domingo, 10 de janeiro de 2016

Ex-presidente do PP que negocia delação cita Jaques Wagner e Aécio

Pedro Corrêa disse ter informações capazes de comprometer aproximadamente cem políticos, entre eles dois ministros do atual governo

Pedro Corrêa foi um dos três deputados cassados por causa do mensalão
Pedro Corrêa disse ter informações capazes de comprometer aproximadamente cem políticos
PUBLICADO EM 10/01/16 - 14h28
O ex-presidente do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa disse ter informações capazes de comprometer aproximadamente cem políticos, entre eles dois ministros do atual governo, sendo Jaques Wagner, da Casa Civil, e Aldo Rebelo, da Defesa. De acordo com a "Folha de S. Paulo", a afirmação foi feita decorrente de uma tentativa de negociação de delação premiada da operação Lava Jato.
O nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi citado por Corrêa. A menção a Jaques Wagner, homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, se soma a outras feitas ao petista na semana passada.
Segundo a publicação, nas tratativas de sua delação, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse que o ministro recebeu recursos desviados da Petrobras para sua campanha ao governo da Bahia, em 2006. Wagner também aparece em diálogos com o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, um dos alvos da investigação, prometendo interceder pela liberação de recursos para a empreiteira.
As mensagens entre Pinheiro e um funcionário da OAS indicam que o ministro intermediou também negócios entre a empreiteira e fundos de pensão.
O ex-deputado está preso em Curitiba e foi condenado a 20 anos de prisão sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras. Ele é apontado de ter recebido R$ 11,7 milhões em propina. Ele também já havia sido condenado a sete anos de prisão no processo do mensalão.

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