sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Em meio a invasões de escolas, promovidas por PT e outros, cai popularidade de Alckmin

A sem-vergonhice da extrema esquerda encontra eco na sem-vergonhice de parte da imprensa que se nega a noticiar quem promove as ditas ocupações

Por: Reinaldo Azevedo
 
Ainda voltarei ao assunto, depois de dormir umas horinhas — poucas, como sempre. A Folha publica hoje uma pesquisa Datafolha com a avaliação do governo Alckmin. Seu índice de ótimo/bom de fevereiro para novembro caiu de 38% para 28%; o de ruim/péssimo subiu de 24% para 30%, e o regular cresceu de 36% para 40%. A margem de erro de três pontos para mais ou para menos.
O levantamento é feito em meio à onda de ocupação das escolas, que caiu nas graças da imprensa, especialmente das TVs, que fazem questão de ignorar a escancarada manipulação política do tema. Quem organiza a farra é a extrema esquerda. Os estudantes mesmo, e seus respectivos pais, querem as escolas desocupadas. Em meio à pauleira do noticiário, os números não poderiam ser muito diferentes, parece-me.
A farsa criada pelas esquerdas está criada, e seus termos vazam para a imprensa e para os institutos de pesquisa. O próprio Datafolha pergunta se os entrevistados são a favor ou contra “o fechamento de escolas”. Ora, adivinhem qual é o resultado…
É claro que a esmagadora maioria se diz contra: 61% a 29%. Ocorre que não há fechamento nenhum, mas remanejamento. Os prédios continuarão a servir à educação. O “fechamento” é só uma das mentiras criadas. E que se note: os 29% que se dizem a favor ou não entenderam a pergunta (a maioria) ou sabem do que se trata (a minoria).
Qual seria a resposta se o Datafolha perguntasse: “Você é a favor ou contra a que se use melhor a verba da educação?”.
Ouvidos sobre a ocupação das escolas, 55% se dizem a favor, e 45%, contra. Ocorre que, não custa lembrar, são ocupações “contra o fechamento das escolas” — um fechamento que não há. O Datafolha perguntou também o que os paulistas acham da atuação do governador na crise hídrica: 38% dizem ser ruim/péssima; 40%, regular, e 20%, boa. É certo que muitos desses 38% são contra crise hídrica. Quem não é?
Finalmente, o Datafolha pergunta se o governo só fornece os dados que lhe interessa ou todos. Adivinhem: 83% a 14%. A minha sugestão: façam a mesma pergunta sobre qualquer político para saber o resultado.
Inventando causas
A ocupação de escolas, em nome de uma causa inexistente, que inspira textos bucéfalos de solidariedade inclusive na grande imprensa, é só mais uma das farsas criadas pelo petismo e outros setores da esquerda. Eles são bons nisso. E sempre contam com desocupados e militantes — ou desocupados militantes — para bloquear avenidas.
Há coisa de três semanas, quando o PT mandou bater em Eduardo Cunha nas ruas, as franjas do petismo inventaram que o PL 5.069, de autoria do deputado, cria barreiras ao aborto legal no Brasil. É mentira! É uma farsa grotesca. Mas lá foram as feministas pra rua, algumas com os peitos nus. Nada contra! Mas por que não tirar a roupa em nome de uma verdade?
Se bem se lembram, assistimos a manifestações iradas — lembram-se? — contra um suposto “projeto da cura gay”. Qual? Eu desafio a militância a me mostrar o texto que propunha tal coisa. Nunca existiu. Era uma farsa ao gosto e padrão Jean Wyllys.
Agora, PT, Movimento Passe Livre, MTST e outros movimentos políticos de extrema esquerda inventaram o tal “fechamento das escolas” — que igualmente não existe.
Não acho, e já escrevi aqui, que essa questão foi bem conduzida. Tanto é assim que Alckmin mudou o comando das negociações. Mas a exploração vagabunda e poliqueira é inaceitável.
Ainda voltarei ao tema dando alguns nomes. Vocês verão o perfil dos ditos “estudantes” que comandam a pantomima.

Nenhum comentário: