sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Desafio é vencer e continuar governo após ruptura de vice

Orion Teixeira
Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br
  

11/12/2015

A trégua imposta pelo Supremo Tribunal Federal, que vai julgar a legalidade do rito do impeachment na Câmara, permitiu reaproximação protocolar entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e seu vice, Michel Temer (PMDB), após a divulgação da carta desabafo do segundo. Pelo menos, até o dia 16, se o STF chegar a um veredicto, estabelecendo as regras ou devolvendo a competência ao Legislativo. Temer disse após o encontro de 50 minutos com Dilma, na noite de quarta (9), que nada fará publicamente para prejudicá-la nem para favorecê-la. Não deixou claro o que poderá fazer, ou não fazer, nos bastidores, onde não para de se movimentar.

Dilma também fez compromisso semelhante, mas sua situação é mais grave. Está no CTI e, para sair dele com vida, precisa do PMDB de Temer e dos votos necessários (172), já que esse placar não blinda o paciente para outras enfermidades oportunistas.

Mais difícil do que isso (barrar o impeachment), é recomeçar o governo, buscar a governabilidade e debelar a crise econômica após o processo, com a ruptura de seu vice, registrada em carta selada e extraviada para a opinião pública.

Quintão conta seus dias

Há uma forte articulação do PMDB pró-Dilma para destituir o mineiro Leonardo Quintão da liderança do PMDB e devolvê-la ao aliado Leonardo Picciani (RJ). A operação será feita por meio de troca de secretários de estados pelos suplentes rebeldes.

Nenhum comentário: