Vantagens
Bônus e taxa zero são algumas das vantagens que as lojas estão oferecendo para atrair clientes
Estratégia.
Montadoras oferecem bônus e condições de financiamento para tentar salvar as vendas
PUBLICADO EM 10/12/15 - 04h00
Com uma retração de 32,3% nos segmentos de automóveis comerciais e
leves, e de 21,2% em todos os segmentos, segundo a Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as montadoras estão
oferecendo bônus e condições de financiamento para tentar salvar as
vendas de fim de ano. “O brasileiro tem uma cultura de trocar de carro
no fim do ano, aproveitar o 13º, então precisamos aproveitar o momento”,
opina a gerente de vendas da concessionária Renault Valence, Fabiana
Santos. “É o melhor momento que a gente tem para salvar um ano que foi
muito difícil”, completa o vendedor da Recreio, concessionária da
Volkswagen, Bruno Ramos.
Entre as condições especiais de vendas estão os bônus, que chegam a R$
6.000 para certos modelos, além de financiamento sem taxa diante de uma
entrada a partir de 50% do valor do carro. “Para quem tem dinheiro, o
momento é positivo porque as montadoras estão com um estoque alto de
2015 e, por isso, oferecem descontos no preço final”, afirma o
proprietário da Personal Drive Service, André Dutra Cavalcanti.
É o caso do agente penitenciário Jefferson André, 39, que pretende
trocar o seu veículo de passeio por um utilitário. “Tenho dinheiro na
mão e estou esperando para receber a melhor proposta, pois vender todos
querem. Tenho que valorizar minha condição para garantir o menor preço”,
diz.
Na comparação com outubro, o mês de novembro apresentou uma melhora nas
vendas. Segundo o estudo da Fenabrave, o total de emplacamentos
registrados no mês de novembro foi 6,38% maior que o de outubro. Nos
segmentos de automóveis e comerciais leves, a alta foi de 2,2% na mesma
comparação. “O tempo de estoque caiu neste mês para 50 dias. Nos meses
anteriores, estava em 90 dias”, conta a gerente Fabiana.
A dificuldade de crédito tem atrapalhado o mercado de seminovo na
avaliação de André Cavalcanti. “Como os bancos estão financiando no
máximo 50% do valor do (carro) seminovo, fica mais vantajoso comprar um
carro zero, com entrada menor”, avalia o empresário.
Expectativa é de retomada no fim de 2016
Brasília. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, reafirmou nesta quarta que a expectativa do setor automotivo é manter as vendas estáveis até o terceiro trimestre de 2016 e “quem sabe registrar uma pequena retomada” no final do ano que vem.
Moan participou da solenidade de lançamento de um acordo de livre comércio no setor automotivo entre Brasil e Uruguai.
Momento é o de negociar bastanteBrasília. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, reafirmou nesta quarta que a expectativa do setor automotivo é manter as vendas estáveis até o terceiro trimestre de 2016 e “quem sabe registrar uma pequena retomada” no final do ano que vem.
Moan participou da solenidade de lançamento de um acordo de livre comércio no setor automotivo entre Brasil e Uruguai.
Negociar bastante antes de comprar um veículo é a dica do proprietário da Personal Drive Service, André Dutra Cavalcanti. Segundo ele, tem até a data certa para fechar o negócio. “O melhor momento para negociar é depois do dia 25, perto do último dia útil do mês, porque eles querem fechar venda e bater meta”, ensina.
Para o representante comercial Leonardo de Barros Martins,42, que pretende trocar de carro nesse fim de ano, a pesquisa ainda não rendeu como gostaria. “Estou pesquisando e espero que tenha espaço para negociar. Até o momento não encontrei abertura como imaginava”, pondera.
Para o agente penitenciário Jefferson André, 39, a melhor condição para negociar é pagando à vista. “É melhor economizar antes e comprar o veículo à vista. Porque com os juros o custo da troca fica muito mais alto”, diz. A avaliação do usado também é fundamental para Jefferson. “Uma boa negociação no meu carro pode definir minha escolha”, afirma.
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