terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Moody's vê "tempestade perfeita" e deve rebaixar nota do Brasil


Ao reduzir nota de crédito em um patamar, agência deve tirar do país o selo de bom pagador, como já fizeram Fitch e Standard & Poor's

- Atualizado em
Logotipo da agência Moody's no escritório de Nova York
Logotipo da agência Moody's no escritório de Nova York(Scott Eells/Bloomberg/Getty Images)
A agência de classificação de risco Moody's provavelmente seguirá a Standard & Poor's e a Fitch e cortará a classificação da dívida do país para grau especulativo, disse em entrevista à agência Reuters o analista-chefe para títulos soberanos da agência, Alastair Wilson.
"É brusca a velocidade com que as projeções de crescimento para o Brasil pioraram (...) e também os problemas políticos que não foram resolvidos. Há quase uma tempestade perfeita", disse Wilson.
"Neste caso, estamos avaliando um rebaixamento de um degrau, e não de vários. A questão é, se rebaixarmos, qual será a nova perspectiva, porque ela precisaria refletir se acreditamos que a posição é estável ou se pode piorar", acrescentou.
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No início de dezembro, a Moody's advertiu que está considerando retirar em breve o selo de bom pagador do Brasil, argumentando que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff aumentou as incertezas políticas, entre outros fatores.
A agência reforçou a mensagem na sexta-feira, após a nomeação de Nelson Barbosa para substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. Segundo a Moody's, a troca pode complicar os esforços de consolidação econômica no país.
A Moody's atualmente classifica o país como "Baa3", último degrau dentro do grau de investimento. Tanto a Fitch quanto a Standard & Poor's rebaixaram recentemente o país para "BB+" com perspectiva negativa, já no grau especulativo.
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(Com Reuters)

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