O coronel
Ricardo Pacheco, ex-chefe do Estado-Maior Administrativo da PM do (Rio
de Janeiro), preso acusado de chefiar uma quadrilha que desviou mais de
R$ 16 milhões do Fundo Único de Saúde da PM (Fuspom), foi recebido no
Batalhão Especial Prisional (BEP), na noite desta sexta-feira, aos
gritos de “ladrão”.
Áudio a que
o EXTRA teve acesso, mostra a reação de PMs presos no batalhão,
revoltados com a notícia do desvio de verbas que deveriam ter sido
aplicadas no atendimento a policiais feridos em ação: “Pacheco, ladrão,
cadê o meu Fuspom”. O áudio completo, de 6 segundo de duração, evidencia
bem o clima de indignação. Em outro trecho, os PMs fazem menção ao fato
de os envolvidos serem da cúpula da corporação: “Na hora de roubar
nosso dinheiro não pensaram. Se fosse praça, já estavam (sic)
excluídos”.
Cúpula investigada
A
investigação do caso foi feita, em conjunto, pela Subsecretaria de
Inteligência da Secretaria de Segurança (Ssinte) e pelo Grupo de Atuação
Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público. Após
mais de um ano de trabalho, as equipes descobriram o envolvimento de
três coronéis que faziam parte da cúpula da Plícia Militar até o final
de 2014: Ricardo Pacheco; o ex-gestor do Fundo de Saúde da PM, Décio
Almeida (ambos já presos); e o ex-diretor de Finanças, Kleber Martins.
Todos responderão pelos crimes de organização criminosa e dispensa de
licitação, na Justiça comum, e, aqueles compõem os quadros da PM, de
peculato e corrupção passiva, na Justiça Militar.
Além deles,
outros nove oficiais da corporação, onze empresários, uma
ex-funcionária civil da PM e um funcionário da Secretaria estadual de
Governo também tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça.
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