segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mudança na comunicação do governo estadual


Amália Goulart
Amália Goulart
amaliagoulart@hojeemdia.com.br


06/07/2015

Não apenas a operação Acrônimo tem tirado o sono do governador Fernando Pimentel (PT). Disputas internas, ciúmes e o chamado “fogo amigo” têm permeado as relações de integrantes do primeiro escalão do governo mineiro.

Na Comunicação Social, por exemplo, a notícia que ganha força nos corredores do Palácio Tiradentes é a provável ingerência de Marcos Gimenez na pasta. Hoje, ele está lotado na Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig).

A assunção de Gimenez teria por objetivo minimizar as disputas. De perfil político e ligado ao PT, ele poderia conter a sanha de alguns aliados. Por isso, a nomeação já é dada como certa. Gimenez renunciou ao posto de prefeito de Ritápolis para assumir a assessoria da Codemig. Antes da carreira política, auxiliou o deputado federal Reginaldo Lopes na presidência do PT mineiro. Gimenez já assumiu atribuições da comunicação, sem ter sido nomeado. Ainda não se sabe se será oficializado no cargo ou se manterá a influência extraoficial.

A crise na comunicação passa ainda pelo secretário geral da Governadoria Eduardo Serrano, que tem enfrentado críticas internas.

Há quem diga que existe ciúme na cúpula do governo quanto à atuação da primeira dama, Carolina Oliveira. Nos bastidores, ela foi responsável pela condução da comunicação na campanha eleitoral do marido, opinando sobre peças publicitárias e contratações. Mesma influência teria na administração de Pimentel.

Os rumores de insatisfação correm em meio à análise, para o lançamento no mercado, do edital da contratação de empresa de publicidade para as campanhas do governo.

Relacionamento

Além da comunicação, outra área sensível ao governo e que tornou-se motivo de críticas de aliados é aquela que cuida do relacionamento com o Legislativo. Tanto o secretário Odair Cunha quanto o líder do governo, Durval Ângelo, são bombardeados não só por alguns petistas, mas integrantes de outras legendas da base e do próprio governo.

Durval porque fala muito e exige mais ainda. Já a Odair não é atribuída perspicácia nas negociações afeitas à pasta dele.

Reforma

Apesar do “fogo amigo”, o governador descarta uma reforma do primeiro escalão. Algumas trocas serão feitas, mas serão pequenas. Pimentel não quer criar fato político negativo em um momento delicado para a imagem dele. Reforma mesmo só em fevereiro do próximo ano, quando o petista desligará os secretários que serão candidatos no pleito municipal. E vai aproveitar para alterar aqueles que são motivo de querela interna ou não renderam como o esperado.

Eleição

Engana-se quem acredita que o PT mineiro vai entregar de bandeja uma candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte ao PMDB.

Sem saída

Já o adversário, PSDB, estuda entregar ao prefeito Marcio Lacerda (PSB) a prerrogativa de escolher o candidato, desde que ele se filie à legenda tucana.

A condição tem nome: Josué Valadão. O PSDB não conta com nomes eleitoralmente viáveis para a disputa e não quer perdê-la. Por isso, vai se juntar ao PSB.

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