terça-feira, 10 de novembro de 2015

Governo ameaça caminhoneiros com multa de R$ 1.915

Ministro da Justiça determinou que Polícia Rodoviária aplique punição aos grevista; protestos da categoria contra Dilma bloquearam vias em 14 Estados na segunda

- Atualizado em
Caminhoneiros protestam na BR 040, nas proximidades da cidade de Valparaíso em Goiás - 09/11/2015
Caminhoneiros protestam na BR 040, nas proximidades da cidade de Valparaíso em Goiás - 09/11/2015 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O governo determinou nesta segunda-feira que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aplique multa de 1.915 reais aos caminhoneiros que bloquearem estradas. Protestos da categoria contra Dilma Rousseff afetaram rodovias e avenidas de catorze Estados nesta segunda. O movimento grevista, que pede a renúncia da presidente, foi organizado por motoristas autônomos desvinculados dos sindicatos e não tem previsão para acabar.
LEIA TAMBÉM:
Greve de caminhoneiros atinge 14 Estados
"Nós determinamos que sejam multados todos aqueles que fecharem estradas", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta segunda. A multa já é prevista na legislação brasileira, mas o governo cobrou com mais ênfase o seu cumprimento. Além de aplicar a punição, a Polícia Rodoviária Federal também foi orientada a liberar as vias bloqueadas.
"No caso de interdição de estradas, nós determinamos a PRF que atue através do efetivo necessário para desobstruí-las e garantir que aqueles caminhoneiros que queiram trabalhar tenham sua liberdade de ir e vir inteiramente assegurada", disse Cardozo.
O ministro classificou o movimento como "político" e afirmou que não há como negociar com os líderes, que pedem a saída de Dilma. "Não há uma pauta de reivindicações. Não temos a possibilidade de negociar em cima de questões que não são apresentadas. É uma pauta política. Lamentamos que seja assim", afirmou ele.
Apesar de Cardozo ter considerado o movimento grevista "pulverizado", por não ter adesão dos principais sindicatos da categoria, a paralisação causa preocupação no Palácio do Planalto por ressuscitar a onda de protestos num momento em que a presidente Dilma sofre ameaça de impeachment.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

Nenhum comentário: