segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Judiciário diz que corte em orçamento inviabilizará voto eletrônico em 2016

Informação foi publicada na edição desta segunda do 'Diário Oficial da União'.
Contingenciamento impedirá o uso de R$ 1,7 bi do orçamento do Judiciário.

30/11/2015 16h44 - Atualizado em 30/11/2015 16h50

Mariana OliveiraDa TV Globo, em Brasília
Uma portaria publicada no "Diário Oficial da União" desta segunda-feira (30) e assinada pelos presidentes dos tribunais superiores informa que o corte no orçamento do Judiciário vai inviabilizar as eleições de 2016 por meio eletrônico.
Ao todo, o contingenciamento impedirá a utilização de R$ 1,7 bilhão do orçamento do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Justiça Federal, Justiça Militar da União, Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho, Justiça do Distrito Federal e Territórios e Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A portaria é assinada por Ricardo Lewandowski, presidente do STF e do CNJ; Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Laurita Vaz, vice-presidente do STJ e presidente em exercício do conselho da Justiça Federal; Antonio Levenhagen, presidente do TST; William Barros, presidente do Superior Tribunal Militar; e Getúlio Oliveira, presidente do TJDFT.
A portaria desta segunda não explica os motivos que inviabilizarão o uso das urnas eletrônicas no ano que vem. Uma nota deve ser divulgada ainda nesta segunda pelo TSE para explicar a publicação.
"O contingenciamento imposto à Justiça Eleitoral inviabilizará as eleições de 2016 por meio eletrônico", diz o texto publicado.
Veja abaixo quanto cada tribunal ficará impedido de utilizar no orçamento com o contingenciamento:
-Supremo Tribunal Federal: R$ 53.220.494,00
- Superior Tribunal de Justiça: R$ 73.286.271,00
- Justiça Federal: R$ 555.064.139,00
- Justiça Militar da União: R$ 14.873.546,00
- Justiça Eleitoral: R$ 428.739.416,00
- Justiça do Trabalho: R$ 423.393.109,00
- Justiça do DF e Territórios: R$ 63.020.117,00
- Conselho Nacional de Justiça: R$ 131.165.703,00

Grupos pró e contra PT entram em confronto no Acre durante visita de Lula

30/11/2015 14:57 - Atualizado em 30/11/2015 14:57

Itaan Arruda, especial para AE




A viagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Acre nesta segunda-feira, 30, teve confronto entre militantes do PT e grupos antipetistas. O ex-presidente participou da inauguração de um frigorífico na cidade de Brasileia, no interior do Estado, enquanto nas proximidades os dois grupos entraram em confronto.

Com pouco mais de 50 pessoas, os opositores se concentraram próximos ao empreendimento segurando os bonecos "Pixulecos" feitos de PVC. Os militantes petistas, ao perceber a aglomeração, foram para o confronto, tentando dispersar o grupo, que permaneceu no lugar. A Polícia Militar interveio, junto com homens da Força Nacional e Exército.

O deputado federal Wherles Rocha (PSDB-AC) chegou a ser agredido na confusão. "Eu só exerci o meu direito de protestar", afirmou o parlamentar. "Disso eu não abro mão, nunca".

A rotina do funcionalismo público na cidade foi alterada em função da agenda de Lula. Já às 5h30min da manhã, em várias secretarias de Estado havia ônibus fretados para sair da capital em direção ao local da inauguração do frigorífico levando os servidores e ocupantes de cargos comissionados.

De acordo com a Agência de Negócios do Acre, a parte estatal da parceria público privada comunitária, no valor de R$ 85,1 milhões, já foi investida no frigorífico Dom Porquito desde que foi criado, em 2012. A previsão é de que outros R$ 43 milhões sejam aplicados até 2018. O empreendimento aposta na comercialização regional do mercado andino.

 

Economia da Índia cresce mais rápido do que a da China


Alexei Druzhinin/Efe
SHP03. Brisbane (Australia), 15/11/2014.- Russian President Vladimir Putin (L), Indian Prime Minister Narendra Modi (2L), Brazil's President Dilma Rousseff (C), Chinese President Xi Jinping (2R) and South African President Jacob Zuma (R) during a meeting of the BRICS Leaders' prior to the G20 Leaders' Summit in Brisbane, Australia 15 November 2014. The G20 summit will be held in Brisbane on 15 and 16 November. The G20 represents 90 percent of global gross domestic product, two-thirds of the world's people and four-fifths of international trade. EFE/EPA/ALEXEI DRUZHININ / RIA NOVOSTI / KREMLIN POOL MANDATORY CREDIT ORG XMIT: SHP03
Líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) durante o G20
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O crescimento econômico da Índia acelerou no trimestre de julho a setembro, superando a China, devido à melhora da demanda doméstica e da atividade manufatureira, o que pode convencer o banco central do país a deixar inalterada a taxa de juros em sua reunião de terça-feira.
O banco central indiano deve manter a taxa de juros após um corte maior do que o esperado de 0,5 ponto percentual em sua última reunião, na sua busca para controlar a alta dos preços antes de uma meta de inflação menor para 2016.
A terceira maior economia asiática expandiu a um ritmo anual de 7,4 por cento no segundo trimestre do ano fiscal corrente de 2015/16, que se encerra em março, comparado com os 7 por cento do trimestre de abril a junho, informou o Ministério das Estatísticas nesta segunda-feira.
A China divulgou um crescimento anual de 6,9 por cento para os três meses encerrados em 30 de setembro.
Uma pesquisa da Reuters com analistas havia projetado crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da índia de 7,3 por cento no trimestre de julho a setembro.
Embora a taxa de crescimento da Índia pareça boa, o resultado se deve em parte à mudança de métodos estatísticos que buscam capturar mais evidências da atividade econômica. Outros termômetros como crescimento do crédito bancário, empregos e demanda do consumidor mostram um cenário não tão bom, dizem analistas.
Mas enquanto a maioria das economias emergentes encontra dificuldades diante dos problemas globais e da desaceleração da China, a Índia continua promissora devido à sua economia divergente.

