscos.
Em determinadas situações, se determinada droga for indispensável, o paciente deve receber acompanhamento de um oftalmologista.
Secura
A chegada do inverno também pode afetar a visão devido à menor umidade relativa do ar, que contribui para o olho seco. “A lágrima é um mecanismo de defesa do olho. Se está em pequena quantidade ou tem qualidade ruim, a pessoa fica mais suscetível a pegar uma conjuntivite”, cita o médico.
 

TCU indica prejuízo de pelo menos US$ 126 milhões na compra de Pasadena




Relatório inédito indica ‘dano injustificado’ na compra pela Petrobras
por Vinicius Sassine
30/06/2014 6:00

Refinaria de Pasadena, nos EUA: a Secretaria de Controle Externo (Secex) de Estatais do TCU elaborou um parecer técnico de 17 páginas com apontamentos de indícios de irregularidades na negociação da Petrobras - Terceiro / Agência Petrobras
BRASÍLIA — Um relatório inédito da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) indica que os gestores da Petrobras causaram um dano de pelo menos US$ 126 milhões aos cofres da estatal por terem desconsiderado um laudo de avaliação da refinaria de Pasadena, elaborado por uma consultoria contratada pela própria companhia e com apontamento de um preço do empreendimento inferior ao que acabou sendo pago. O documento do TCU, obtido pelo GLOBO, cita ainda que a estatal declarou ter pago US$ 170 milhões pela metade de um estoque que não valeria US$ 66,7 milhões.
Os auditores do TCU consideram que, no caso dos estoques, há indício de irregularidade na maneira como a Petrobras tratou do assunto. A estatal informou ao mercado que pagou os US$ 170 milhões por estoques de produtos que estavam na refinaria na época da compra. Mas, ao analisar os detalhes do contrato, os auditores dizem que essa cifra efetivamente paga e declarada ao mercado não tinha relação com os estoques. Era de outra natureza, fazia parte de ajuste de preço na transação comercial.
Os indícios de irregularidades são citados no primeiro parecer técnico elaborado pela Secretaria de Controle Externo (Secex) de Estatais do TCU, responsável pelo amplo pente-fino realizado no processo de compra da refinaria de Pasadena, no Texas. O procedimento foi instaurado em fevereiro de 2013, sob a relatoria do ministro José Jorge. Em 27 de novembro, o diretor da Secex Bruno Lima Caldeira, supervisor da fiscalização, concluiu um documento de 17 páginas com apontamentos de indícios de irregularidades na aquisição de Pasadena.
GESTORES ‘CONHECIAM’ PARECERES
Trata-se de um “exame técnico” preliminar, a partir das primeiras descobertas das equipes de auditoria. As investigações prosseguem até a conclusão do relatório final, que será submetido ao gabinete do ministro para, então, ser apreciado em plenário. A Petrobras continua fornecendo diversos documentos para tentar derrubar os indícios de irregularidades.
No documento, é possível saber pela primeira vez — todo o processo é sigiloso — quem são os gestores listados no rol de supostos responsáveis pelo negócio. Os integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Petrobras na ocasião da aprovação da compra, em 2006, são listados como responsáveis a serem investigados. Entre eles, estão a presidente Dilma Rousseff, que presidia o conselho quando era ministra da Casa Civil; o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli; e os ex-diretores Nestor Cerveró, da Área Internacional, e Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, este último preso no Paraná por conta de supostos desvios e lavagem de dinheiro de obras da estatal.
O nível de responsabilidade dos conselheiros na compra da refinaria é um dos pontos analisados pelas auditorias. O relatório da Secex Estatais cita, na página 5, que conselheiros e diretores “tinham conhecimento” dos pareceres da Área Internacional sobre a compra da refinaria. Um desses pareceres foi “um dos principais instrumentos técnicos de persuasão que levaram tanto a Diretoria Executiva quanto o Conselho de Administração a aprovarem a primeira oferta para a compra de 70% das ações da refinaria”.
O parecer da Área Internacional mencionava a consultoria Muse Stancil, que avaliou Pasadena por um preço inferior ao valor efetivamente pago. Anexado a esse parecer estava o documento da área jurídica da Petrobras que analisou a compra da refinaria. No documento, é citada a existência da cláusula contratual de put option, que obrigava a aquisição integral do empreendimento em caso de litígio.
A versão da presidente Dilma é de que o aval à compra de 50% da refinaria ocorreu por conta de um “parecer falho” elaborado por Cerveró. Ele omitiu do sumário executivo levado à reunião do conselho a existência da put option e de outra cláusula contratual, a marlim, que garantiria dividendos mínimos à Astra em caso de prejuízos. Dilma alegou não ter tomado conhecimento de nenhuma das duas cláusulas.
