segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Dilma defende que Congresso cancele recesso para julgar impeachment

Governo

Assim como a presidente, líderes da base aliada querem acelerar o desfecho do processo de impeachment, mas também defendem uma pausa nos trabalhos para as festas de fim de ano

Dilma Rousseff
Dilma Rousseff afirmou que é importante que o país tenha uma sensação de unidade, mas tudo dentro da legalidade
PUBLICADO EM 07/12/15 - 13h54


A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (7) que o recesso do Congresso seja suspenso para julgar o pedido de impeachment e outros "assuntos" pendentes, como medidas do ajuste fiscal.
"Numa situação de crise política e econômica como essa que vivemos, acho que seria importante que o Congresso fosse convocado. Não é correto que o país fique em compasso de espera", afirmou.
A presidente também defendeu que os congressistas folguem entre o Natal e o Ano Novo.
BASE ALIADA
Assim como a presidente, líderes da base aliada querem acelerar o desfecho do processo de impeachment, mas também defendem uma pausa nos trabalhos para as festas de fim de ano. A estratégia do governo para acelerar o debate foi discutida nesta segunda em reunião entre líderes e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), no Palácio do Planalto.
Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), "a opinião da maioria dos líderes" é de interromper momentaneamente os trabalhos, durante as festas de fim de ano, e retomar as votações no início de janeiro. Ele ponderou, no entanto, que esta decisão cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"O melhor para o país é trabalharmos agora em janeiro para resolver todas as pendências", disse citando como exemplo projetos sobre o terrorismo e medidas provisórias que trancam a pauta.
O líder do PSD na Casa, Rogério Rosso (DF), disse haver um consenso sobre essa "proposta intermediária". Ele argumentou ainda que o perfil dos 65 integrantes da comissão que vai analisar o tema deverá ser "mais técnico" e "mais moderado". "Os membros da comissão precisam ser tecnicamente preparados para o embate jurídico",argumentou após encontro com o ministro.
"O país não suporta ficar nessa instabilidade, temos que resolver para um lado ou para o outro", reforçou Guimarães. O petista afirma que há um "ambiente político" no país para a "desconstrução da tese" de impedimento de Dilma.
Guimarães afirma que os componentes da comissão deverão ter "espírito público" para decidir sobre o tema, independente da "polarização se é governista ou não". Os partidos terão até as 18h desta segunda para fazer a entrega da lista dos integrantes do grupo.
Atualizada ás 13h59

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