Cidadão associa Dilma a corrupção

Pesquisa

Datafolha mostra que população acredita que administração petista é a que registrou mais casos

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PUBLICADO EM 22/12/15 - 04h00 - O Tempo

São Paulo. Pesquisa Datafolha realizada na semana passada mostra como cresceu a associação entre PT e corrupção na percepção do eleitorado. Em um ano, a presidente Dilma Rousseff superou o ex-presidente Fernando Collor de Mello e agora aparece, para 37% dos brasileiros, como a titular do governo em que mais houve casos de corrupção no Brasil. O atual senador pelo PTB de Alagoas é citado por 20%.

No fim de 2014, as posições eram invertidas: 29% achavam que o governo com mais corrupção era o de Collor ante 20% que mencionavam o de Dilma. Outros resultados apurados pelo Datafolha confirmam o aumento da associação entre PT e corrupção.

Para 59% da população, “a maioria” dos membros do PT tem envolvimento com o tema. E para 30%, “muitos” dos membros do partido estão envolvidos. Em 2002 e 2004, só 19% respondiam “a maioria” diante desta questão; em 2005, na última pesquisa desse tipo feito pelo Datafolha, a taxa chegou a 27%.

Em proporção menor, a percepção de que membros do PSDB e do PMDB estão envolvidos com corrupção também aumentou.

No caso dos tucanos, a ideia de que “a maioria” de seus integrantes está envolvida passou de 23% para 38% desde 2002. No caso do PMDB, de 24% para 44%.

Apesar do desgaste do PT, Dilma também é vista como a titular do governo em que a corrupção mais foi investigada. Conforme a pesquisa, 60% dos brasileiros pensam assim (eram 46% no fim de 2014). Bem atrás dela estão, na sequência, estão Collor (13%), Lula (10%) e FHC (3%).

O governo Dilma é visto como a gestão na qual os corruptos mais foram punidos. Eram 40% os que enxergavam assim no ano passado, passou para 48% agora. Collor foi citado por 15%; Lula por 7%, FHC por 4%.

Detalhes

Levantamento. O Datafolha ouviu 2.810 pessoas em 127 municípios brasileiros nos dias 16 e 17 de dezembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.

FOTO: Editoria de arte