A auditoria do TCU sustenta que os conselheiros decidiram pela compra da primeira metade da refinaria com base em estudo de viabilidade técnica e econômica elaborado pela Petrobras, que apontou um valor de US$ 745 milhões a Pasadena. Mas, ressalta o primeiro exame técnico do TCU, eles também tinham conhecimento do parecer da Área Internacional com a citação à consultoria Muse Stancil. O valor a ser pago por 100% da refinaria, no estado em que se encontrava em janeiro de 2006, era de US$ 126 milhões, conforme o laudo de avaliação da Muse citado na auditoria.
“Fica constatado indício de irregularidade grave na prática de gestão de ato antieconômico por parte dos gestores da Petrobras que, ao desconsiderarem laudo elaborado pela Muse, compraram 50% da refinaria por US$ 189 milhões, resultando injustificado dano aos cofres da companhia no montante de US$ 126 milhões”, cita o parecer técnico. Com os estoques, o valor desembolsado na primeira metade de Pasadena foi de US$ 360 milhões. Após uma longa disputa arbitral e judicial, os outros 50% do empreendimento foram adquiridos pela Petrobras, que desembolsou ao todo US$ 1,249 bilhão.
O “erro de estratégia” na compra da primeira metade foi admitido em relatório da área técnica da estatal, conforme o documento do TCU. Os técnicos reavaliaram em 2010 o estudo de viabilidade econômica e concluíram que deveriam ter sido consideradas “possíveis diferenças de pontos de vista entre comprador e vendedor”.
O relatório do TCU considera “inadmissível” a concessão da Petrobras à Astra de uma receita bruta de comercialização dos estoques de US$ 170,2 milhões. “O pagamento dessa alocação especial foi garantido mesmo que as receitas brutas da trading fossem insuficientes”, cita o documento.
Cláusulas contratuais, ainda segundo o parecer, corroboram que o valor pago não correspondia aos estoques da época. "O valor encontrado pela Astra para o inventário líquido a ser pago pela Petrobras seria de US$ 66,7 milhões. Em nenhuma situação haveria pressuposto para um pagamento de US$ 170 milhões por conta da aquisição dos estoques."
O parecer faz duras críticas às condições em que foi estabelecida a cláusula contratual de put option, que teriam sido favoráveis apenas à Astra. Os pagamentos por estoque da refinaria, decorrente da aplicação da cláusula, teriam levado a um prejuízo de US$ 150,2 milhões. Pagou-se por um bem que não existia, segundo a Secex. Ainda conforme o relatório, o valor pago na entrada do negócio chegou a US$ 644 milhões, superior aos US$ 360 milhões informados pela estatal.
O entendimento técnico do TCU é de que a Petrobras deveria ter “partido diretamente para a arbitragem” na compra da segunda metade da refinaria. Uma carta de intenções elaborada por Cerveró fez a proposta de US$ 700 milhões pelos 50% restantes. “O laudo arbitral fixou o valor referente ao put option da refinaria em US$ 300 milhões, menos da metade do que o senhor Nestor Cerveró aceitava pagar pela via negocial.” A segunda metade da refinaria, depois de uma longa disputa judicial, saiu por US$ 820,5 milhões.
TCU QUER MAIS ESCLARECIMENTOS
O relatório conclui que o “elevado grau de complexidade” demanda maiores esclarecimentos por parte da Petrobras, antes de um pronunciamento definitivo da unidade técnica sobre os indícios de irregularidades. Somente depois dessas explicações é que a unidade deliberaria sobre pedido de audiência dos responsáveis ou abertura de tomadas de contas especiais para pedido de ressarcimento aos cofres públicos.
A decisão de realizar uma audiência — o que pode ocorrer com a presidente Dilma — é do ministro relator do processo, José Jorge. A opção pela audiência indica que o responsável não tem culpa por danos financeiros, mas por má gestão ou por uma determinada irregularidade, o que acarretaria a aplicação de multa. A necessidade de ressarcimento, por sua vez, leva à citação dos investigados.
José Jorge tem mantido o silêncio sobre o processo. Não há previsão de quando ele receberá o relatório final, elaborará o voto e levará o processo a plenário. O ministro se aposenta em novembro. Ele é ex-senador pelo PFL (hoje DEM) de Pernambuco, foi candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006 e ministro de Minas e Energia no fim do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ocasião em que presidiu o Conselho de Administração da Petrobras.
Por conta do processo que conduz no TCU, José Jorge entrou no foco dos governistas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista da Petrobras. Eles querem convocá-lo para um depoimento sobre supostas irregularidades cometidas no período em que esteve à frente do conselho da estatal.
O GLOBO procurou a assessoria de imprensa da Petrobras no início da tarde de ontem, mas não houve resposta aos questionamentos até o fechamento desta edição.

