16/01/2016 20:10 - Atualizado em 16/01/2016 20:10
Arquivo Hoje em Dia
O Governo de Minas Gerais
realizou nos últimos dez dias três pregões para comprar carnes nobres,
pescados e frios para os palácios Tiradentes, Mangabeiras e Liberdade.
Entre as compras, cujo valor totalizou R$ 527 mil, estão produtos de
alta gastronomia, como camarão GGG, lagosta, picanha argentina, bife
ancho e carré de cordeiro uruguaio.
A aquisição foi
justificada no edital "para atender as demandas das cozinhas dos
palácios no preparo de refeições e lanches, e quando da realização de
eventos oficiais". Separadas em três editais - carnes, pescados e frios
-, as licitações foram realizadas entre os dias 7 e 12 deste mês através
de pregões. Durante esse período, entre a semana passada e a atual, o
governo participou de reuniões para definir como será o atraso no
pagamento dos servidores estaduais até abril.
São cerca de 8,8 toneladas
de carnes e outra 1,5 tonelada de pescado, totalizando aproximadamente
10,5 toneladas para 2016. Se dividida pelos 365 dias deste ano, a
quantidade resultaria em uma média de 28,5 quilos diariamente para
"atender as demandas das cozinhas dos palácios". No edital está
determinado o tipo de corte e até mesmo da marca do fornecedor desejado.
Entre as carnes, chamam a
atenção os pedidos por picanha argentina, carré e lombo de cordeiro
uruguaio, pato (magret: um típico corte da culinária francesa) e cortes
nobres da raça Angus, como T-Bone e Prime Rib. "Para os produtos angus
toda a carne é embalada a vácuo e possui o selo de certificação da
Associação Brasileira de Angus", prevê a especificação do edital.
Entre outras exigências,
estão as relacionadas aos cortes que devem ser disponibilizados para os
palácios (inteira, pedaço, bifes, cubos, tiras, medalhão e moída) e à
forma: "extra limpas, aparadas, sem cordão e espelhos e com o mínimo de
3mm gordura aceitável". O custo apenas das carnes está previsto em R$
233 mil.
Quanto aos pescados, estão
na lista camarão GGG, lagosta, lula, kani, bacalhau, além dos filés de
robalo, salmão e atum. As exigências do governo nesse item foram
"ausência de elemento histológico estranho ao produto (ausência de
resíduos, vísceras, espinhas)", além do produto ter que apresentar cor,
sabor e odor característico.
Por fim, entre os frios,
foram requisitados produtos importados, como queijos Brie, de origem
francesa, e Gruyère, oriundo da Suíça, além de tipos feitos com leite de
búfala e ovelha.
Para concorrer aos
pregões, o estabelecimento deveria estar enquadrado entre Microempresa
(ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP), além de estar em um raio máximo
de 25 km do Palácio das Mangabeiras. Todos os lotes ficaram nas mãos de
duas empresas: C3 Comercial de Alimentos e Guimarães Costa Produto
Alimentício.
Governo explica
Por nota, o governo
afirmou que "os valores e quantitativos são estimados porque a entrega
dos produtos só ocorre de acordo com a necessidade" e ainda alegou que o
processo está parado e, portanto, "o recurso não foi utilizado".
A administração estadual
ainda esclareceu que "é importante informar que esses gêneros são
utilizados na preparação de alimentação para autoridades, incluindo de
outros poderes e até mesmo comitivas internacionais que utilizam os
espaços para o trabalho diário". Ainda afirmou que conseguiu reduzir em
40% os gastos com esse tipo de despesa quando comparado 2015 com o ano
anterior, quando foram desembolsados R$ 1 milhão.
Confira a nota do governo na íntegra:
Esclarecemos que os processos se referem a contratos de
fornecimento para os palácios Tiradentes, da Liberdade e Mangabeiras,
para todo o ano de 2016. Os valores e quantitativos são estimados porque
a entrega dos produtos só ocorre de acordo com a necessidade. O
processo, no entanto, não foi homologado ainda e está parado neste
momento. Portanto, o recurso não foi utilizado este ano.
Em comparação com os gastos referentes aos mesmos contratos no governo anterior, houve uma redução de 40% tomando como base 2014, no qual foram gastos R$ 1.024.724,45. Em 2015 foram utilizados R$ 609.632,31 para a compra desses gêneros alimentícios. A redução de 40% ocorreu ainda que com aumento da inflação no período.
Esses processos de compra são fruto da transparência na qual a atual gestão se pauta. Anteriormente, essas despesas chegaram a ser efetuadas mediante adiantamentos financeiros permitidos, por lei, como exceção, em casos de dificuldade de realização de processos licitatórios. Isso, no entanto, não é compreensível em governos de continuidade, que deveriam planejar os gastos.
É importante informar que esses gêneros são utilizados na preparação de alimentação para autoridades, incluindo de outros poderes e até mesmo comitivas internacionais que utilizam os espaços para o trabalho diário. Sendo assim, o gasto é para manutenção da rotina de governo.
Superintendência de Imprensa do Governo de Minas Gerais
Em comparação com os gastos referentes aos mesmos contratos no governo anterior, houve uma redução de 40% tomando como base 2014, no qual foram gastos R$ 1.024.724,45. Em 2015 foram utilizados R$ 609.632,31 para a compra desses gêneros alimentícios. A redução de 40% ocorreu ainda que com aumento da inflação no período.
Esses processos de compra são fruto da transparência na qual a atual gestão se pauta. Anteriormente, essas despesas chegaram a ser efetuadas mediante adiantamentos financeiros permitidos, por lei, como exceção, em casos de dificuldade de realização de processos licitatórios. Isso, no entanto, não é compreensível em governos de continuidade, que deveriam planejar os gastos.
É importante informar que esses gêneros são utilizados na preparação de alimentação para autoridades, incluindo de outros poderes e até mesmo comitivas internacionais que utilizam os espaços para o trabalho diário. Sendo assim, o gasto é para manutenção da rotina de governo.
Superintendência de Imprensa do Governo de Minas Gerais
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