Márcio Doti
Márcio Doti
mdoti@hojeemdia.com.br
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Pimentel não sabe como pagar o salário do funcionalismo mineiro nos
próximos três meses. Esta é a situação a que chegou o Estado que é o
terceiro do país em economia. Pagamentos de janeiro deveriam sair até
nesta sexta, mas, inicialmente, estão previstos para o dia 13. O governo
Pimentel afirma que a culpa é da forte redução da arrecadação de ICMS.
Isto faz lembrar tempos anteriores ao governo Aécio Neves. O
funcionalismo recebia praticamente com um mês de atraso, numa escala que
começava por volta do dia 20 e ia até o final do mês. O 13º salário
chegou a ser pago em parcelas no ano seguinte ao que deveria ocorrer o
pagamento. O funcionalismo passava o final do ano sem saber se contaria
ou não com o benefício a tempo das despesas de Natal e, não raras vezes,
ficava sem ele até mesmo para as despesas de janeiro. Com o início do
governo Aécio Neves, na sequência, Anastasia e Alberto Pinto Coelho, o
pagamento era feito no quinto dia útil do mês para todos os servidores. O
13º era pago sempre antes do Natal, mesmo com
o Estado enfrentando dificuldades. Aécio governou com oposição no
governo federal todo o tempo. Os contingenciamentos de verbas federais
aconteceram muitas vezes obrigando o governo mineiro a se desdobrar para
cumprir seus compromissos sem contar com os recursos federais. Não se
viu nenhuma vez o salário do funcionalismo ser atrasado e muito menos se
alegar as dificuldades financeiras para cumprir a rotina do pagamento
mensal durante 12 anos.
Alguém dirá que a realidade era outra, o que é verdade. Aécio encontrou
o Estado vivendo um déficit orçamentário de R$ 2,4 bilhões, um grande
atraso no pagamento a fornecedores e a escala de pagamento do
funcionalismo que se arrastava mês afora. Além de eliminar o déficit
orçamentário, colocou em dia o pagamento do funcionalismo e
fornecedores. Mesmo se queixando do tratamento dispensado ao repasse de
recursos para o Estado, Aécio reestruturou todo o sistema de segurança
pública, construiu novo modelo de delegacias, tirou da Polícia a guarda
de presos, criou setor especial para exercer a guarda carcerária e
equipou as polícias. As mesmas que hoje se organizam para lutar contra
os atrasos nos pagamentos de salários. E precisou enfrentar uma oposição
diminuta, mas ruidosa e hoje governo quando criou uma taxa de incêndio
para com ela aparelhar o Corpo de Bombeiros, cujos equipamentos estavam
obsoletos e em péssimas condições de uso.
Também é verdade que o início do governo Aécio e do governo Lula se deu
em outro ambiente econômico, o país vivia a tranquilidade do Plano
Real, não havia inflação, desemprego e carestia. Tudo o que veio depois
com a falta de limites de gastos dos governos Lula e Dilma. E uma crise
irrompeu a partir do segundo governo Lula e nem assim Minas se desviou
de seu equilíbrio financeiro na hora de cumprir o compromisso de pagar o
funcionalismo estadual. Foi tudo um mar de rosas? Não. O governador
Anastasia governou com pouco dinheiro, o governador Alberto Pinto Coelho
teve que ouvir queixa contundente de empreiteiros, mas tudo ficou muito
distante do que já começa a acontecer.
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