domingo, 29 de junho de 2014

Em experimento secreto, Facebook manipula emoções de usuários

29/06/2014 13h45 - Atualizado em 29/06/2014 13h45

Algoritmo de 700 mil usuários foi manipulado por uma semana em 2012.
Resultado mostrou que humor de usuários varia de acordo com conteúdo.

Da France Presse
Um estudo detalhando como o Facebook manipulou secretamente o feed de notícias de aproximadamente 700 mil usuários com o objetivo de avaliar o "contágio emocional" desencadeou revolta na rede social.
Durante uma semana em 2012 o Facebook manipulou o algoritmo usado para distribuir os posts no feed de notícias do usuário para verificar como isso afetou o seu humor.
O estudo, conduzido por pesquisadores associados ao Facebook, pela Universidade de Cornell, e pela Universidade da Califórnia, foi publicado em junho na 17ª edição dos Anais da Academia Nacional de Ciência.
Os pesquisadores pretendiam verificar se o número de palavras positivas ou negativas nas mensagens lidas pelos usuários resultaria em atualizações positivas ou negativas de seus posts nas redes sociais.
Observou-se que os usuários que tiveram o feed manipulado utilizaram palavras positivas ou negativas dependendo do conteúdo ao qual foram expostos.
Os resultados do estudo foram propagados quando a revista online Slate and The Atlantic abordou o assunto no sábado.
"Estados emocionais podem ser transferidos para os outros por meio do contágio emocional, levando as pessoas a experimentarem as mesmas emoções de modo inconsciente", afirmam os autores da pesquisa.
"Estes resultados provam que as emoções expressas pelos outros no Facebook influenciam nossas próprias emoções, o que evidencia o contágio em larga escala via redes sociais."
Enquanto outros estudos usam metadados para estudar tendências, este parece ser o primeiro a manipular dados para verificar se há reação.
A pesquisa é considerada legal de acordo com as normas do Facebook, mas seria ética?
"#Facebook FEED DE USUÁRIOS MANIPULADOS PARA EXPERIMENTO PSICOLÓGICO EM MASSA... Sim, está na hora de encerrar a conta do FB!", lia-se em post do Twitter.
Outros tweets usavam expressões como "super perturbador", "assustador" e "mau", assim como manifestações irritadas, para descrever o estudo.
Susan Fiske, professora da Universidade de Princeton que editou o artigo para publicação, disse a The Atlantic que ela ficou preocupada com a pesquisa e entrou em contato com os autores.
Eles disseram que o conselho institucional aprovou o estudo, já que "o Facebook manipula a atualização do feed dos usuários o tempo todo".
Fiske admitiu ter ficado "um pouco assustada" com o estudo.
O Facebook disse a The Atlantic que "considera cuidadosamente" a pesquisa e que há "um processo de avaliação interna".
O Facebook, maior rede social do mundo, informa ter mais de um bilhão de usuários ativos.