CNI
O empresário lembrou que o ex-presidente norte-americano Bill Clinton enfrentou um processo de impeachment, superou-o e terminou seu mandato com a economia crescendo
Para
ele, o empresariado e os trabalhadores não podem ficar aguardando o
vencedor da guerra política para melhorar a economia brasileira
PUBLICADO EM 03/12/15 - 13h24
Fazendo a ressalva de que sua entidade não tem posição oficial sobre o
impeachment, o presidente da CNI, Robson Andrade, disse à Folha nesta
quintafeira (3) que o processo "é uma oportunidade para a presidente
Dilma sair fortalecida dele ou então o país terá de encontrar outro
caminho, com outro governante"."Ou a presidente Dilma vai ficar com mais força depois disto tudo, o que é essencial e importante para ela e para o país, ou de fato teremos um outro desfecho", acrescentou o empresário.
Robson Andrade afirmou ainda que, apesar de um processo de impeachment ser sempre algo traumático, ele, neste momento de paralisia da economia, "pode ser a solução para sairmos da crise política, primeiro passo para destravarmos o processo de paralisia do mundo real econômico".
O empresário lembrou que o ex-presidente norte-americano Bill Clinton enfrentou um processo de impeachment, superou-o e terminou seu mandato com a economia crescendo. "O mesmo pode acontecer aqui. O que não podemos continuar é com este processo de paralisia econômica."
O presidente da CNI afirmou ainda que este momento é, também, a oportunidade para a classe política "parar de pensar apenas nela e começar a refletir sobre como tirar o país desta crise".
Na noite de quartafeira (2), logo depois do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma, empresários avaliaram o momento político e acertaram que é preciso articular com líderes do Congresso medidas para evitar um clima de paralisia geral no Brasil.
Segundo a Folha apurou, empresários pretendem conversar com líderes políticos dos principais partidos para tentar isolar a pauta econômica da política. Caso contrário, avaliam, o país entrará num processo de agravamento do cenário econômico sem precedentes.
Um deles disse à Folha que não podemos apostar na avaliação de alguns líderes políticos de que o país encontrará uma saída para sua crise após o desfecho do processo de impeachment.
Segundo o empresário, isto pode valer para a crise política, mas não para a economia. Para ele, o empresariado e os trabalhadores não podem ficar aguardando o vencedor da guerra política para melhorar a economia brasileira. O custo, diz o empresário, será altíssimo para o mundo real do país.
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