Fiquei 'extremamente perplexa', diz Dilma sobre prisão de Delcídio

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (30), em Paris, que ficou "perplexa, extremamente perplexa" com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na última semana, sob suspeita de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
"Fiquei perplexa, extremamente perplexa. Eu não esperava que isso acontecesse, ninguém esperava", afirmou quando questionada pela Folha. A presidente, que está na capital francesa para participar da conferência sobre o clima COP21, recusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto.
A declaração foi dada por Dilma minutos antes de passar por uma saia-justa na COP21. Após participar de um evento com alguns líderes numa área mais afastada do local da conferência, entre eles o presidente americano Barack Obama, a presidente foi impedida de caminhar de volta para o saguão principal da conferência.
Um funcionário barrou Dilma e se recusou a abrir o portão para sua comitiva. Incomodada com o episódio, ela passou alguns minutos ao ar livre até chegar um ônibus que levasse de volta ao centro da conferência sua comitiva e o grupo de jornalistas, entre eles a reportagem da Folha, que a acompanhava na reunião.
PRISÃO
Ex-líder do governo no Senado, Delcídio foi preso na última quarta-feira (25) após ser flagrado negociando o pagamento de uma mesada de R$ 50 mil para o ex-diretor Nestor Cerveró, preso na Operação Lava Jato, não envolvê-lo em sua delação premiada. Nas gravações das negociações, entregues aos investigadores por Bernardo Cerveró, filho de Nestor, o senador ainda discutia estratégias para fazer lobby pela soltura de Cerveró no Supremo Tribunal Federal e até um plano de fuga.
O assessor do petista, Diogo Ferreira, o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, e o banqueiro André Esteves –suposto financiador da mesada e da fuga– também foram presos.
A Procuradoria-Geral da República agora investiga indícios de que Delcídio também teria tentando influenciar a delação premiada de Fernando Baiano, operador ligado ao PMDB.
Nesta segunda, o presidente do PT, Rui Falcão,voltou a criticar o senador petista que, segundo ele, traiu o partido e o governo de Dilma Rousseff.

'Hiperesportivo' de mais de R$ 6 milhões fica destruído na China (Por Bêbado)

30/11/2015 11h58 - Atualizado em 30/11/2015 12h00

Motorista do Koenisegg Agera R estava embriagado, diz polícia.
Modelo de mais de 1 mil cv teve apenas 18 unidades fabricadas.

Do G1, em São Paulo

Koenigsegg Agera R sofre acidente na China (Foto: REUTERS/Stringer)Koenigsegg Agera R sofre acidente na China (Foto: REUTERS/Stringer)
Um Koenigsegg Agera R ficou destruído depois de um acidente no último domingo (29) na cidade de Chongqing, na China. Segundo a agência de notícias Reuters, o "hiperesportivo" com mais de 1 mil cavalos de potência rodou e atingiu a proteção da pista.
A polícia local afirmou em sua conta oficial do Twitter que o motorista era um homem de sobrenome Liu, de 26 anos. Conforme afirma a Reuters, ele dirigia depois de beber álcool. Ninguém ficou ferido no acidente.
O Agera R possui chassis feito em fibra de carbono para reduzir o peso e garantir a segurança dos passageiros. A imprensa local afirma que foi um dos acidentes "mais caros" já registrados na China.
Apenas 18 unidades do Koenigsegg Agera R foram produzidas (Foto: REUTERS/Stringer)Apenas 18 unidades do Koenigsegg Agera R foram produzidas (Foto: REUTERS/Stringer)
O Agera R teve apenas 18 unidades produzidas entre 2011 e 2014, a um preço estimado de US$ 1,7 milhão cada um (cerca de R$ 6,35 milhões).
O "hiperesportivo" apareceu pela primeira vez no Salão de Genebra em 2011, com motor 5.0 V8 de 1.115 cavalos de potência e 122 kgfm de torque, abastecido com E85 (mistura de 85% de etanol com 15% de gasolina).
No ano seguinte, ele ganhou um "upgrade" para 1.140 cavalos. Nesta versão, o Agera R acelera de 0 a 100 km/h em apenas 2,9 segundos e atinge velocidade máxima de 440 km/h, de acordo com dados da fabricante sueca.
Koeningsegg Agera R (Foto: Valentin Flauraud/Reuters)Koenigsegg Agera R no Salão de Genebra em 2012 (Foto: Valentin Flauraud/Reuters)

Cunha fala em ‘armação’ e associa anotações de propina a anúncio sobre impeachment

 Esperada para esta segunda-feira, decisão sobre abertura de processo para interromper ou não o mandato de Dilma Rousseff deve ser adiada
Por: Marcela Mattos, de Brasília - Atualizado em
O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), no plenário da Câmara, em Brasília, nesta quinta-feira (19). Cunha determinou que todas as comissões que estivessem funcionando naquele momento fossem suspensas
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ)(Antonio Cruz/Agência Brasil)
Depois de ser ligado a um suposto pagamento de propina do banco de investimentos BTG Pactual, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que "provavelmente" deve adiar o anúncio sobre a abertura ou não de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, ele estipulou esta segunda-feira como prazo para se manifestar sobre os sete pedidos de afastamento da petista ainda pendentes. Cunha relacionou o surgimento de uma anotação que indica pagamento de 45 milhões de reais em propina a ele e a peemedebistas aos processos contra Dilma.
"Esse assunto tem de ficar muito claro para não confundir a minha decisão com ele. Eu acho até que o fato de ter anunciado que eu ia decidir hoje pode ter motivado isso aqui. É importante a gente aguardar. Então, provavelmente, eu não decidirei hoje em função disso", afirmou o presidente da Câmara. Ele ponderou, no entanto, que a "intenção é decidir". Pessoas próximas a Cunha falam que o episódio causou irritação no parlamentar e pode refletir em sua decisão sobre os processos.
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O documento com anotações de propina foi encontrado por agentes da Polícia Federal na casa do chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira. As anotações indicam que o BTG Pactual teria pago 45 milhões de reais a Cunha e a outros parlamentares do PMDB em troca de emenda a uma medida provisória, para permitir o uso de créditos fiscais da massa falida do banco Bamerindus, de propriedade do BTG.
Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara convocou uma coletiva de imprensa para "reagir com bastante indignação" à documentação encontrada. Cunha não escondeu a irritação com o episódio, classificado por ele como uma "armação" e uma "armadilha", e disse que não conhece o assessor Diogo Ferreira. Ele, no entanto, admitiu conhecer André Esteves, mas ponderou ter se reunido com diversos outros presidentes de bancos, entre eles Roberto Setúbal, do Itaú, e Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco.
O peemedebista apresentou uma série de documentos para tentar sustentar a tese de que a sua emenda não beneficiaria o banco de André Esteves, preso na semana passada, na 21ª fase da Operação Lava Jato. Segundo ele, a emenda apresentada à medida provisória 608, de 2013, prejudicaria os interesses do banco BTG Pactual, que havia adquirido a massa falida do Banco Bamerindus, e foi rejeitada pela comissão. Alteração de conteúdo semelhante, no entanto, foi incorporada à MP pelo relator à época, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
"Não tenho a menor dúvida de que ocorreu uma armação. O fato é absolutamente inexistente. A emenda que eu fiz prejudicou esse interesse que estão falando. Não havia o que comemorar se o que foi aprovado é contrário aos interesses dos bancos em liquidação", afirmou Eduardo Cunha.

