segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Atraso de salário pode gerar crise institucional em Minas Gerais

04/01/2016
O atraso de salário por dois meses consecutivos naturalmente acende o alerta de todos nós. Para quem já contabiliza uma perda inflacionária de pelo menos 10% após a última parcela do reajuste, é um sinal preocupante.
Enquanto estamos nos preparando para enfrentar o Governo e recuperar o poder de compra corroído pela inflação, o mesmo aponta dificuldades de caixa para honrar o pagamento no quinto dia útil.
Hoje pela manhã, conversei com o Secretário de Planejamento Helvécio Magalhães sobre este momento. O alertei sobre o risco de uma crise institucional, caso venha a persistir esta realidade de atraso, e, num cenário pior que reagiremos se aventar o parcelamento de salários tal como ocorreu no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, dentre outros Estados, não aceitaremos isso em hipótese alguma.
Ainda que estejamos acompanhando a realidade de crise financeira que assola o país, seja na iniciativa privada ou nas prefeituras, estados e municípios, não podemos aceitar que o Estado empurre a crise para as costas dos servidores e dos militares.
Por estar fora de Belo Horizonte, falei hoje com o presidente licenciado da ASPRA e o presidente em exercício, Sargento Bahia e Subtenente Sanches, respectivamente, e ainda com o presidente do Clube dos Oficiais e vereador Cel Piccinini, que organizaram uma reunião das entidades de Classe nesta tarde. Como sempre foi, caminharemos juntos, lado-a-lado, ombreados na defesa de nossa classe, una e indivisível.
Minha posição clara é a de que mais uma vez a crise deve unir as entidades de Classe e os parlamentares em torno dos mesmos objetivos e, juntos, pressionar o governo. Reconhecer a crise não é a mesma coisa que pagar por ela. O governo do estado terá que fazer sua escolha: administrar a crise financeira e pagar em dia os militares e servidores ou ter que administrar a mesma crise financeira com o risco da ingovernabilidade, por uma reação justa dos Policiais e Bombeiros, que se necessário faremos.
Subtenente Gonzaga
Deputado Federal

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