segunda-feira, 30 de novembro de 2015

“Pílula do câncer” Manifestação pede liberação rápida da ‘fosfo’


Ao menos cinco hospitais vão realizar os testes e até mil pessoas podem ser selecionadas para participar da pesquisa, que vai avaliar a eficácia da fórmula em sete tipos de câncer


CANCER
Fosfo: ao menos cinco hospitais vão realizar os testes com até mil pessoas
PUBLICADO EM 30/11/15 - 04h00- O Tempo
Sorocaba. Familiares e pacientes com câncer fizeram um ato neste domingo, em São Carlos, no interior de São Paulo, para cobrar rapidez na produção e na distribuição da fosfoetanolamina sintética, também conhecida como “pílula do câncer”. O grupo, com 60 pessoas, foi para a frente do Instituto de Química, no campus da Universidade de São Paulo (USP), com faixas e cartazes.
Um carro de som relatava depoimentos de pacientes que tomaram a substância. Os manifestantes se deitaram no asfalto, na avenida em frente ao instituto, para homenagear as pessoas que morreram com a doença. Entre os presentes, estavam pacientes que já obtiveram liminares da Justiça para obter a substância, mas ainda não receberam as cápsulas. Um protesto semelhante foi realizado em Rio Claro, cidade vizinha.
Regime de urgência. Nesta semana, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregou um documento ao ministro da Saúde, Marcelo Castro, solicitando uma autorização especial para que pacientes com câncer possam usar a fosfoetanolamina sintética, substância que ainda não foi testada em humanos e que teria suposta capacidade de curar a doença.
Antes, o governador já havia anunciado que faria a solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que ofereceria hospitais e laboratórios da rede estadual para que a pesquisa clínica da substância fosse realizada.
Ao menos cinco hospitais vão realizar os testes e até mil pessoas podem ser selecionadas para participar da pesquisa, que vai avaliar a eficácia da fórmula em sete tipos de câncer.
A solicitação toma como base a resolução nº 38/2013 da Anvisa, que permite que pacientes com doenças debilitantes e graves tenham acesso a medicamentos que ainda não estão disponíveis, desde que os tratamentos à disposição sejam insuficientes para tratá-los.
A produção será feita pelo laboratório Fundação para o Remédio Popular (Furp). “A discussão para estabelecer o protocolo dos estudos terá início na próxima semana (esta). Finalizada essa etapa e com aprovação da Anvisa, o Estado começa os testes clínicos”, informou a gestão estadual.
Entenda
Fosfoetanolamina. A substância conhecida como “pílula do câncer” tornou-se polêmica por ainda não ter sido submetida a testes clínicos e não ter autorização da Anvisa para ser distribuída.

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