PT marca para sexta reunião que pode definir futuro de Delcídio no partido

30/11/2015 10h10 - Atualizado em 30/11/2015 10h34

Senador foi preso na semana passada pela PF na Operação Lava Jato.
Presidente da legenda já disse que não se sente obrigado a 'solidariedade'.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, marcou para a próxima sexta-feira (4) reunião extraordinária da Comissão Executiva Nacional que deverá definir o futuro do senador Delcídio do Amaral (MS) no partido. A reunião ocorrerá na sede do PT, em São Paulo, e a informação foi divulgada em um artigo publicado por Rui no site da sigla.
Delcídio foi preso no último dia 25 pela Polícia Federal em um hotel de Brasília suspeito de tentar inteferir no andamento das investigações da Operação Lava Jato.

Segundo gravações enviadas pela Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, o senador tentou convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público por meio de pagamento mensal de R$ 50 mil.

No artigo divulgado no site do PT, intitulado "O combate ao oportunismo e ao comportamento antipartidário", Falcão explica que a lgenda discutirá quais medidas serão adotadas em razão das "violações éticas que o senador Delcídio do Amaral cometeu e que se comprovam por uma gravação cuja autenticidade foi reconhecida por ele mesmo."

"Trata-se de um julgamento político, pautado pelo nosso Estatuto e Código de Ética, visto que, do ponto de vista penal, incumbe ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal (STF) dar seguimento ao inquérito e posterior denúncia, assegurados ao senador o devido processo legal e a ampla defesa", escreveu o presidente.

No mesmo dia em que Delcídio foi detido pela Polícia Federal, Rui Falcão divulgou nota na qual afirmou que os fatos que levaram o senador à prisão não têm relação com o PT e que, por isso, o partido não se vê obrigado a qualquer "gesto de solidariedade" ao parlamentar.

No artigo desta segunda-feira, o presidente do PT afirmou que há "controvérsias" sobre se o STF poderia ordenar a prisão de um senador sem que estivesse configurado o flagrante de um crime inafiançável.
'Tema complexo'
Para Falcão, a situação política de Delcídio é um "tema complexo" e o que interessa ao PT é "separar o joio do trigo". Na avaliação do petista, "é inquestionável que o senador Delcídio traiu a confiança do PT e do governo Dilma" – ele ocupava até a semana passada o cargo de líder do governo no Senado.

"Todos sabemos que há uma seletividade nas investigações da Lava Jato, como também são nítidas as manobras para criminalizar o PT como instituição. Também é verdade que o Judiciário não trata com o mesmo rigor filiados de partidos de centro e da direita, haja vista a morosidade e parcialidade nos casos do mensalão do PSDB e do trensalão em São Paulo", escreveu Rui.

"Nada disso, contudo, exime o senador do delito de usar seu cargo em benefício próprio, com prejuízos para o PT, o governo e o próprio país, sobretudo ao cogitar o suborno e a fuga de um criminoso que estaria colaborando com a Justiça", completou.
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Mercado prevê inflação em alta até em 2017

Pesquisa Focus, do BC, mostra expectativa de IPCA de 5,17% para daqui a dois anos, mais uma vez acima da meta; PIB em 2015 vai recuar 3,19%, dizem economistas

- Atualizado em
Sindicalistas da Força Sindical fazem protesto em frente a sede do Banco Central contra a alta dos juros, inflação e desemprego na a avenida Paulista, nesta terça-feira (20)
Dragão da inflação em passeata de Sindicalistas da Força Sindical realizada neste ano na avenida Paulista, em São Paulo(Gabriel Soares/ Brazil Photo Press/Folhapress)
Os economistas pioraram suas perspectivas para a inflação em 2017, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central nesta segunda-feira e, com a maior pressão inflacionária, o cenário para a taxa básica de juros já aponta que ela não irá mais cair ao longo do próximo ano. Segundo o levantamento, a estimativa para a alta do IPCA em 2017 subiu 0,02 ponto percentual, para 5,12%.
Para 2016, os economistas consultados mantiveram a perspectiva de que a inflação terminará o ano em 6,64%, mas para 2015 houve alta de 0,05% na estimativa, alcançando 10,38%. Em ambos os casos, a inflação estouraria o teto da meta.
Para 2015 e 2016, a meta do governo é de IPCA de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Para a 2017, a meta também é de 4,5%, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual.
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Diante das pressões inflacionárias, a perspectiva para a taxa básica de juros no final de 2016 passou a 14,13% na mediana das projeções, em um forte indício de que não é mais esperado afrouxamento da política monetária. A previsão anterior era de taxa Selic de 13,75%.
Na semana passada, o BC manteve a Selic em 14,25% ao ano pela terceira vez seguida, mas a decisão foi dividida, com dois membros defendendo a elevação. A divisão foi vista como sinal de que futuro aumento pode vir já no início de 2016. Os agentes econômicos aguardam agora a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para calibrar suas apostas.
Já em relação à atividade econômica, a estimativa de contração do produto interno bruto (PIB) em 2015 chegou a 3,19%. Na semana passada, a previsão era de recuo de 3,15%. Para 2016, os economistas consultados esperam retração de 2,04%. A queda projetada na versão anterior da pesquisa era de 2,01%
(Com Reuters)

Lula se afastará do Brasil por uma semana

Ex-presidente partirá em viagem para Alemanha e Espanha e terá apoio de quatro servidores

MURILO RAMOS- Época
30/11/2015 - 07h59 - Atualizado 30/11/2015 07h59
Luiz Inácio Lula da Silva em evento nesta semana (Foto:  (Cláudio Reis/Ag.O Globo))
Em meio a revelações bombásticas na Operação Lava Jato e ao enfraquecimento do governo petista de sua afilhada política, o ex-presidente Lula ficará fora do Brasil entre os dias 05 e 13 de dezembro. Ele viajará à Alemanha e Espanha. As informações foram divulgadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira.
O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, autorizou o afastamento do Brasil de quatro ex-assessores de Lula para “executar serviços de apoio pessoal e segurança do ex-presidente” em Berlim e em Madri. A cessão de servidores nomeados pelo Palácio do Planalto é prevista para todos os ex-presidentes.
Um dos compromissos de Lula na Alemanha será participar do encontro do Partido Social Democrata da Alemanha, o SPD, conforme EXPRESSO noticiara no começo do mês.

