Começo do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é visto como um passo em direção à solução do impasse econômico do país
Segundo o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, o mercado quer um desfecho rápido da situação para começar a fazer projetos concretos. "A leitura que eu tenho do mercado como um todo subindo (a Bolsa ganhou mais de 3%) é que todo mundo está esperando que se vire essa página", diz o empresário, dono da terceira maior varejista de moda do país.
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Butori, afirma que a definição do processo de impeachment já é, por si só, um bom resultado. Segundo ele, "agora o processo está andando e é possível ver uma luz no fim do túnel, pois há um prazo para se definir se a presidente fica ou sai". Desde 2014, o setor de autopeças demitiu 55 mil trabalhadores, 25% de sua mão de obra há dois anos.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, diz que a entidade não é nem favorável nem contra o impeachment da presidente Dilma. "Acreditamos que as instituições brasileiras estão funcionando e não há nada fora do arcabouço institucional."
Já o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Claudio Bernardes, considera que os investimentos só voltarão a crescer quando a questão do impeachment estiver resolvida. Para ele, é importante que os desdobramentos políticos ocorram o mais rápido possível, de modo a iniciar os ajustes necessários para as contas nacionais, o que poderá destravar os investimentos.
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O mesmo clima de apreensão também é vivido pela indústria petrolífera. Antônio Guimarães, secretário-executivo do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), teme que a interlocução com o governo caia num vácuo em meio à discussão política sobre o impeachment.
(Com Estadão Conteúdo)
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