Preso há uma semana, senador e ex-líder do governo está ciente de que dificilmente vai conseguir manter seu mandato depois que for instaurado processo de quebra de decoro parlamentar
As regras sobre os procedimentos de visitas ao parlamentar foram estabelecidas nesta quarta-feira, um dia depois do encontro com os aliados. De acordo com portaria da Polícia Federal, o senador está autorizado a receber pessoas nos horários de 10h às 11h ou de 15h às 16h. Na prática, essa autorização já vinha sendo adotada desde que Delcídio foi preso na semana passada, sob a acusação de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Devido à falta de definição por parte do Supremo Tribunal Federal, contudo, a Polícia Federal resolveu emitir um documento oficial sobre o assunto.
"Ele está bem ciente das dificuldades que vai enfrentar. Mas, para ele, a filiação partidária e o mandato são coisas menores. O foco dele é explicar a armação que foi feita", afirmou Biffi. Além dele, também estiveram presentes no encontro, que durou cerca de uma hora, os deputados federais Vander Loubet (PT-MS), Zeca do PT (PT-MS) e Dagoberto (PDT-MS), além do prefeito de Jardim, Erney Cunha (PT).
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Ligado ao ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Alberto foi um dos que votaram pela liberação de Delcídio em sessão realizada no plenário do Senado na quinta-feira passada. "Eu não votei pela permanência dele na prisão. Não achei que era flagrante. E também achava que ele deveria ter tido o contraditório. Não significa que eu não possa mudar minha opinião no andar do processo", ressaltou.
No encontro com lideranças políticas do Mato Grosso do Sul, Delcídio também minimizou a possibilidade de ser expulso do PT, medida defendida publicamente pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão. "Acho que o Rui errou, como errou o Supremo, como errou o Senado. Para mim tanto faz como tanto fez, se ele vai me expulsar ou não", destacou o senador, segundo Biffi.
(Com Estadão Conteúdo)
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