Investigadores da Lava Jato acham que Lula se tornou alvo possível

Fatos apurados contra o pecuarista José Carlos Bumlai, próximo do ex-presidente, aproximaram Lula da investigação

MURILO RAMOS
Época
Lula e seu amigo, o pecuarista José Carlos Bumlai (Foto: Reprodução)
Os procuradores da Lava Jato acreditam que o ex-presidente Lula se tornou um alvo possível na investigação. Há três meses, imaginavam que focar a investigação em Lula causaria tumulto excessivo. De lá para cá, no entanto, jorraram elementos que o aproximaram dos crimes investigados. Os mais importante deles foram os fatos apurados contra o pecuarista José Carlos Bumlai -- que, segundo o delator Fernando Baiano, agia em nome de Lula -- e acerca do dinheiro do petrolão nas campanhas do petista.

O islamismo e suas facetas

Editorial
Jornal Hoje em Dia
portal@hojeemdia.com.br


30/11/2015

Apesar de todos os fatos que depõem contra o islamismo, como os últimos bárbaros atentados terroristas em Paris, que causaram a morte de 130 pessoas, a religião registra crescimento exponencial em número de adeptos por todo o mundo. Um estudo recente do Centro Pew, instituto de pesquisas norte-americano, fez uma projeção para as próximas quatro décadas, na qual constatou que o islamismo se aproximará do cristianismo em 2050. Hoje, há 1,6 bilhão de muçulmanos e 2,7 bilhões de cristãos.
É por isso que o xeique Mokhtar Elkhal, líder do Centro Islâmico de Minas Gerais, entrevistado do Página Dois nesta edição, reclama do tratamento que é dado por parte da mídia aos muçulmanos como um todo, colocando-os como sinônimo de fanatismo e “religião do terror”. “Muçulmanos não exportaram quibe cru nem dança do ventre, exportaram ideias e ciência”, ironiza o dirigente.
E ele tem razão. Foi graças ao Islã, criado onde é hoje a Arábia Saudita pelo profeta Maomé, no século VI, que muitos conhecimentos da antiguidade clássica – Grécia e Roma – foram preservados ao longo dos séculos, quando a Europa toda estava envolta nas trevas da Idade Média, ditadas pelo cristianismo, quando qualquer ensinamento ou estudo científico era considerado blasfêmia, podendo ser punido com a morte.
Ele chama o Estado Islâmico, grupo autor do ataque a Paris, de “Estado Maluco”. E diz algo surpreendente. Além de os militantes serem jovens recém convertidos ao Islã, recebem salários com valores altos. Para o xeique, a culpa do surgimento do EI é dos Estados Unidos, que desbarataram as instituições iraquianas quando invadiram o país e marginalizaram os militares ligados ao ditador Saddam Hussein, deposto e morto. Eles então se alinharam a islamitas radicais.
Lembra o líder que a França é o país onde há mais muçulmanos em toda a Europa, cerca de 5 milhões de descendentes. Por ser uma potência colonial, o Exército francês na Segunda Guerra possuía muitos soldados de países muçulmanos sob seu domínio.
Quando terminou o conflito, muitos deles continuaram em solo francês. Elkhal frisa, por isso, que não há ódio dos islamitas à França, que tão bem os acolheu. Sua receita para isolar o radicalismo é uma nova postura dos governantes de países islâmicos, que estendam benefícios a toda a população, evitando a segregação e a pobreza, sobretudo dos jovens. Parece ser o bom caminho.

Cristãos e muçulmanos são irmãos", afirma o papa em mesquita de Bangui

30/11/2015 07:25 - Atualizado em 30/11/2015 07:25

AFP



Gianluigi Guercia/AFP
"Cristãos e muçulmanos são irmãos", afirma o papa em mesquita de Bangui
Papa Francisco em visita à República Centro-Africana

O papa Francisco afirmou nesta segunda-feira que cristãos e muçulmanos são "irmãos" e fez um apelo para que rejeitem o ódio e a violência, durante uma visita à mesquita de um bairro muçulmano de Bangui, capital da República Centro-Africana.

"Cristãos e muçulmanos são irmãos e irmãs", disse. "Os que clamam que acreditam em Deus também devem ser homens e mulheres de paz".
A  visita à mesquita de um bairro muçulmano de Bangui foi de grande valor simbólico. O local foi cenário de atrocidades em 2013 em um conflito com tom religioso.
O pontífice se reuniu com os líderes muçulmanos do bairro PK 5, em uma área que foi cenário de violência sectária. A visita acontece sob fortes medidas de segurança, com o apoio da força da ONU no país (Minusca). Os "capacetes azuis", ONU (10.900 homens em todo o país), o contingente militar francês (900) e a polícia centro-africana devem patrulhar Bangui até o fim da visita papal.
Nas imediações da mesquita aconteceram confrontos armados entre os Seleka, milicianos principalmente muçulmanos, e os milicianos cristãos e animistas, conhecidos como "anti-balaka".
Mauro Garofalo, da comunidade católica de Sant'Egidio, afirmou que a comunidade muçulmana esperava o papa com fervor e esperança.
Depois da visita à mesquita, o pontífice seguiu para o complexo esportivo que leva o nome de Barthelemy Boganda, um sacerdote católico indígena, "pai da pátria", morto em 1960, pouco depois da proclamação da independência.
No estádio, com capacidade para 30 mil pessoas, celebrará a última missa de sua viagem ao continente africano.
A etapa de um dia e meio em Bangui já pode ser considerada um sucesso, apesar das críticas dos céticos. O papa, enérgico ante a espiral de vingança, foi recebido com fervor, apesar do ódio que persiste entre a população.
No domingo, não citou a palavra muçulmano, consciente de que este conflito tem raízes políticas.
Francisco defendeu a unidade e pediu que as pessoas não cedam "à tentação do medo do outro, do desconhecido, do que não é parte de nosso grupo étnico, nossas opiniões políticas ou nossa confissão religiosa".
Um Ano Santo, o "Jubileu da Misericórdia", sobre o perdão, começará em 8 de dezembro, mas foi inaugurado no domingo com a abertura de uma "porta sagrada" na catedral de Bangui.

