Carlos Henrique/Hoje em Dia
Articulações mantidas mesmo com aceno para encontro
PROTESTO - Eletricitários pedem fim da terceirização durante cerco ao Palácio da Liberdade

Mesmo com o anúncio feito pelo governo do Estado sobre a intenção de reunir-se com representantes dos sindicatos dos servidores públicos para tratar do cronograma de pagamento para 2016, o funcionalismo mantém a articulação de paralisações caso os salários não sejam depositados no quinto dia útil de cada mês. O impasse começou com a divulgação do pagamento de janeiro para o dia 13, e não no dia 8.
“Estamos aguardando a reunião com o governo. Não aceitamos nenhum prazo que não seja o quinto dia útil”, enfatizou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (SindPúblicos), Geraldo Henrique da Conceição.
Em carta aberta, sindicatos dos servidores da saúde, educação e fiscalização pedem “reunião urgente” com o governo. “Ouvir para governar, além de ser o lema do governo dele (Fernando Pimentel), foi o compromisso de campanha eleitoral, diz a carta.
Polícia Civil
Nessa quarta-feira (6), servidores da Polícia Civil reuniram-se para definir ações contra o atraso salarial. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), Denílson Martins, os investigadores, agentes e delegados participarão do ato marcado pelos policias militares e bombeiros militares na quarta-feira (13). “Nós iremos nos reunir para que outros atrasos não aconteçam nos próximos meses”, reforçou.
Os demais servidores do Estado também não descartam a possibilidade de paralisações ou até mesmo greve. “Não há negociação a respeito da data de pagamento. Queremos que os nossos salários sejam quitados no quinto dia útil”, disse Conceição.
Terceirização
Eletricitários cobraram nessa quarta (6) de Pimentel o fim da terceirização dos serviços da Cemig e uma nova política de Participação de Lucros e Resultados (PLR), que segundo a categoria, favorece quem tem salário maior.
Em tentativa de cerco ao Palácio da Liberdade, cerca de 200 trabalhadores exigiram a convocação de 1.500 eletricistas aprovados em concurso da Cemig em 2013.
“A gente esperava o fim do choque de gestão (uma alusão à política do PSDB no Estado) para devolver a dignidade aos trabalhadores”, afirmou o assessor político do Sindieletro, José Carlos de Souza.