Por Lucas Gandolfe, publicado no Instituto Liberal
Há aproximadamente 48 anos, Ernesto
“Che” Guevara recebeu uma grande dose de seu próprio remédio. Sem
qualquer julgamento, ele foi declarado um assassino, posto contra um
paredão e fuzilado. Historicamente falando, a justiça raramente foi tão
bem feita. O ditado “tudo o que vai, volta” expressa bem essa
situação.
“Execuções?”, gritou Che Guevara
enquanto discursava na glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de
dezembro de 1964. “É claro que executamos!”, declarou o ungido, gerando
aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. “E continuaremos
executando enquanto for necessário! Essa é uma guerra de morte contra
os inimigos da revolução!”
Ocorreram 14.000 execuções por
fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960. José Vilasuso, um
cubano que à época era promotor dos julgamentos comandados por Guevara,
fugiu horrorizado e enojado com o que presenciou. Ele estima que Che
promulgou mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em
que comandava a prisão de La Cabaña. Um padre basco chamado Iaki de
Aspiazu, que sempre estava à mão para ouvir confissões e fazer a extrema
unção, diz que Che pessoalmente ordenou 700 execuções por fuzilamento
durante esse período. O próprio Che admitiu ter ordenado “milhares” de
execuções durante o primeiro ano do regime de Fidel Castro.
Felix Rodriguez, o agente
cubano-americano da CIA que ajudou a caçar Che na Bolívia e que foi a
última pessoa a interrogá-lo, diz que Che, em sua última conversação,
admitiu “algumas milhares” de execuções. “Eu não preciso de provas para
executar um homem”, gritou Che para um funcionário do judiciário cubano
em 1959. “Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!
A mais popular versão da camiseta e do
pôster de Che, por exemplo, ostenta o slogan “Lute Contra a Opressão”
sob sua famosa face. Essa é a face de um homem que fundou um regime que
encarcerou mais de seu próprio povo do que Hitler e Stalin, e que
declarou que “o individualismo deve desaparecer!”.
Nenhuma pessoa em seu perfeito juízo
vestiria uma camiseta estampando o rosto de Che. E nenhuma pessoa
decente toleraria essa camisa em seus arredores.
Mas como um sujeito horrendo, vazio,
estúpido, sádico e epicamente idiota conseguiu um status tão icônico?
“Estou aqui nas montanhas de Cuba sedento por sangue”, escreveu Che para
a sua esposa abandonada em 1957. “Querido pai, hoje descobri que
realmente gosto de matar”, escreveu logo depois. O detalhe é que essa
matança de que ele gostava muito raramente era feita em combate, o que
ele gostava mesmo era de matar à queima-roupa homens e garotos amarrados
e vendados.
Dentre suas perturbadas fantasias, a
mais proeminente era a implementação de um reino continental
stalinista. Para atingir esse ideal, o jovem problemático almejava
“milhões de vítimas atômicas”. O perturbado jovem argentino também era
arredio e desprezava todos ao seu redor: “Não tenho casa, não tenho
mulher, não tenho pai, não tenho mãe, não tenho irmãos. Meus amigos só
são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu”.
Ernesto “Che” Guevara era o
vice-comandante, o carrasco-chefe e o principal contato da KGB em um
regime que proibiu eleições e aboliu a propriedade privada. A polícia
desse regime, supervisionada pela KGB e empregando a tática da “visita
da meia-noite” e do “ataque pela manhã”, capturou e enjaulou mais
prisioneiros políticos em proporção à população do que Stalin e executou
mais pessoas (em uma população de apenas 6,4 milhões) em seus primeiros
3 anos no poder do que Hitler (que comandava uma população de 70
milhões) em seus primeiros 6 anos.
O regime que Che Guevara ajudou a fundar
confiscou a poupança e a propriedade de 6,4 milhões de cidadãos e
tornou refugiada 20% da população de uma nação até então inundada de
imigrantes e cujos cidadãos haviam atingido um padrão de vida maior do
que o padrão daqueles que residiam em metade da Europa. O regime de Che
Guevara também destroçou — por meio de execuções, encarceramentos,
expropriação em massa e exílio — virtualmente cada família da ilha
cubana.
Com apenas uma semana no poder, Che já
havia abolido o habeas corpus. Além de afirmar que evidências judiciais
eram detalhes burgueses arcaicos, ele complementava garbosamente
dizendo que “executamos por convicção revolucionária!”.
Apesar de seus fãs dizerem pomposamente
que ele foi um médico formado, ninguém até hoje, após inúmeras
tentativas, conseguiu localizar qualquer histórico sobre seu diploma de
medicina. Logo após ser capturado na Bolívia, Che admitiu para o
comandante da operação, o Capitão Gary Prado, que ele não era médico,
mas tinha “algum conhecimento de medicina”.
Mais do que sua crueldade, megalomania e
estupidez épica, o que mais distinguia Ernesto “Che” Guevara de seus
companheiros era sua manhosa covardia. Suas tietes podem ficar zangadas
o quanto quiserem, bater a porta do quarto, cair na cama, espernear e
chorar abraçadinhas com o travesseiro, mas o fato é que Che se entregou
voluntariamente ao exército boliviano e a uma distância segura. Foi
capturado em ótimas condições físicas e com sua arma completamente
carregada.
Com seus homens fazendo exatamente o que
ele ordenou (lutando e morrendo até a última bala), um Che ligeiramente
ferido evadiu-se do tiroteio e se entregou com um pente cheio de balas
em sua pistola, enquanto choramingava manhosamente para seus
capturadores: “Não atirem! Sou Che! Valho mais para vocês vivo do que
morto!”.
O prazer que Che Guevara tinha em matar
cubanos só era possível porque esses cubanos estavam completamente
indefesos no momento. Amarrados e vendados, de preferência. E dessa
forma eles eram alinhados de frente para o pelotão de fuzilamento e
executados. Porém, quando o cenário se alterou e as armas de fogo
estavam em posse de outros, o argentino tremeu de medo.
Covarde, incompetente e assassino: esses
são alguns adjetivos adequados para definir o maior ídolo de nossas
esquerdas tupiniquins. Lamentável.
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