China está construindo o maior laboratório de clonagem do mundo

(Reprodução/Nextshark)(Reprodução/Nextshark)As companhias de biotecnologiga Boya Life e Korea's Sooam Biotech estão dando o que falar desde o último anúncio que fizeram. Com um investimento de US$ 31 milhões, elas pretendem, em parceria com a Academia Internacional de Biotecnologia de Tianjin, montar o maior laboratório de clonagem animal do mundo. Algumas razões para a inovação são admiráveis, outras estão gerando controvérsia.
A fábrica tera 15 mil metros quadrados que se distribuirão entre centro animal, banco de genes e centro de exibição educacional. Entre os animais que serão criados estarão gado, cachorros, cavalos de raça, além de muitos outros, incluindo aquelas espécies sob risco de extinção.
"Nós vamos chegar a um patamar que inguém nunca chegou", disse Xu Xiaochun, chefe executico da BoyaLife, em entrevista ao The Guardian. "Estamos construindo algo que nunca existiu. Isso vai tornar nossa vida melhor", completou.
(Reprodução/The Guardian)(Reprodução/The Guardian)
Apesar de também desejarem colaborar com algumas questões ambientais, o maior foco da fábrica é na realidade suprir a demanda por carne de boi do mercado chinês por meio da clonagem de bois. Por tal motivo, os primeiros testes que devem ser realizados são as clonagens de 100 mil gados para leite e carne.
Estima-se que a produção média seja de 100 mil animais de alta qualidade por ano, e eventualmente representar 5% do mercado de carne vermelha do país.
Na China e na Coreia do Sul, a realização de clonagens já alcança números que chegam a se enquadrar na escala industrial. Em 2006, uma das fábricas do país, a coreana Sooam Biotech, foi denunciada após ser culpada por armazenar células embrionárias humanas para pesquisa. A mesma indústria realiza a clonagem de filhotes de cachorros a mais de uma década.

O prêmio Lula de melhor Lula vai para o... Lula, OU o que o #meuamigosecreto tem a ver com a lama tóxica

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O título não é (totalmente) gozação: o Instituto Lula avisa que o prêmio Luiz Inácio Lula da Silva para aqueles que contribuíram para o desenvolvimento rural foi atribuído… ao Lula. Seria ridículo, se não fosse ridículo. Mas converge com um dos hábitos mais bizarros da esquerda governista do século passado: o do culto à personalidade.
Tudo começou com as homenagens recorrentes ao finado Lenin, morto em 1924 (homenagens cuja progressiva solenidade era precisamente uma cortina de fumaça para a extrema distorção da revolução russa promovida por Stalin). Dessa época é o início do, digamos assim, surto simbólico que levou, entre outras coisas, ao apagamento de Trotsky das fotos históricas – com se mudar uma foto mudasse a própria história.
Não estou dizendo que se Trotsky tivesse podido vencer Stalin a revolução socialista teria sido levada a bom termo (o próprio Trotsky negava a possibilidade da revolução em um só país). Mas o fato é que Trotsky tinha uma percepção cultural bem mais sofisticada, vide as conversas de bom nível com gente como o surrealista André Breton, ou com o casal Diego Rivera e Frida Kahlo (com quem teve um affair ao se refugiar no México, onde acabaria morto).
O culto a Lenin produziria, além da estatuária, itens involuntariamente paspalhos como o broche do Lenin-bebê (foto), que é uma espécie de apropriação de esquerda do milagreiro Menino Jesus. Junto com a virgindade de sua mãe (fecundada por um pai incorpóreo), e a própria vitória de Jesus coincidindo com sua aniquilação física, não é estranho que uma mitologia monoteísta como a cristã se empenhe em situar a fonte da virtude moral fora do corpo. Também não é estranho que a mulher, dotada de útero (ou seja, de um equipamento reprodutor de matéria), seja considerada fonte da tentação viciosa.
O que é esquisitão é que a esquerda supostamente marxista (ou seja, em tese fundada no materialismo dialético, que trata da interrelação dos sistemas sociais com as contingências físicas da produção econômica) viaje nessa maionese simbólica. Como hoje em dia, quando esse é o caso de Nicolás Maduro, que vê o comandante Chavez no c* do cachorro (brincadeira, viu no barro, e piando em um passarinho).
Ou de outro maluco, o nortecoreano Kim Jong-Un, que herdou de seu pai a infalibilidade (isso nem o Papa alega mais) e títulos oficiais que mais parecem nomes de fantasias categoria luxo de Clóvis Bornay, como “Grande Homem Que desceu do Céu” (천출위인), “Suprema Encarnação do Amor Revolucionário Entre Camaradas” (혁명적 동지애의 최고화신)  e  “Grande Homem, Que É Um Homem de Ações” (실천가형의 위인). Eu maldosamente traduziria como “O Grande Homem Que Caiu na Terra”, “Suprema Encarnação do Amor O Que É Isso, Camarada” e “Grande Homem, Que É Gente Que Faz”.
Brincadeiras à parte, há enorme perigo em envolver um movimento popular com essas simbologias delirantes. Vimos na Rússia uma revolução que, em seu início, mobilizou uma enorme potência criativa – o que pode ser aferido no desenvolvimento explosivo das artes locais, como no cinema (Einsentein, Vertov) e nas poéticas visuais e literárias (Rodchenko, Maiakovski). Stalin se encarregaria de domar e canalizar essa inventividade para a institucionalidade merreca do realismo socialista.
A potência simbólica soviética viria a inspirar, por um lado, a épica nazista, e depois a maoista; e por outro a própria indústria cultural pop. Sim, cineastas russos da década de 1920 como Vertov, Eisenstein e Kulechov são os pais do videoclipe (e as drogas psicodélicas são as mães). Por sorte, chegamos ao século 21 mais equipados para arrastar impiedosamente gente como Maduro e Kim Jong-Un – e Lula – no seu próprio ridículo. Fora um ou outro surto simbólico descontrolado mas rapidamente debelado, como o da Dilma “Coração Valente”, temos (pelo menos uma parte de nós) mostrado resistência a esse tipo de credulidade. Aqui, fizemos flopar um projeto insidioso como o do filme Lula, o Filho do Brasil, peça-chave do lulismo, que passava do bolivariano ao nortecoreano.
Mas onde está, então, na disputa simbólica atual, o resquício de “verdade”, do que interessa? A minha resposta, a sério, é: na zoeira. A grande inteligência coletiva revelada na horizontalidade da internet tem a ver com a disposição (quase incontrolável) de desconstruir o que se apresenta como solene e/ou sagrado, ou seja, vertical. Assim, a rede não é um campo a mais onde o marketing possa lançar suas narrativas sem ter uma recepção crítica. O atraso do PT (ou sua condição patriarcal de “fim de uma era”, e não “o início de outra”) se comprova pela tacanheza narrativa dos chamados blogs progressistas (petistas).
Um novo discurso feminista, por outro lado, começa a marcar posição nas redes. Neste texto, A carapuça do amigo secreto, eu tento estabelecer a importância de uma nova hashtag que somou, à denúncia da #primeiroassédio, um componente de desconstrução e deslocamento. Evidentemente não se trata de negar a seriedade de ocorrências graves mas, ao contrário, impedir que elas sejam sequestradas e abduzidas pelas “grandes narrativas” verticais – inclusive as do “esquerdomacho”.
Por isso eu até entendo a impaciência com que a solidariedade aos parisienses vitimados por ataques terroristas tenha sido tratada por quem “preferia” a solidariedade à tragédia ambiental de Mariana, no Brasil. Por um lado, como especulei neste texto, Meu mártir é mais mártir do que o seu (não), há um componente (cristão e marxista) na busca de narrativas de culpa e punição nas tragédias. Mas, neste caso, houve também o elemento saudável de desconstruir a grande narrativa institucional que tentou se vender em torno de Mariana (acidente, heroísmo, a empresa como co-vítima, a pretensa resposta do estado). Se finalmente está se colocando um dedo na cara da Samarco, da Vale (cujo papel tentou se ocultar), dos governos municipal, estadual e federal, foi (num aparente paradoxo) por conta da pressão das redes virtuais.
Na verdade, a “lama tóxica” não existe no corpo natural da terra. Ela é a resultante de um estupro, o da mineração, e de suas tecnologias mais irresponsáveis. Assim como o abuso de um corpo feminino extrai de uma mulher o seu pior, o abuso da natureza, produto de uma alucinação coletiva patriarcal, conduz a terra ao desequilíbrio e à destruição. Com a chamada esquerda totalmente intoxicada pela ilusão desenvolvimentista, como nota o professor Moysés Pinto Neto, “essa divisão entre direita e esquerda (…) não será a mais relevante para os próximos tempos. A batalha não está mais no campo antitético entre Estado e Mercado, mas entre o crescimento e seus inimigos – os rexistentes ou, usando o termo de Latour, os terranos”.
De certa forma, é a inteligência “terrana” (horizontal) que chega à internet, para desautorizar uma suposta esquerda cuja impertinência narrativa é em tudo similar à da direita. A cara de um peixe morto se parece cada vez mais com uma tragédia – e a cara de um líder autorreferente, autocongratulatório e autocredibilizável como Lula se parece cada vez mais com a de um peixe morto.
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Freiras se transformam em prostitutas para combater o tráfico de pessoas

