sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Todos os homens de Dilma

Tivesse Fachin facilitado as coisas para Dilma, estou certo de que Janot teria engavetado o calhamaço contra Cunha. A arruaça já chegou à PGR.

Por: Reinaldo Azevedo

Convém que a gente não tente fingir que a quarta (16) e a quinta-feira (17) foram dias convencionais. No STF, Edson Fachin, o relator das ações do PCdoB contra o rito do impeachment, contrariava as expectativas do governo e da Procuradoria-Geral da República, num esforço, pareceu-me, para preservar o tribunal da arruaça que toma conta do Executivo, do Legislativo e de outros entes. Infelizmente, arruaceiros chegaram à corte suprema.
Nas ruas, as esquerdas gritavam em favor dos crimes de Dilma e do PT e contra os de Eduardo Cunha. São quem são. Nem bem o relator terminava a leitura do seu voto no STF, Rodrigo Janot dava à luz uma ação cautelar de 190 páginas –redigida, pois, havia muito– pedindo o afastamento de Cunha da Presidência da Câmara. Tivesse Fachin facilitado as coisas para Dilma, estou certo de que Janot teria engavetado o calhamaço. A arruaça já chegou à PGR.
Na terça (15), a Operação Lava Jato já tinha dado outro presente de aniversário a Dilma: a fase dita “Catilinárias”, destinada a pegar o PMDB. Pergunta silenciosa: “Vocês ainda querem o impeachment?”. Enquanto Fachin lia seu voto, o mercado punha preço no rebaixamento da nota do Brasil, desta feita pela Fitch. Pergunta ruidosa: vocês ainda querem Dilma?
(…)
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