terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Chapa alternativa para comissão do impeachment tem 35 nomes, diz líder

08/12/2015 11h18 - Atualizado em 08/12/2015 12h16

Para poder participar da eleição, chapa da oposição precisa de 33 nomes.
Eleição dos integrantes da comissão está prevista para ocorrer nesta tarde.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), afirmou nesta terça-feira (8) que já tem 35 candidatos a chapa ‘pro-impeachment’ que a oposição pretende lançar para concorrer a vagas na comissão especial que analisará o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Para poder participar da eleição do colegiado, que terá 65 vagas, uma chapa precisa contar com 33 indicações.
A eleição está marcada para ocorrer após as 14h desta terça-feira (8), em sessão do plenário da Câmara. Antes disso, a oposição vai se reunir no gabinete da liderança do PPS para fechar as indicações. Até o momento, conforme Mendonça Filho, a chapa alternativa conta com a participação de parlamentares do DEM, PP, PPS, PMDB, PSDB, Solidariedade, PSC, PTB, PHS, PMB e PSD. De acordo com o líder do DEM, o número de adesões pode subir para 39 se o PSB aceitar participar, o que ainda está em negociação.
O objetivo da chapa alternativa é compor um grupo com deputados do PMDB que são críticos ao governo Dilma, já que o líder da bancada na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), pretende apresentar apenas nomes mais em sintonia com o Palácio do Planalto.
Na hora da eleição para a comissão especial, os deputados terão que escolher entre a chapa oficial e a alternativa. Os partidos que não tiverem indicações na chapa vencedora serão instados a apresentar as indicações para completar as vagas. Em seguida, esses nomes serão votados.
Uma sessão da Câmara havia sido marcada para a noite desta segunda para eleger a comissão que irá analisar o processo. Inicialmente, os líderes partidários haviam entrado em acordo para não permitir candidaturas avulsas. No entanto, deputados da oposição e de uma ala do PMDB reivindicaram a possibilidade de lançar chapa avulsa.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou e decidiu postergar para esta terça o prazo de indicação de nomes e eleição para a comissão especial. A decisão foi criticada pelos líderes do PMDB, do governo e do PT.
"É inaceitável. Essa comissão já começa inviabilizada. Está se permitindo uma briga interna das bancadas com indicação de membros para outra chapa", criticou Sibá. "É uma confusão! É a segunda mexida. O prazo para indicação era hoje às 14h. O presidente passou para 18h. Agora remarca para amanhã e permite que dentro de uma mesma bancada haja indicações para outra chapa. É inaceitável", disse o líder do PT, Sibá Machado (AC).

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