sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Justiça quebra sigilo telefônico de sede nacional do PT

Justiça Federal

O advogado de Vaccari, Luis Flávio D'Urso, classificou as quebras de sigilo envolvendo outras pessoas e entidades que não são seu cliente como 'devassa'

Vaccari nega doações ilegais
Advogado de Vaccari classifica ação como 'devassa'
PUBLICADO EM 12/11/15 - 20h30
A Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo telefônico da sede do diretório nacional do PT, em São Paulo, e de mais seis números que supostamente foram usados pelo ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto, segundo o Ministério Público Federal.
Os dados, já fornecidos pelas operadoras de telefonia, também incluem interceptações telefônicas da linha do Sindicato dos Bancários, de uma funcionária da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), além da linha pessoal de Vaccari e de sua esposa e de sua casa.
Dois números ligados ao coordenador da Gráfica Atitude, Paulo Roberto Salvador, também tiveram o sigilo quebrado. Os dados telefônicos cedidos vão de julho de 2010 a julho de 2015.
As medidas solicitadas pelo Ministério Público Federal integram a ação que investiga se a Gráfica Atitude foi usada pelo ex-tesoureiro do PT para lavar dinheiro de propina recebida por contratos com a Petrobras. Ele nega as acusações.
O advogado de Vaccari, Luis Flávio D'Urso, classificou as quebras de sigilo envolvendo outras pessoas e entidades que não são seu cliente como "devassa" e entrou com uma petição para tentar reverter a medida.
"Solicitamos que o juiz afaste telefones de pessoas e de instituições, como o próprio PT, que são estranhas ao processo, não tem ligação. Por isso não há necessidade dessas quebras. Pedimos para que ele reverta essa situação", disse D'Urso.
Vaccari está preso desde 15 de abril em Curitiba (PR).

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