sábado, 4 de abril de 2015

Bomba-relógio: aumento salarial do funcionalismo


amaliagoulart@hojeemdia.com.br  

04/04/2015
Quando avisou que o governo mineiro não iria cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) neste ano, o secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães, também mandou um recado ao funcionalismo. Não se pode esperar aumento salarial, que acompanhe ou ultrapasse a inflação neste ano.
Para se ter uma ideia, integrantes do governo, em uma conta superficial, dizem que, para não ultrapassar o limite da LRF, seria necessário demitir cerca de 20% dos comissionados no governo. Medida tida como impossível. “Inviabilizaria os serviços da administração”, afirma uma liderança.

Na Educação, professores prometem greve aos moldes da realizada no governo tucano, quando milhares de profissionais cruzaram os braços por mais de um mês. O Estado já sabe do perigo e negocia, em vão, com a categoria.

Mas não é apenas a Educação que está de orelha em pé. Nas polícias, o assunto já ganha corpo. Na Polícia Civil, por exemplo, líderes sindicais dizem que o governador Fernando Pimentel teria prometido reajustar os vencimentos em janeiro de 2016. Com isso, ganhou a simpatia dos policiais com pouco tempo de casa.

O Ministério Público também anseia por aumento nos contracheques. Projeto de lei com a medida tramita na Assembleia Legislativa mineira.
Porta-Voz

Caberá ao secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães (PT), dar a má notícia. E ela poderá interferir não apenas nas contas públicas, mas nas pretensões políticas do governador. Se, por um lado, alguns acreditam que Magalhães ganha musculatura eleitoral ao posicionar-se como “homem forte” do governo, outros já vislumbram um cenário sombrio. Nele, o secretário seria rejeitado por sindicalistas que não se contentam com explicações sobre a falta de dinheiro para bancar os reajustes. Com este prognóstico, a candidatura à sucessão do prefeito Marcio Lacerda (PSB) cairia no colo do secretário de Ciência e Tecnologia, Miguel Corrêa (PT). No entanto, como em política 1 + 1 pode não ser igual a 2, apenas o tempo dirá como se posicionarão os pré-candidatos petistas.
Tucanos
No ninho tucano, volta a crescer a tese de que, sem nomes de grande expressão política, a solução seria lançar o senador Antonio Anastasia (PSDB) à PBH. Isso, se o Supremo arquivar o inquérito contra ele, na operação “Lava Jato”. A ideia ganhou força após desentendimento entre caciques que apoiam o senador Aécio Neves (PSDB). Anastasia poderia abrir espaço, no Senado, para o suplente Alexandre Silveira (PSD). Aliados de Lacerda dão aval à iniciativa. Esperam que Aécio veja no atual prefeito uma alternativa para retomar o governo de Minas. Se ele optar por Anastasia, novamente, sobraria ao prefeito a vaga ao Senado, muito cobiçada na aliança tucana.
FONTE: http://www.hojeemdia.com.br/m-blogs/am%C3%A1lia-goulart-1.281228/bomba-rel%C3%B3gio-aumento-salarial-do-funcionalismo-1.309221

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