  Um exército de irmãs religiosas foi transformado em um grande grupo de falsas prostitutas com objetivo de infiltrarem-se em bordéis para descobrir locais que realizam trabalho escravo e tráfico de crianças. No total, a organização já se se expandiu para 140 países, de acordo com um depoimento de seu presidente disse na quarta-feira (25).
John Studzinski, um banqueiro e filantropo, que preside a Talitha Kum, disse que uma rede de 1.100 irmãs opera atualmente em cerca de 80 países, mas a demanda por esforços para combater o tráfico e escravidão está subindo globalmente. O grupo, criado em 2004, estima que 1% da população do mundo é traficada em alguma forma, o que representa um total de 73 milhões de pessoas em números. Destes, 70% são mulheres e metade estão com 16 anos ou mais jovens.
"Eu não estou tentando ser sensacionalista, estou tentando sublinhar o fato de que este é um mundo que perdeu a inocência ... onde forças das trevas estão ativos", disse Studzinski.
"Estes são problemas causados pela pobreza e falta de igualdade, mas vão muito além disso", disse ele à Conferência de Confiança às Mulheres em entrevista à Reuters.
Detalhando alguns casos envolvendo tráfico e escravidão, Studzinski disse que o tratamento de algumas vítimas é horrível. Ele citou, por exemplo, prostituta escravizada que estava presa por uma semana sem comida e foi forçada a comer suas fezes, quando ela deixou de ter relações sexuais com a meta de 12 clientes por dia.
Studzinski disse que as irmãs religiosas trabalhando para combater o tráfico iria para todos os comprimentos para resgatar as mulheres, muitas vezes se vestir como prostitutas e sair na rua para integrar-se em bordéis.
"Essas irmãs não confiam em ninguém. Eles não confiam governos, eles não confiam em corporações, e eles não confiam na polícia local. Em alguns casos, elas não podem nem confiar no próprio clero masculino", disse ele, acrescentando que o grupo preferiu se concentrar em seu trabalho de resgate em vez da promoção.
"Eles trabalham em bordéis. Ninguém sabe que elas estão lá", completou.

Veja 7 sinais para trocar seu computador

By iQ Contributor @intel September 28, 2015

Pensando em comprar um computador novo mas não tem certeza se está na hora? Leia o artigo e convença-se: chegou o dia de se separar.


Quando não fazem mais atualizações para a sua máquina
Você abriu um programa que não roda direito. O que fazer? Um update! Que ideia genial se o desenvolvedor ainda se importasse em atualizar os modelos antigos. Ou vai ver que o problema não é de software, mas do hardware que não consegue suportar os sistemas modernos.
computador conserto
Quando a bateria deixa você na mão
Vai viajar? Na noite anterior você arruma a mala e se preocupa em não esquecer nada. Inclusive de carregar o seu computador por horas a fio até de manhã. O despertador toca, você sai correndo, lembra de pegar tudo e quando chega no aeroporto, a bateria já foi embora. Não adianta chorar, só trocar.
bateria
Quando você não encontra mais peças
O PC quebrou e você está desesperado para consertar. O técnico dá uma notícia triste, não fabricam mais o componente que ele precisa. Mas você é um guerreiro e não vai desistir tão fácil até passar em milhares de sites e lojas duvidosas pra se convencer de que não tem jeito mesmo.
computador peças
Quando as portas deixam de responder
Um amigo empresta um HD externo com as matérias da faculdade que você precisa pegar e… nada. Você terminou a apresentação atrasado, precisa copiar pro pen drive, mas quando insere… nada. A câmera está cheia de fotos pra baixar, você pluga e… nada. Não tem nada pra fazer a não ser trocar de máquina.
entradas do computador
Quando os botões não funcionam
Você está digitando aquela mensagem romântica e uma tecla se mantém pressionada por conta própria? Kkkkkkkkkkkkk. Brincadeiras a parte, com os anos, todo o sistema de fios do seu computador se desgasta e fica comprometido. Não apenas o teclado.
teclado do computadorQuando você perde mais tempo consertando do que trabalhando
Todo mundo sabe que a coisa mais valiosa dos dias de hoje é tempo. Você já parou pra pensar quanto pode estar desperdiçando o seu pra fazer o seu computador funcionar? Faça como o tempo e também avance.
bateria de computador
Quando você ganha mais stress do que praticidade
Computadores servem para deixar nossa vida mais fácil. A última coisa que precisamos é de uma máquina que aumenta o stress de cada dia. Se o seu computador está lento ou só trava, está na hora de trocá-lo por um com maior velocidade de processamento. Ele deve trazer rapidamente soluções para as várias tarefas que você está executando e não frustrações. Assim, você terá uma máquina multitarefas para aumentar sua produtividade.
 computador frustração

