Nasa cria plano para proteger a Terra como nos filmes de ficção

Asteroides

Escritório irá emitir advertências em caso de previsões de impactos

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  Controle. Ilustração cedida pela Agência Espacial Norte-Americana mostra o impacto fictício de um asteroide; equipe está encarregada de detectar e rastrear objetos de todos os tamanhos potencialmente perigosos para a Terra
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  Medidas. Escritório de Defesa Planetária mostra empenho da Nasa em prevenir riscos naturais, como mostrado na imagem

PUBLICADO EM 13/01/16 - 04h00

Da redação - O Tempo

Para evitar que filmes de ficção como “Impacto Profundo” e “Armageddon” virem uma preocupante realidade, a Agência Espacial Norte-Americana, Nasa, nomeou oficialmente uma equipe encarregada de detectar e rastrear objetos de todos os tamanhos potencialmente perigosos para o planeta Terra.

O departamento foi batizado de Gabinete de Coordenação de Defesa Planetária. O governo dos Estados Unidos chegou a destinar US$ 50 milhões (R$ 200 milhões) do orçamento da Nasa para observação e defesa, valor dez vezes maior do que aquele pensado em 2010, ano em que o departamento foi proposto pela primeira vez.

O escritório terá a função de emitir advertências em caso de previsões de impactos, além de ajudar a coordenar as agências governamentais. A equipe também irá se preparar para evocar as contramedidas necessárias para salvar o planeta em face de uma ameaça real. De acordo com a Nasa, são detectados, todo ano, cerca de 1.500 objetos que passam “muito próximos” a Terra.

“A criação formal do Gabinete de Coordenação de Defesa Planetária torna evidente que a agência está empenhada em realizar um papel de liderança nos esforços nacionais e internacionais para a detecção desses riscos de impacto natural. A agência também quer se envolver no planejamento, se houver uma necessidade de defesa planetária”, afirmou Lindley Johnson, que agora assumiu o inusitado cargo de Policial de Defesa Planetária.

Longo prazo. O novo escritório também está desenvolvendo metas de defesa de longo prazo. Entre elas, algumas baseadas no conceito de “reorientação de asteroides”. O mecanismo consiste em empurrar o objeto ameaçador para fora do seu curso, afastando-o da Terra. Programas como esse também são do interesse da Agência Espacial Europeia.

“A detecção de asteroides, o seu acompanhamento e a defesa do nosso planeta é algo que a Nasa, os seus parceiros, e a comunidade global levam muito a sério”, destacou John Grunsfeld, administrador associado da Nasa em Washington.

Flash

Casos. Em fevereiro de 2013, um asteroide provocou uma chuva de meteoritos na cidade russa de Chelyabinsk. Em outubro do ano passado, um grande asteroide passou relativamente perto da Terra.