Márcio Doti
Márcio Doti
mdoti@hojeemdia.com.br
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O CARRO NÃO PODE ENGUIÇAR
Com isto, vai em frente a Polícia Federal, o Ministério Público, ambos fazendo as suas partes. Buscam agora descobrir se esse Bancoop esconde dinheiro de gente importante. Vai entregar para a Justiça e seguir adiante abrindo outras frentes. No que a “Lava Jato” tem deparado com gente sem foro privilegiado o carro está andando. Sentenças, condenações e prisões. Mas há gente envolvida no trajeto das operações Zelotes e “Lava Jato” que tem foro privilegiado e em função disso só pode ser “incomodada” se um dos relatores dessas operações, que são ministros do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça autorizar, determinar ou submeter ao plenário a que pertencem. Tem muita gente importante nessa situação, entre elas, o governador de Minas, Fernando Pimentel, investigado pela Zelotes no caso da facilitação de benefícios a montadoras de veículos em fase posterior à do ex-presidente Lula. Também da Operação Acrônimo que investiga caixa dois de campanha, lavagem de dinheiro e outras irregularidades de que são alvo de investigações o governador dos mineiros, sua esposa Carolina Oliveira e seu amigo Bené, o Benedito de Oliveira. Este, muito enfronhado no governo, dono de vários contratos milionários e muitas ações de intermediação mesmo depois que Pimentel deixou o Ministério do Desenvolvimento, onde além das montadoras também facilitou financiamentos através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um banco de fomento sob as ordens do ministério que dirigiu. É natural que a sociedade esteja ansiosa por ver resultados de tantos escândalos, tantos absurdos que vieram a público, incomodaram, revoltaram, indignaram, mas que até hoje não passaram das constatações policiais.
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