Governos estaduais ameaçam atrasar 13º salário a servidores

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Após atravessarem um ano difícil na economia, governadores podem não conseguir arcar com a última grande obrigação financeira de 2015: o pagamento do 13º salário do funcionalismo público.
Em ao menos quatro Estados (MG, RJ, RS e RN), além do DF, servidores e inativos estão sob ameaça de atrasos na remuneração até as vésperas do Natal.
Governadores argumentam que a crise econômica, que provocou queda da arrecadação, afetou fortemente os cofres estaduais e que, por isso, não há certeza de que o pagamento sairá em dia.
O caso mais grave é o do Rio Grande do Sul, onde o governador José Ivo Sartori (PMDB) já anunciou aos sindicatos que não terá o R$ 1,2 bilhão necessário para quitar o benefício aos funcionários ativos e inativos.
A alternativa articulada pelo governo gaúcho é a liberação de um empréstimo bancário individual para cada servidor público.
No Rio de Janeiro, a definição sobre o pagamento só sairá em cima da hora, na segunda quinzena de dezembro. O secretário da Fazenda, Julio Bueno, disse que ainda não tem como garantir que haverá recursos suficientes para essa despesa com pessoal.
O governo já pagou a primeira parcela do décimo terceiro no meio do ano, mas apenas a segunda parte tem valor estimado em R$ 1 bilhão –o equivalente à arrecadação de impostos do Estado em duas semanas.
O governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) argumenta que, em outubro, o recuo da arrecadação do ICMS (principal imposto dos Estados) foi de 16% em relação ao mesmo período de 2014.
Em Minas Gerais, o governo também não definiu um cronograma para pagar seus 600 mil servidores. Em audiência na Assembleia, o secretário-adjunto Wieland Silberschneider (Fazenda) disse que "o Estado está com dificuldade de pagamento da folha do 13º [salário]".
SEM BÔNUS
No Distrito Federal, onde 60% do 13º salário é pago ao longo do ano no mês subsequente ao do aniversário do servidor, os pagamentos têm sido feitos com atraso há meses. A parcela de novembro, segundo o sindicato dos servidores, ainda não foi paga. E há temor quanto ao pagamento da segunda parcela.
"Esperamos que a parcela de dezembro não fique para janeiro. Seria um prejuízo enorme para o comércio e um transtorno para o servidor", diz Ibrahim Yusef, presidente do sindicato que representa os servidores.
Já no Rio Grande do Norte, o governo antecipou 40% do 13º salário em junho. Mas não definiu um cronograma para a segunda parcela "em virtude das seguidas frustrações nas receitas". Para conseguir arcar com o pagamento, o governo terá de arrecadar 10% a mais que a média anual em novembro e dezembro.
EMPRÉSTIMO
O governo do Rio Grande do Sul quer que os servidores estaduais retirem um empréstimo bancário para compensar o não recebimento do 13º.
O Estado é um dos poucos que ainda possuem banco público –o Banrisul, que gere a maior parte da folha.
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, diz que mais adiante, quando o Estado conseguir os recursos para pagar o 13º, o servidor ressarciria os bancos.
"Não é obrigatório tirar esse recurso. Se quiser esperar o pagamento do 13º quando isso for possível, ele [servidor] pode esperar."
Os funcionários da Assembleia e do Judiciário gaúchos não devem ser afetados. O presidente do Tribunal de Justiça, José Aquino Flôres, disse que o pagamento por meio de empréstimo representaria um constrangimento para os servidores.
"Quem assina a relação do tomador do crédito é o servidor, que se expõe e não tem garantia de que o Estado vai pagar depois", diz Flávio Berneira, da Federação Sindical dos Servidores do RS.
Não é a primeira vez que o Rio Grande do Sul, o Estado mais endividado do país, adota a saída do empréstimo bancário para garantir o 13º do funcionalismo. O artifício já foi usado também em governos da década passada.
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Único escravo no Brasil a publicar autobiografia ganha site de memórias

30/11/2015 06h00 - Atualizado em 30/11/2015 06h00

Até hoje, relato de Mahommah Baquaqua só foi publicado em inglês.
Versão em português deve sair em 2016; ouça trecho inédito da obra.

Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo
Mahommah Gardo Baquaqua nasceu no século XIX onde hoje fica o Benin, na África, e em 1845 chegou ao Brasil dentro de um navio negreiro. Passou os dois anos seguintes trabalhando forçadamente em diversos estados brasileiros, e chegou a tentar o suicídio. Acabou conseguindo escapar e, nos Estados Unidos, publicou um relato autobiográfico sobre sua condição de escravo chamado "An Interesting Narrative. Biography of Mahommah G. Baquaqua" ("Uma narrativa interessante. Biografia de Mahommah G. Baquaqua", na tradução do inglês). Nesta segunda-feira (30), historiadores brasileiros e canadenses lançam o site do Projeto Baquaqua, que tenta recuperar as memórias do único africano escravizado no Brasil que publicou uma autobiografia. O livro, lançado pela primeira vez em 1854, receberá a primeira versão traduzida para a língua portuguesa no primeiro semestre de 2016 (ouça trecho inédito no vídeo acima).
Feito em parceria entre a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade York, do Canadá, o projeto tem apoio dos governos brasileiro e canadense e pretende, além de mostrar a trajetória pessoal de Baquaqua, debater a escravidão e o abolicionismo no Brasil e na América do Norte.
Em entrevista ao G1, o historiador pernambucano Bruno Véras, que atualmente faz seu doutorado na York, em Toronto, explicou que o livro do africano foi publicado dentro do contexto abolicionista norte-americano. "O slave narratives (narrativas de escravos, em inglês) era um gênero literário importante no mundo anglófono", afirmou Véras, que está traduzindo o material ao lado do pesquisador Nielson Bezerra, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
Segundo ele, o editor Samuel Moore auxiliou na produção do relato autobiográfico de Baquaqua, que, além de publicar o livro, também escreveu cartas e deu palestras sobre a sua experiência como escravo no Brasil.
A edição brasileira da obra seria publicada ainda em 2015, mas, de acordo com os historiadores, a pesquisa em torno do projeto resultou na descoberta de novos documentos históricos e, por isso, o livro, que está sendo realizado pela Editora da Civilização Brasileira, vai ganhar novos capítulos antes do lançamento.
Projeto tenta resgatar memória da vida de Mahommah Baquaqua, que foi escravizado no Brasil no século XIX (Foto: Reprodução/Projeto Baquaqua)Projeto tenta resgatar memória da vida de Mahommah Baquaqua, que foi escravizado no Brasil no século XIX (Foto: Reprodução/Projeto Baquaqua)
Letramento, guerra e escravidão
Segundo os historiadores, Mahommah Baquaqua já era bilíngue quando foi capturado em uma guerra na África. Sua família era muçulmana, e ele falava árabe e ajami, língua local de Djougou, sua cidade natal. "Na África ele foi escravo de pessoas no Daomé até ser vendio para a costa e desembarcado no porto de Uidá", explicou Véras.
O africano foi vítima do tráfico internacional de escravos em 1845, quando a prática já havia sido criminalizada no Brasil. Portanto, segundo os historiadores, sua condição de escravo no país nunca foi legal.
O professor Paul Lovejoy, da Universidade York, que coordena a produção em inglês do livro ao lado do pesquisador Robin Law, afirma que "o relato de Bequaqua mostra muita coisa importante sobre a escravidão no Brasil". Seu primeiro destino foi Pernambuco, onde ele foi comprado por um padeiro português e, posteriormente, a um marinheiro gaúcho. Em uma viagem com o dono a Nova York, o africano aproveitou uma oportunidade e escapou.
Escravos com frequência queriam escapar ou fugir. Em todos os lugares. Mas isso mostra como a escravidão no Brasil era muito cruel"
Paul Lovejoy,
Universidade de York
"O padeiro o obrigou a construir um prédio de pedra, isso é um trabalho muito difícil. Baquaqua tentou fugir, ele tentou cometer suicídio, ele cogitou matar seu dono, porque ele era muito cruel. O dono não gostava dele, e o vendeu porque Baquaqua estava criando muitos problemas. Então ele foi vendido no Rio de Janeiro, onde um capitão de um barco o comprou. Mas o capitão também era cruel, e o espancava muito. A mulher do capitão não gostava dele. Isso mostra que Baquaqua sempre quis resistir, lutar, escapar, e eventualmente ele teve a oportunidade quando seu dono o levou a Nova York com um carregamento de café. Então Baquaqua conseguiu escapar", diz o canadense.
Lovejoy explica, porém, que fugas de escravos não eram raras. "Escravos com frequência queriam escapar ou fugir. Em todos os lugares. Mas isso mostra como a escravidão no Brasil era muito cruel."
Lutas e palestras
Os documentos mostram que, depois de reconquistar sua liberdade nos Estados Unidos, Baquaqua passou uma temporada no Haiti, onde aprendeu a falar francês e o criolo haitiano. Ele também viveu no Canadá e chegou a estudar, entre 1850 e 1853, na Faculdade Central de Nova York.
"Ele escreveu várias cartas, deu muitas palestras abolicionistas nos EUA sobre sua experiência de escravo no Brasil", diz Véras. "Mas a sua biografia foi escrita com ajuda de um editor chamado Samuel Moore." De acordo com o historiador, Moore escreveu o relato em primeira pessoa do Baquaqua, como ele ditou suas experiências.
O historiador pernambucado Bruno Véras atualmente faz doutorado na Universidade de York, no Canadá (Foto: Arquivo pessoal/Bruno Véras)O historiador pernambucado Bruno Véras atualmente faz doutorado na Universidade de York, no Canadá (Foto: Arquivo pessoal/Bruno Véras)
História afrobrasileira
Véras acredita que tanto o livro quanto o site (que terá traduções para o inglês, o francês e o hauçá, língua também falada por Baquaqua, e usada por 52 milhões de pessoas na África Ocidental) podem ajudar a aprimorar o ensino sobre a história dos africanos no Brasil. Para ele, ela ainda hoje é cercada de mitificação e estereótipos negativos.
"Muitos dos africanos que foram trazidos ao Brasil no contexto da escravidão atlântica eram letrados em árabe e ajami (línguas africanas escritas em caracteres árabes). Os livros didáticos muitas vezes reproduzem uma imagem preconceituosa sobre os africanos no Brasil como se estes tivessem sido apenas braços para o trabalho escravo em lavouras e regiões de mineração", explica.
Mahommah Baquaqua também virou um personagem de desenho em um livro de atividades para crianças do ensino fundamental (Foto: Reprodução/Tatiane Lima/Projeto Baquaqua)Baquaqua também virou um personagem de
desenho em um livro de atividades para crianças
(Foto: Reprodução/Tatiane Lima/Projeto Baquaqua)
O projeto também tem uma versão da história adequada ao ensino de crianças do ensino fundamental, incluindo um livro ilustrado pela artista Tatiane de Lima, com atividades como desenho e caça-palavras sobre a história de Baquaqua e da diáspora africana nas Américas.
"A biografia de Baquaqua nos permite pensar sobre isso. Antes de serem escravos, eles eram pessoas e assim se pensavam. Antes de serem braços eles(as) eram ideias, visões de mundo e espírito. Estas biografias nos permitem enxergar isso. Mas do que pesar a escravidão elas nos permitem pensar em gente, que, apesar de inseridas em um sistema opressor e escravista nunca deixaram de ser e de se pensar como gente."
Para Lovejoy, "as crianças precisam aprender esta história, porque ela mostra determinação para seguir em frente, para se autoaprimorar, para resistir à crueldade e às pessoas ruins que querem explorar os outros".
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