terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O Brasil na ordem do dia


Editorial
Jornal Hoje em Dia
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08/12/2015

Dos 27 governadores do país, ao menos 15 seriam hoje contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff – apenas um já se manifestou favorável ao afastamento, o do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB). Na semana passada, informe oficial da Presidência da República já garantia que praticamente todos do Nordeste já teriam fechado com Dilma.

Pela pesquisa palaciana, nada menos do que oito dos nove chefes do Executivo da região já tinham assinado uma carta em repúdio à abertura do processo. Mas é bom lembrar que o Nordeste foi a maior base de Dilma, tanto nas eleições de 2010 quanto em 2014.
Está na agenda e a expectativa é a de que, nesta semana, a presidente dará início a uma série de encontros justamente para tentar fechar, pelo menos na esfera governamental, o apoio à sua permanência no Planalto.
Uma aposta boa, principalmente em um final de ano que antecede outro que vem com eleições municipais, para medir o real poder de fogo de nossos governadores. Afinal, não serão eles (governadores), mas o Congresso é quem decidirá o futuro da presidente.
Um ponto em comum entre os apoiadores de Dilma e os que preferem se resguardar, pelo menos nesse momento, é a crítica ao ambiente político e seus efeitos sobre a recuperação da economia. Não há motivo plausível para se escamotear isso. Mas também não se pode ficar em cima do muro.
A Dilma não é, com certeza, a única culpada por tudo isso. E os governadores, afora prefeitos, vereadores, deputados e senadores, têm boa cota de contribuição para tudo de ruim que acontece no país.
Se de fato a maioria dos governantes aposta em Dilma e deseja que ela continue no comando do país, é de se esperar que arregace as mangas e defenda seu ponto de vista, seja a favor ou contra.
O Brasil, que é um país que tem, perante os olhos do mundo, um futuro promissor, seja por sua beleza natural, seus recursos naturais, seu povo hospitaleiro... não pode ficar à mercê de arbítrios.
Não se trata de uma defesa a favor ou contra a permanência de Dilma. Mas de se tentar dar um basta nas incertezas que têm deixado o país sem qualquer perspectiva, colocando cada vez mais gente num ralo de lama, sem ideia sequer de que rumo se tomar.

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