Andrea Haas acompanhou o mensaleiro durante todo o processo de julgamento, mas se recusa a vir morar no Brasil por temer o assédio da imprensa
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do mensalão. Fugiu para Itália em 2013 usando passaporte falso emitido em nome do irmão Celso, morto há pelo menos 30 anos em acidente de carro.
Em Modena, na Itália, Andrea prepara um pedido de revisão criminal do mensalão, que será apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A esposa do mensaleiro espera que o ex-diretor seja novamente julgado. "O fato é que estou mais forte e sei que ele também, o que não quer dizer que a Papuda (penitenciária em Brasília) não seja horrível. Ele não deveria estar lá", afirmou.
Depois de mais de dois anos, Pizzolato chega ao Brasil para cumprir pena
Inconformada com a extradição, a esposa elogia a população carcerária da Itália. Na prisão de Modena, onde Pizzolato ficou preso 18 meses até ser extraditado para o Brasil, ela se relacionou com familiares de outros detentos e conheceu voluntários que frequentam a penitenciária. "Vi solidariedade entre as pessoas lá dentro." Os presos do andar do pavilhão onde Pizzolato estava tentaram, como puderam, ajudar o brasileiro, e assinaram em massa um pedido feito por um senador italiano para que Pizzolato não fosse mandado ao Brasil.
O casal viveu em um apart-hotel discreto na periferia de Modena, com diária de 50 euros, de difícil acesso.
(Com Estadão Conteúdo)
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